Liberdade

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Lizz

Livre. É assim que estou me sentindo, depois de ter me desmanchado em um orgasmo maravilhoso na boca gulosa, afoita e experiente de Joshua Vettel.
Eu não sei se temos envolvimento sentimental, tudo em nós começou de maneira pragmática e carnal. Não que eu julgasse isso ruim, mas era, no mínimo, intrigante o fato de que eu abri meus medos para ele, que acabei de conhecer, quando nem mesmo Ellen, minha funcionária mais antiga e leal e a mais perto da definição de amizade que tenho, sabe absolutamente nada a respeito dos meus primeiros dezesseis anos de vida!

O tempo em que fiquei dançando com o Josh, me deixou louca de vontade de transar com ele ali mesmo, naquela pista de dança. Como eu disse, perto dele a vadia que mora em mim, aparece na superfície e domina a situação.

Olhando nos olhos dele, tomei uma decisão: eu experimentaria tudo o que o desejo me impulsionasse a experimentar. Aquele tipo de cumplicidade que estávamos desenvolvendo, a maneira como ele me tratava, como lidava com as pessoas ao seu redor me mostrava que ele era, sim, alguém confiável.

Ele me permitiu decidir. Sequer insinuou. E fez questão de estar alerta, observando atentamente minhas respostas às suas carícias.

Aquele muro ruiu. Para sempre. Tanto que eu retribuí, mesmo que timidamente, o prazer que ele me fez sentir.

Estar com Josh é como parar todos os relógios ao mesmo tempo, é como se o mundo lá fora estivesse estático e os únicos movimentos e sons que existiam fossem os nossos.

Quando chegamos em casa, hoje, era quase hora do almoço. Ele não podia ficar, pois tinha reuniões e coisas para fazer na sua empresa. Eu aproveitei para tomar um banho e vestir meu "uniforme" de trabalho, liguei para Ellen, pra confirmar os últimos detalhes do ensaio que faríamos com os clientes no Central Park e segui pra lá.

Mesmo eu morando em frente ao local, não dava simplesmente para ir andando, uma vez que o ambiente que faríamos as fotos ficava no extremo oposto ao meu apartamento e, com o peso que era o material de uso pessoal que eu utilizava para fazer as fotos, eu chegaria exausta e sem forças para sequer levantar a câmera.

Encontrei Ellen conversando, animadamente com Susan e David, enquanto passava uma fina camada de pó, para diminuir o brilho causado pela oleosidade natural da pele, isso facilitava a edição e tratamento das fotos e deixava o nosso trabalho ainda melhor.

- E então, Lizz, nós ficamos sabendo do seu relacionamento com Joshua Vettel. Já marcaram uma data? - Susan perguntou.

Eu não me importava com aquele tipo de pergunta. Era o assunto do momento. Josh era uma pessoa pública e eu, todos aqueles anos fotografando pessoas famosas, acabei sendo bastante conhecida da mídia.

- Nós temos um pouco de pressa, sabe?! Provavelmente no final do mês.

- Uau, deve ser o máximo não precisar se preocupar com todos os zeros que temos que escrever nos cheques de pagamento de uma festa de casamento, não é amor?! - ela pergunta ao noivo.

- Nem me fale. Sonhar é de graça, mas a realização custa caro, não que eu esteja reclamando, faria tudo de novo, para ver você radiante, como está agora, minha vida!

David responde e eles se olham com aquelas emoções palpáveis.

O obturador da minha câmera não silencia nem por um segundo. Cuidamos para não perder nada, por aqui.

- E é por isso que você é a melhor no que faz. - Ellen sussura ao meu lado, enquanto acompanha meus movimentos, projetando luz e sombra nos locais exatos, para trazer os efeitos mais precisos às fotografias.

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