Capítulo 13

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Eduarda

     Não conversamos muito durante aquela noite, mas sentia que olhava para mim. O momento em que me tocou deve ter sido um dos momentos mais intensos de minha vida. Naqueles minutos senti um misto de emoções, alegria por vê-lo ali, emoção por saber que mesmo depois deste tempo todo ele ainda me queria ver e ao mesmo tempo tristeza, por nos ter afastado. Penso que foi a decisão mais parva que tomei.

      Houveram trocas de olhares e sorrisos. Senti que deveria falar com ele assim que a festa acabasse. E então assim o fiz.

       Os convidados começaram a ir-se embora. Os meus pais perceberam que tinham de nos deixar a sós , então a Leti e o Bryan decidiram fazer o mesmo. Todos eles sabiam que eu e o Guilherme tinha-mos de conversar.

       Ele sentou-se no sofá a espera que eu fosse ter com ele. Confesso que naquele momento a timidez começou a apoderar-se de mim. Como isto é possível? Sentir timidez por alguém que já nos viu no nosso pior. Recompus-me e sentei-me ao pé dele.

Guilherme

       Assim que se sentou ao pé de mim fui capaz de sentir o seu cheiro, uma das coisas que mais senti falta quando ela partiu. A pele dela tinha uma fragrância a frutos silvestres, o seu cabelo a pêssego e quando colocava aquele perfume doce, dava cabo de mim. O meu desejo por ela, depois destes 6 meses era enorme. Mas no fundo tinha medo, medo de que não fosse capaz de me controlar e acabasse por estragar tudo. Quer dizer, estragar mais do que já tinha estragado antes de ela ir embora.

      Os olhos dela estavam apenas direcionados para o chão e a maneira que respirava, dava a entender o seu nervosismo. Foi quando lhe dei a mão, e ela olhou para mim. Os olhos dela perfuravam os meus e a expressão que fazia dava-me o desejo de beija-la. 

     Conversamos um pouco e eu esclareci que tudo o que tinha acontecido com a  Érica não passava de um mal entendido. 

      - Eduarda, naquele dia eu não estava naquela loja por acaso. Eu estava a comprar algo para ti. Porque a verdade, é que tudo o que eu sinto por ti, não é apenas amizade. Eu estou apaixonado por ti Eduarda. E eu sei que deveria ter impedido tudo isto mas... -  ela interrompeu-me. Ela beijou-me.

    Nunca desejei alguém como desejo aquela mulher. Eu não poderia perde-la outra vez. Eu não queria larga-la outra vez, por isso beijei-a de volta.

     Senti que aquilo foi um misto de emoções tanto para mim como para ela. Também percebi que aquilo não seria apenas um beijo. Eu precisava dela, precisava de sentir o corpo dela contra o meu, precisava de sentir aquela pele macia. Precisava do carinho e acima de tudo, precisava daquele misto de emoções e daquele amor que só ela me proporcionava. 

      As minhas mãos começaram a percorrer todas as curvas do seu corpo, assim como os meus lábios. Senti a pele dela a arrepiar e os suspiros dela a ficarem mais pesados. Aquela noite, não foi mais uma noite de sexo, foi uma noite de Amor.

 Eduarda

    Sempre que me tocava ou beijava os arrepios percorriam todo o meu corpo. A minha respiração ficou mais pesada. A minha sede por ele aumentava cada vez mais, ele sabia o que fazia e como fazia. Ele conhecia-me e eu conhecia-o a ele, por isso assumi eu o controlo. Comecei a beija-lo e a arranha-lo com as minhas unhas, foi aí que a respiração dele ficou mais pesada , até que me puxou, segurou na minha nuca e disse:

    - Eu amo-te.

     - E eu amo-te a ti. - respondi.

  A noite foi longa, e provavelmente uma das melhores noites da minha vida.

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⏰ Última atualização: Mar 28, 2020 ⏰

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