Natalie, andava apressada pelos pequenos cômodos de sua casa, estava noite, e o cheiro do jantar exalava por todo o espaço, o vinho tinto de bom gosto estava gelado, e a mulher de belas curvas poderia sentir seu coração pular do peito quando o som da campanhia se espalhou, causado um nervosismo sem igual na mulher.
O que significa isso, Natalie?
Se perguntou a mulher, era apenas uma nova amiga, um alguém que talvez valesse a pena começar uma amizade, ela havia salvado a vida de seu filho, e ela nunca poderia agradecer o suficiente, assim pensava.
- Boa noite.- Disse Ayla, assim que Natalie abriu a porta de sua casa, dando permissão para que a mulher entrasse. - O cheiro está realmente convidativo. - Elogiou.
- Fico feliz que esteja ao agrado, e que tenha aceitado meu convite.
- Está tudo bem, é um prazer, sinto que temos muito em comum. - Disse Ayla sorrindo, enquanto seguiam para a cozinha, ela estava afundando mais um pouco com Natalie, sentia por outro lado, que poderia rolar algo entre elas, nem que fosse uma noite, apenas, pois era inegável que sentia atração física pela bela mulher.
- Sem tantas formalidades, afinal já somos íntimas, creio eu. Sente-se onde se sentir a vontade, o jantar está quase pronto. Posso servi-lá de uma taça de vinho por enquanto? - Disse Natalie, no seu jeito de falar sem pausa, característica de quando estava nervosa, mas Ayla não poderia saber, então não notou. Mas achou engraçado, pois nunca tinha visto Natalie falar tanto.
- Eu adoraria, e eu posso ficar na cozinha lhe fazendo companhia? - Perguntou com um sorriso contido.
Não era muito de jantar com alguém, era romântico demais para Ayla, não que fosse ruim, era sua primeira vez em um jantar com alguém, sentia que tinha que aproveitar, e a mulher que dividiria aquela primeira experiencia contigo era simplesmente adorável.
Ayla observava o corpo esbelto da mulher que vez ou outra olha o prato no forno, era linda, não em forma como a modelos de capa de revista, não cheia de maquiagem como varias mulheres de seu Instagram, era linda em sua forma natural, com uma roupa simples, o coque arrumado, mas com alguns fios caindo pelas orelhas e rosto, de pés descalços, e com um perfume de flores amadeirado, era a combinação perfeita.
- Diga, o que você faz, Natalie?
Natalie sorriu, empolgada para falar, adorava falar sobre si, seus sonhos, seu trabalho e seu filho.
- Eu trabalho em um jornal, faço quase tudo por lá. Nos finais de semana costumava sair com o Jack, fazer coisas entre nós dois. E você? Além de ser uma empresária, o que faz nas suas folgas depois de salvar vidas?
- Eu costumo ler, mas não tenho muito tempo, estamos abrindo outras lojas, um pouco ocupada demais. - Ayla sorriu sem jeito, sentia que não era interessante o suficiente, e que Natalie provavelmente não se sentiria atraída por ela.
- Eu amo ler, isso é quase como uma terapia, não é?
- Sim, eu sinto como se eu fosse parar em outra dimensão, e logo depois quero ler mais e mais livros, como uma louca dos livros...
- Sim, me sinto exatamente assim, uma pena nem todas as pessoas gostarem. - Comentou Nat.
- Você fala espanhol né? Fiquei admirada com a pequena conversa sua com o Jack, por mais que eu não tenha entendido nada, mas fiquei realmente encantada, onde aprendeu?
Ayla pôde perceber como Natalie ficou corada, e gostou de causar esse sintoma na mulher.
- Nasci na Espanha, e Jack eu ensinei desde pequeno. Sempre fomos muito rodeados de pessoas, e todas falavam português, então eu decidi que conversaria com ele na minha língua nativa, para que ele crescesse familiarizado. - Disse, logo bebericando de sua taça, estava feliz, calma e despreocupada, sentia-se a vontade com a ruiva, e queria ouvi-lá falar mais, ou apenas olha-lá.
- Isso é tão lindo, porque eu percebi em como ele se sente seguro e despretensioso falando com você assim, isso é realmente lindo e fofo.
- Gracias. Estoy realmente agradecido de escuchar esas palabras. - Disse Natalie, fazendo com que Ayla sentisse todos os pelos de seu corpo se arrepiarem, aquilo tinha sido bom demais, aquela voz rouca, arrastada em um sotaque tão sexy, que poderia agarrar ela ali mesmo, e arrancaria sua roupa para fazer com que ela gemesse em Espanhol, queria fazer, mas não poderia, era muito cedo, e poderia assustar a mulher.
- Isso foi... Foi ótimo. - Gaguejou, mas logo se recompôs, deixando com que Natalie notasse, sem que quisesse, e bem, Natalie tinha adorado.
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Vozes Da Razão
RandomATENÇÃO: Violar direito autoral pode acarretar pena de três meses há um ano segundo a lei. Plágio é crime! História registrada. Em meio ao caos, você seria capaz de olhar além? Natali, uma jovem e apaixonada mãe, se vê morrendo aos poucos, a cada p...