Danmachi: O Campeão Coelho

Prólogo: 14 anos depois do fim...

— Estou de volta!

— Ah, seja bem vindo!

Um garoto anunciou sua chegada para o velho que estava sentado em uma cadeira de madeira dentro da sala.
O velho folheava as páginas de um velho livro de histórias enquanto lia com olhos emocionados.

O garoto retirou o casaco que usava e se aproximou do velho. O jovem se debruçou sobre os ombros fortes e bem formados do ancião e leu alguns trechos da história, podendo assim identifica-la.

— Argonauta? Você gosta mesmo dessa história.

— Não fale dessa forma. Essa história é a mais incrível, pois mostra que qualquer um pode se tornar um herói!

— Mas os melhores heróis são aqueles fantásticos e talentosos que possuem uma grande história por trás, não são?

— Não é verdade! O que faz um herói ser o maior não é a história do passado dele, e sim a história que ele faz em seu futuro, a partir do momento em que ele realmente começa sua história.
Acredite nesse velho. Eu já vivi muito mais do que você sequer pode imaginar e já vi com meus próprios olhos vários heróis em sua ascensão.

— Vovô, você já conheceu muitos heróis, não é verdade?

— Sim, por quê?

— Você já viu o Argonauta, digo, o herói que deu origem à história do Argonauta em pessoa?

— Sim, eu o conheci.

— Hum, ehh... sabe... como acabou? Como realmente terminou a história do Argonauta?

— Então você quer saber disso? Ele se casou com a princesa dele e os dois tiveram filhos e netos, e viveram felizes até o dia da morte.

"O herói e sua princesa viveram felizes para sempre, huh?"

— O que foi?

— Nada... só estava pensando comigo mesmo como seria bom se isso acontecesse comigo, sabe?

O garoto se afastou do velho com o rosto um pouco rosado, efeito do constrangimento causado por suas próprias palavras.

— Bem, ainda não é tarde para tentar. Talvez você pudesse até mesmo montar um harém ao invés disso.

— V-vovô!?!

O garoto agora vermelho gritou com o velho para tentar alertá-lo sobre o que pensava ser uma piada, mas...

— Bell, eu quero que você me escute bem!

O velho se levantou, segurou nos ombros de Bell e o olhou nos olhos com um rosto sério.

— Um harém é mais do que uma mera fantasia dos livros de heróis. Eles são o romance de um homem!
Não é errado para você, como um homem, querer ter um. Muito pelo contrário! Você deve almejar as garotas! Quando se sentir pronto, vá para Orario e torne-se um aventureiro, construa seu harém, e torne-se um grande herói!

O velho falou com tanta convicção que simplesmente destruiu qualquer vontade que o garoto algum dia teve de contrariar essas palavras. A lavagem cerebral já fora bem sucedida.

— Entendido, vovô! Eu me tornarei o maior herói de Orario, e mais importante, terei um harém com as mais belas mulheres!

— É assim que se fala! É assim que meu neto deve ser!

Ambos ergueram seus punhos como sinal de concordância e sorriram um para o outro.

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*huuuaahh*

O garoto soltou um longo bocejo revelando seu sono. A rotina na zona rural exigia que ele se deitasse pouco depois do anoitecer.

— Parece que você está cansado. É de se esperar com tudo que você fez hoje.

— Ah, não. Eu ainda poderia ter feito muito mais.

O trabalho do garoto no campo era tão intenso que 20 homens, trabalhando no mesmo ritmo que ele, morreriam de exaustão antes de fazer metade do que ele fazia sozinho.
Apesar disso ele poderia fazer muito mais por conta própria. O seu sono não foi nada além de uma reação natural de seu corpo ao horário de dormir.

— Vamos lá. Não exija muito de si mesmo ou vai prejudicar seu crescimento. Que tal se eu te contar uma história antes de dormir?

Bell já era velho demais para ouvir essas histórias, mas apesar disso ele ainda gostava de ouvir seu avô contando sobre as aventuras dos heróis, então ele aceitou sem pensar duas vezes.

Seu avô o guiou até o quarto e Bell se deitou de bruços na cama.
O avô dele pegou o livro Dungeon Oratoria e o abriu em uma página marcada, e então começou a ler a história sobre um herói pequeno que enfrentou oponentes grandes e libertou sua princesa. Bell adormeceu profundamente antes da história acabar.

O velho olhou para o garoto. Ele já era razoavelmente velho, mas olhando para ele dormindo, ele mais se parecia com um bebê fofinho.
O velho puxou uma faca que havia escondido em suas roupas e levantou a camisa do garoto, revelando suas costas.

— Perdoe o seu avô, Bell. Eu já não tenho mais tempo, a partir de agora você estará sozinho.
Sua jornada será dura, repleta de pedras e cheia de espinhos, você certamente não conseguirá sozinho. Mas, independente do resultado, saiba que eu te amo e sempre vou olhar por você!

O velho passou a lâmina da faca em seu dedo indicador fazendo um corte raso e deixou o sangue escorrer.

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O velho saiu do quarto, deixando o garoto perfeitamente agasalhado na cama. Em sua mente nada mais passava a não ser terminar com perfeição.

— Não posso errar! Depois de tanto tempo, depois de tanto esforço, agora basta visitar Ball e tudo estará pronto! Tem de ser perfeito! Não posso falhar!

O velho vestiu um capuz negro e abriu a porta da sala. O vento frio soprou seu corpo e inundou a casa.

— Finalmente! 14 anos depois do fim, teremos um novo começo!

O velho saiu e fechou a porta. Ele seguiu em frente e seu corpo desapareceu na escuridão da noite.

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N/A: Olá pessoal. Essa fanfic é algo que eu queria muito fazer, então acabei começando, mas não vou postar com frequência pois estarei mais focado em minha história original "A História Do Mais Forte Guardião Supremo" (Título de merda, eu sei). E só pra lembrar: eu não possuo direitos sobre "Dungeon ni deai wo motomeru no wa machigatteiru darou ka?".