Capítulo II

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Sophie McVille

E lá estava Sophie, se arrumando para sair de casa, inacreditável. Ela estava nervosa, a única vez que saiu foi para o aniversário de sua tia, que era a um quarteirão de casa, e hoje ela estava se arrumando para um baile que a iria coroar Duquesa de McVille, pois supostamente seu pai e seu irmão estavam desaparecidos, com grandes suspeitas de estarem mortos, o que ela não acreditava ser possível, seu irmão velejava duas vezes por mês e seu pai desde que nasceu, não era possível que tenham se perdido no mar, quer dizer, perdidos pode ser, mas mortos? Não tinha possibilidade.

Ela só precisava cuidar dos negócios enquanto eles não voltavam, nessa hora ela se arrependeu de não ter participado mais das aulas de administração, ouvia sempre dizer de seu irmão que o mercado era instável e em um momento você tinha tudo, e um segundo depois já devia até sua alma. E disso que ela tinha medo, não sabia muito bem qual era o valor da fortuna da família, mas como seu pai sempre dizia, não há ricos os bastante para nunca ficarem pobres, que significava que se uma pessoa que entende dos negócios pode perder toda sua fortuna, imagine ela que não entende nada.

Ela precisava de alguém ao seu lado, como um consultor financeiro ou alguém que entendesse de negócios, já imaginou seu pai desaprovando a ideia, ele não confiava em ninguém para cuidar dos negócios. Porem Sophie não era seu pai, e muito menos tinha a capacidade de administrar uma herança, não que esteja duvidando de sua capacidade, mas seria bom alguém que realmente entendesse do negócio.

Antes da carruagem a vir buscar, ela se sentou no sofa e começou a ler o jornal, era o único entretenimento que ela tinha, e a única porta para o universo sem realmente ter que ir lá fora. O que ela mais gostava era, com as altas temporadas, Nova Iorque cheia de visitantes e o clima quente fo verão, era a época perfeita para os bailes coloniais, que basicamente tinham a finalidade de encontrar um parceiro, era onde todos iam, mesmo quem ja era casado, ou ate mesmo quem não queria se casar, o complicado é que metade do baile não é residente se Nova Iorque, ela sempre foi uma cidade de temporada, ou seja, estranhos e mais estranhos. Por isso o jornal The New York Times disponibilizava um catálogo masculino, exatamente isto que esta pensando, e uma mini biografia sobre os homens novaiorquinos, contendo idade, titulo, qualidades e perfil social, que eram os escândalos/fofocas sobre eles, toda semana havia alguém diferente, e toda semana havia o top 10 dos homens mais desejados de NY? Acho que podemos chamar assim.

Sophie lia com atenção, só tinha gente com o dobro de sua idade. Randevel Cambem, 39 anos, Conde de Cambem, devasso profissional. Jules Fallfale, 32 anos, Visconde de Fallfale, sujeito honestos, "queridinho das mamães". E foi quando Sophie viu ele, Robert McDalle, 25 anos, Visconde de McDalle, extremamente galanteador, boa lábia, um dos homens mais bonitos da família McDalle. Ela ja ouviu falar em Robert, se se lembrava bem...

TNYT (The New York Times) edição 1,345°, dia 25 de março, pagina 1.
"O Visconde de McDalle, acaba de perder tudo em uma noite de casino no Palla's Hotel, onde o mesmo apostou sua mansão que ele mesmo construiu com apostas sobre ações da bolsa. Parece que o grande empresário e negociador de NY acaba de ser rebaixado a falência."

Todos diziam que ele era um trapaceiro, mas tinha que confessar que era um trapaceiro dos bons, só teve um dia de má sorte, ate onde Sophie sabia, os McDalle eram a família mais antiga de NY, possui 1 Duque, Francis, 5 Condes, 1 Visconde que era Robert e mais 59 pessoas da família, grande parte vive na Mansão McDalle, seu irmão falava bastante em Robert, de que ele era trapaceiro e de que teriam que tomar cuidado com ele. Sophie não podia negar que mesmo na foto 3x4 em preto e branco ele era muito bonito, os traços de sua família eram muito marcantes. E nessa hora alguém bate na porta, era Gales, o chofer da família, era o único que podia entrar e sair da mansão, e era o único em que seu pai confiava, ele a ajudou a entrar.

Como se casar com uma Herdeira | Concluído Onde histórias criam vida. Descubra agora