Kandecy está a dormir, quando acorda às 2:43h da madrugada com o telefone tocando. Ela se recusa a levantar da cama, mas o telefone insiste em continuar tocando, logo, irritada Kandacy decide se levantar e vai até a mesa da cozinha atender.
- Boa noite, aqui é do hospital Duke University. Kandecy está? - (diz a moça no telefonema).
- Sim, sou eu mesma. - (afirma Kandecy já com uma dor no peito em receio a sua mãe que está internada nesse hospital).
- Peço que venha de imediato. - (informa a moça com um tom trêmulo).
- Mas o que aconteceu moça?! Minha mãe, como ela está? - (pergunta Kandecy quase chorando).
- Sua mãe faleceu. Kandecy eu sinto muito, você tem que vir já. Estamos lhe aguardando. - (contou-lhe a terrível notícia sem muitos detalhes).
Kandecy desliga o telefone e permanece em silêncio, em choque. Seu corpo perde as forças e ela cai aos prantos no chão, está tremendo, corpo gelado, pálido e seu coração bate em um ritmo lento, mas com tanta força como se fosse saltar pela boca. Ela permanece ali, parada e com os pensamentos embaralhados sem acreditar naquela notícia. Por um momento o mundo parece parar.
Sua mãe era professora de balé, chama-se Marlene. Uma mulher alta, pele clara e de olhos verdes, 41 anos de idade. Há poucos dias havia sido diagnosticada com câncer colorretal que já estava no estado avançado, passou por algumas cirurgias e ficou internada, apresentava melhoras.
Kandecy nunca conheceu o pai, ele morreu em um acidente de moto poucos meses antes dela nascer. Então, sempre viveu sozinha com a mãe, apesar de tudo elas viviam super bem na cidade. Kandecy ama fotografias, paisagens e rotina, coisas simples sempre foram o suficiente pra ela.
O trauma de uma perca dolorosa do qual jamais vai se esquecer acaba de mudar sua vida e se torna a chave para o que está por vir.
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Às 2:56h da madrugada - está a chover.
Kandacy não foi passar esta noite no hospital com sua mãe, pois teve de ficar em casa para resolver afazeres acumulados.
- É MENTIRA!! NÃO PODE SER VERDADE! - (ela reage, grita se levantando as pressas para ir até o hospital usando as últimas forças que ainda lhe restava).
Kandecy desce as escadas de seu prédio rapidamente e segue até a avenida principal onde avista um táxi, toda molhada da chuva ela entra de um jeito grotesco no carro assustando o motorista.
- Meu deus do céu garota! - (diz o motorista com o tom de voz ofegante).
- Preciso ir o mais rápido que puder até o hospital Duke University. - (diz Kandecy friamente, tirando do bolso uma quantia de dinheiro para dar ao motorista. Ele não questiona e logo dá partida).
Em 7 minutos chega ao hospital. Ela desce do táxi desesperada com as pernas trêmulas e corre para dentro do hospital em direção à ala de internação.
Na porta do quarto 06 está duas enfermeiras e um dos médicos que acompanhava todo o processo de sua mãe, esperando por Kandacy. Sem dizerem nada ela soube que era tudo verdade, que sua mãe tinha partido. O corpo de Marlene está sobre a maca, coberto. Kandecy se aproxima com pequenos passos, e ao tocar na pele gelada de sua mãe falecida, ela chora alto e sente uma dor inexplicável.
Permanece ali por um bom tempo, segurando a mão fria e pálida de sua falecida mãe pensando o que seria dela agora. Às 3:30h entram na sala três caras e colocam o corpo em uma maca de necrópsia, logo se retiram da sala levando o corpo de Marlene. Kandecy senta no chão chorando, suas lágrimas ardem em seu rosto. Neste momento ela está completamente perdida e vazia.
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Às 4:16h da manhã.
A outra médica que acompanhou desde o início o caso de Marlene não estava no hospital quando ocorreu a morte, soube da triste notícia há meia hora atrás e acaba de chegar ao hospital. Ela entra no quarto e ao avistar Kandecy diz:
- Venha, está frio para ficar no chão, deixe-me te ajudar.
Kandecy não responde, ela simplesmente está em choque e sem forças. A médica a levanta pelos braços e a carrega por dois grandes corredores vazios do hospital até uma sala onde há poltronas e uma mesa de centro, é uma sala de descanso e não havia ninguém. A médica conduz Kandecy até uma das poltronas e sentam lado a lado, por alguns minutos permanece ali um silêncio intenso.
- Você tem os olhos de sua mãe. [...] Sinto muito Kandecy, eu acreditei muito na recuperação de Marlene, ela apresentava melhoras e de repente se agravou, muito pior do que antes. [...] Não precisa se preocupar, cuidaremos de tudo. Descanse, se precisar me procure eu estarei por perto. Me chamo Cleo. - (diz a médica que se levanta e deixa Kandecy sozinha que permanece em silêncio).
Fora o barulho e o vento da chuva o hospital está em completo silêncio. A cabeça de Kandecy doí com os pensamentos a milhão, mas aos poucos com o cansaço e sonolência ela vai se acalmando. De repente, ao longe ela começa a ouvir vozes baixas como sussurros estranhos indecifráveis, como almas que estão vagando ali conversando entre si. Parece loucura, mas Kandecy não está delirando e isso não a deixa surpresa, pois a sua dor gritava tão alto ao ponto de não se importar com o seu exterior.
Às 4:47h Kandacy adormece.
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Kandecy & Zav
WerewolfKandecy sofre uma perca da qual faz sua vida mudar totalmente, nessa tempestade de mudanças conhecerá uma criatura enfeitiçada. Encantada, Kandacy se envolverá profundamente em um caminho cheio de mistérios.