- Você consegue ser um grande babaca, Denis!
Ayla já ouvia as palavras de ofensas desferidas pela mãe do garotinho, estava indo deixar um "oi" para o menino antes do processo todo de doação. Aproveitaria também para falar com a bela mulher, que agora discutia com o pai da criança.
- Fale baixo, você está fazendo a gente passa vergonha. - Disse o homem loiro. Natalie riu com escárnio, só poderia ser uma grande brincadeira. Neste momento, Ayla se aproximava, e Natalie a olhou, não com raiva por estar atrapalhando a sua pequena discussão com seu ex marido, mas com atenção, estava esperando a mulher falar.
- Desculpem atrapalhar, mas eu poderia falar com o carinha? - Perguntou, se referindo ao Jack. Natali sorriu doce, e concordou com a cabeça, agradecendo por ela estar ali e o seu filho se distrair. Precisava deixar seu ex marido ciente do que havia causado.
- Por que deixou ela entrar e eu não?- Perguntou.
- Porque ela não é o pai dele que faltou ao segundo aniversário consecutivo. - Disse, visivelmente chateada. - Porra Denis, o garoto está em um hospital, ele quase morreu, é de se comemorar, e você não apareceu, merda!
O homem apenas assentiu, ciente de seu erro. Havia bebido além da conta, e perdido totalmente o controle da hora, perdendo o aniversário de seu filho.
- Eu sei Nat, que eu errei, me desculpe por isso, sim?
- Não é a mim que você deve desculpas, é a criança lá dentro. - Respondeu, desistindo mais um pouco de seu ex, era assim, sempre desistia um pouco mais dele, por mais que não pensasse em voltar para ele, mas era inevitável não pensar em quão irrelevante eram para ele. Por mais que Denis implorasse, e dissesse que eles eram a sua própria vida, suas atitudes contrariavam todas suas palavras.
E assim entraram os dois, se deparando com uma cena um pouco engraçada. Jack estava com o pequeno corpo deitado sobre a cama, suas costas livre das roupas, com a barriga para baixo, e Ayla fazia uma leve massagem em seu pequeno corpinho, estavam totalmente concentrados, enquanto mantiveram uma conversa animada, a porta estava encostada, então não fez barulho o suficiente para despertá-los da bolha deles.
- Mas a gente pode visitar sua casa depois disso tudo? Eu gosto do Japão. - Disse o garotinho de olhos claros, parecidos com os de Ayla, que era ruiva natural, e tinha os olhos completamente esverdeados. - A gente leva a mamãe!
- Sim claro, até por que eu acho difícil você poder ir sem ela. - Brincou a mais velha. - Vamos conhecer todo o Japão, e tomar o melhor café da vida, por que eu tenho a melhor cafeteria do mundo, tá? - Perguntou em um tom fofo, e doce, fazendo o menino assentir freneticamente.
- Levaremos seus pais para o Japão então. Acha que eles irão gostar?
- Sim, eles vão gostar... Mas o papai não pode ir. - Disse o menino, que não parecia em um pouco chateado com aquele frase dita por ele mesmo.
- Por que? Seu pai tem medo de altura?
- Não. - Sorriu, achando super engraçado. - Ele sempre tá muito ocupado. Mas a mamãe não, então ela pode ir com a gente. - Disse por fim. Ayla ficou levemente triste, Jack era um garoto muito fofo para ter um pai ocupado demais, mas não poderia fazer nada para mudar isso, era apenas a doadora dele, e apenas.
- Eu posso dormir na sua casa? - Perguntou Jack, totalmente aleatório.
- Sim carinha, você pode. - Sorriu, fazendo leves círculos sobre os músculos leves do menino. Natali resolveu quebrar a bolha mágica deles, Denis já havia sentindo na pele o troco, vindo de seu inocente filho.
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Vozes Da Razão
RandomATENÇÃO: Violar direito autoral pode acarretar pena de três meses há um ano segundo a lei. Plágio é crime! História registrada. Em meio ao caos, você seria capaz de olhar além? Natali, uma jovem e apaixonada mãe, se vê morrendo aos poucos, a cada p...