LARA NARRANDO
Pude entender melhor a gravidade da situação, me senti verdadeiramente mal por ela. Pobre, Dani.
— Sim! E isso machuca muito e também mostra que não temos o respeito que merecemos, tanto como pessoa, quanto como funcionária. — ela desviou o olhar com um nó na garganta, percebi a sensação esmagadora que se alastrou em seu peito.
Coloquei minha mão em cima de suas costas, depositando afago e carinho, tentando reconforta-la desse sentimento de tristeza e desânimo.
— Sei que não é fácil, mas a minha mãe, Cecília, sempre me dizia que temos que ser forte, não importa o tamanho do problema, pois Deus não nos dá um fardo maior do que podemos carregar. — Disse, tentando encoraja-lá a se reerguer.
— Eu sei, mais é tenso. De qualquer forma, não é primeira vez que sou ofendida assim, eu acostumava a ouvir esse tipo de coisa até do meu ex-namorado. Aquele desgraçado sempre me machucava com palavras maldosas.
— Eu sinto muito por isso, minha amiga, mas o importante é você não permitir que essas palavras ditas por essa gente maldosa, te façam acreditar que você não passa disso, porque não é verdade. Você é guerreira, tem caráter e é melhor do que qualquer coisa já dita por esses que nem ao menos te conhecem direito.
— Isso é muito bom de se ouvir, sabe. E confesso que muitas vezes olho pra você e penso. — ela para alguns instantes... — É tão novinha e gentil, deveria sair deste lugar e procurar algo melhor, você é inteligente e com certeza vai ter sorte. Ao menos pra não ter que passar por isso também.
— Não seria tão fácil por conta do colégio e... bom, tive sorte pelo Frank ter me dado uma chance e me contratado, mesmo sabendo da minha situação, mas também teve o dedo da minha mãe nisso, ele a conhecia sabia o que tinha acontecido com ela e quis me ajudar. Por ela...
Parei de falar por um momento, pensando em como seria se eu não tivesse conseguido esse trabalho à tempo, pois quando a minha mãe se foi, eu tive de ser forte e me virar sozinha... isso incluída, arranjar um emprego num estalar de dedos, tentar manter o apartamento e não ser despejada. Ainda por cima, tinha que conseguir continuar com o colégio.
Mas jamais me darei os créditos por tudo isso, pois eu tive sorte de ter pessoas ao meu lado, que me deram forças e até mesmo a minha mãe, mesmo em sua ausência, ela não me deixou à deriva.
E de repente, me deparei comigo mesma, encarando os meus próprios pés, pensando sobre tudo o que me aconteceu e também sobre os comentários da Dani, procurando uma maneira de argumentar.
Voltei a olha-lá e continuei a conversa.
— Bom, sair daqui para tentar algo novo seria arriscado, pois aqui eu sei que o Frank não irá me mandar embora, a não ser que eu pude na bola feio, mas em outro lugar... Não sei se teria a mesma sorte.
— Eu entendo você e penso o mesmo sobre mim. — ela encostou sua cabeça na minha, tristonha.
Um silêncio se formou entre nós. Olhei pra ela de soslaio e pensei que essa com certeza não era a melhor maneira de animar uma amiga. Respirei fundo, tentando deixar de lado a melancolia que se formou ali. Também conclui que esse tipo de coisa não combinava comigo, sempre tentei ver o lado bom das coisas e fazer os outros enxergarem isso comigo.
Continua...💕
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I Love You
Ficção AdolescenteArmin Bass é filho de um grande empresário, além de rico, é também muito mimado e imprudente. Ele não perde a oportunidade de arranjar encrenca e tentar chamar a atenção do seu pai com isso. Estúpido e egocêntrico, acha que todos devem venera-ló, p...