Capítulo 3: Reencontro

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O sol brilhou na cidade de Orario, e Bell foi pegar as coisas dele que, durante duas semanas, foram guardadas por Eina. A verdade é que ele ficou muito envergonhado quando uma garota que ele acabou de conhecer se ofereceu para guardar o maior tesouro dele, mas não existiam outras opções. Depois disso, a própria Eina o repreendeu seriamente, mas ele manteve a confiança nela mesmo assim.

Após Bell chegar ao seu novo lar, a igreja, carregando um baú enorme, Hestia ficou curiosa.

— Bell-kun, o que tem aí dentro?

— Na verdade eu ainda não sei. Antes do vovô morrer, ele me deixou isso como herança, mas eu ainda não tive coragem de abrir. Aparentemente o que tem aqui pode me ajudar em uma situação de perigo.

A voz de Bell parecia triste enquanto falava. Hestia aproximou o rosto do baú e observou a fechadura.

— Bell-kun, não me diga que nunca passou por sua cabeça abrir esse baú?

— Hã? Algo errado, Kami-sama?

Sim, havia algo muito errado, e Hestia foi capaz de notar. Ela ergueu seu rosto rapidamente e olhou nos olhos de Bell.

— Me mostre a chave deste baú!

— A chave... Ah! A chave!!!

O rosto de Bell se tornou pálido e ele olhou para a tranca do baú. Ele não perdeu a chave ou coisa do tipo, o que acontece é que nunca existiu uma chave para aquele baú. O avô dele o fez prometer que só abriria o baú depois de se tornar aventureiro, mas não deu uma chave, por isso Bell, sem qualquer checagem, concluiu que o baú não tinha uma tranca.

Hestia foi capaz de perceber que havia algo errado ao olhar a fechadura, pois o buraco em formato de estrela não batia com nenhum possível formato de chave.

— Bem, não precisa se preocupar, afinal você pode facilmente abrir isso no momento em que quiser com sua magia.

Hestia virou de costas abanando a mão enquanto fingia ignorar o assunto.

— Bem pensado, Kami-sama!

Bell sorriu alegremente. Que bom que ele não viu o rosto de Hestia naquele momento.

Hestia não sugeriu aquilo porque percebeu que a magia de Bell também serviria para abrir o baú, mas sim porque ela viu que nada além da magia de Bell seria capaz de abrir aquela tranca. Não faz dois dias desde que Hestia aceitou Bell em sua familia, por isso ela não queria se intrometer demais na vida pessoal dele, mas esse baú despertou a curiosidade dela.

[Eu devo estar ficando paranoica com isso!]

Ela se convenceu de que era apenas coincidência, afinal, caso não tivesse uma chave, um aventureiro não teria dificuldade em arrombar uma simples tranca.

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Bell estava indo para a dungeon. Ele olhava para as lojas e as barracas de comida que estavam armadas no caminho. Ele já havia tomado seu café da manhã, mas ainda se imaginava comendo alguma das comidas de uma barraca daquelas, o que para o eu atual dele seria experimentar uma iguaria rara e preciosa.

[Comer, comer comer!]

Como uma criança, Bell fantasiava com o sabor de todas aquelas comidas, com ele mergulhando em tudo aquilo.

[Comer... huh?!]

Enquanto pensava, uma bela amazona vestida de maneira provocativa passou diante dos olhos dele. Bell involuntariamente a acompanhou com os olhos, reparando em cada curva, mas quando percebeu o que estava fazendo, ele se virou para frente com convicção e o rosto vermelho como pimentão.

Danmachi: O Campeão Coelho Onde histórias criam vida. Descubra agora