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E prometo cumprir com o que prometi, Nay. — Trent assegurou, deslizando suavemente o seu polegar pela ruborizada bochecha da mexicana.

Eu sei. És a única pessoa em quem deposito a totalidade da minha confiança. E sinto-me segura com a escolha que fiz. — Colocou-lhe um tímido beijo no rosto e afastou-se, a fim de alcançar o lado do passageiro.
Ainda ciente do intenso castanho do britânico na sua pessoa, Naiane aguardou que o jogador desativasse o sistema de segurança próprio do automóvel e, após fazê-lo, adentrou o interior dele.

Instigada por uma atípica coragem, correspondeu ao olhar que o prodígio britânico lhe dirigia. Aliado à veemência e ao brilho que emanava do contacto visual entre o jovem casal residia o mais profundo e verdadeiro dos sentimentos. O amor.

Gostas de Drake? — O camisola sessenta e seis, da formação sob o comando técnico do treinador alemão Jürgen Klopp, inquiriu a morena, ao observá-la acompanhar o artista, de nacionalidade canadiana, nos primeiros acórdãos de Hotline Bling, assim que aqueles soaram pelo, até então, silencioso espaço.

Não é um cantor que esteja em constante repetição mas, sim, tenho alguns dos seus trabalhos na minha lista de reprodução. — Confessou, não evitando, entretanto, uma risada ao denotar o sorriso dele ampliar.

É dos meus artistas musicais preferidos. — Revelou, ainda que a conterrânea do número nove da formação do português Nuno Espírito Santo já possuísse conhecimento do pormenor.

Eu sei. — Ela afirmou, para confusão do futebolista que, lhe vislumbrou para mostrar-lhe a sobrancelha erguida, antes de voltar a depositar o seu total foco na estrada. Naiane riu, ainda que, logo depois, censurando o gesto do cidadão europeu. — Assisti a um vídeo no canal do YouTube do Liverpool, cujo conteúdo era uma série de questões ao Jordan Henderson sobre o quão bem te conhecia. Foi, aí, que fiquei a saber acerca do teu gosto musical. — Acabou por contar, sentindo, mais uma vez, o castanho do desportista na sua pessoa. — Olhos na estrada, Arnold. — Num tom povoado pela seriedade, voltou a advertir o prodígio que, apesar de divertido, acatou o pedido.

Então, quer dizer que, a senhorita foi pesquisar sobre mim? — A satisfação perceptível na voz do lateral-direito fê-la revirar, profundamente, as suas azuis íris, ainda que, no seu mais ínfimo ser, reconhecesse a razão que pertencia ao rapaz.
Ela havia procurado saber mais sobre ele e, também, o havia admitido.

Tinha de saber com quem ia casar. — Galhofou, apesar de ter procedido à busca por mais informações, muito antes do matrimónio e a sua celebração entrar, sequer, na equação.

Foi uma boa escolha? — Por intermédio de um murmúrio, o lateral-direito inquiriu, mais uma vez, mirando-a de relance.

A melhor. — Sem quaisquer rodeios, Naiane admitiu. — De tantas que a vida já me obrigou a fazer, esta foi, sem dúvida, a mais acertada.— Acrescentou, consciente da tonalidade rosa que, aquando da confissão, se apoderara das suas bochechas.

Sentiu a mão dele segurar a sua e, instantes depois, os seus dedos serem tocados pelos convidativos lábios do jogador. Um involuntário sorriso adornou o seu rosto e do mesmo não desapareceu durante o restante do percurso que possuía como destino final a habitação da jovem mexicana — pela necessidade que se revelava extrema a de recolher os essenciais pertences com a maior celeridade possível, a fim de não incorrerem em quaisquer problemas legais com as autoridades responsáveis pelos serviços de emigração.

Yes, I do | Trent Alexander-Arnold Onde histórias criam vida. Descubra agora