— Do que estás a falar, Arnold? — Aquando da menção à cidade do amor, desacreditada, a mexicana interrogou o cidadão europeu. — Por acaso, possuís a noção de que no momento em que eu pisar o aeroporto, não volto mais a dele sair? — Recordou-o.
— Não vamos recorrer aos voos internacionais normais. — O atleta do Liverpool contrapôs, depositando um beijo nos negros fios da rapariga. — É para isso que existem jatos privados e que sorte a nossa eu ser proprietário de um. — Aquando da detecção de uma ligeira presunção no comentário do prodígio britânico, Naiane endereçou-lhe um revirar de olhos, apesar do pitoresco sorriso, que persistia em não desvanecer do seu bonito rosto.
— O que estás a tramar, Trent Alexander-Arnold? — Evocou-o pelo nome completo, focando os traços faciais do moreno, na esperança de encontrar algo que a fizesse deduzir o correto.
— Quero que te recordes da melhor forma possível quando tiveres de ir... — A tristeza expressa pelo do sexo masculino comprimiu o lado esquerdo do peito da rapariga que, de novo, voltou a enfaixar-se no seu enlace.
— Vou sentir a tua falta. — Afastando a sua caraterística timidez — e que conhecia elevados patamares quando na companhia do lateral direito —, genuína, a órfã murmurou, mordendo o lábio inferior, com o objetivo de não conceder liberdade aos soluços que, por ela, rogavam.
— Eu já tenho saudades e ainda nem foste. — O cidadão europeu replicou, depositando leves e aprazíveis afagos nos cabelos da jovem. — Mas, agora, temos de ir. Não há tempo a perder. — Entrelaçou os seus dedos nos dela, a fim de a conduzir para a sua sumptuosa viatura.
No entanto, a inamovibilidade da rapariga, fê-lo cessar as suas tentativas de andamento.— O quê? — Confuso, interrogou o porquê da estado de apatia da mexicana.
— Como assim 'o quê'? — Retirou a sua mão da dele, a fim de cruzar os braços contra o seu peito. — Chegas aqui e informas que vamos para a França mas não me dizes mais nada. — Num tácito pedido para que o futebolista lhe concedesse mais pormenores sobre o plano, proferiu. — Isto 48 horas antes de eu ter de ir embora, de forma definitiva.
— Confias em mim? — Arnold lançou a questão à jovem, segurando o seu delicado rosto entre as suas grandes mãos.
— Sim, confio. — Sem hesitação, a emigrante concedeu-lhe uma resposta afirmativa. A rapidez com que lhe havia replicado foi o primordial motivo do sorriso que rompera nos lábios do jogador integrante da formação principal às ordens do alemão Klopp. — Mas necessito, pelo menos, de ir buscar algum di... — O indicador de Trent nos seus lábios obstruiu-lhe a prosseguir com os seus reais desígnios.
— Não precisas de nada e eu só preciso de ti. — A afirmação do internacional inglês despontou na mexicana a sua típica timidez. — Já podemos ir? — Indicou na direção da berma da estrada, onde se localizava o seu luxuoso veículo.
— Vamos. — Naiane deu luz verde, permitindo-se ser guiada pelo atleta dos reds.
Permanecia confusa para com a inesperada invitação do cidadão europeu, todavia, depositava toda a sua confiança nele e nas suas genuínas intenções.
Conhecia que ele só a queria fazer-se sentir bem. E ela necessitava disso mesmo.
Nem as próprias faixas musicais possuíam a capacidade — que, habitualmente, tinham — de lhe atenuar a ansiedade e, simultânea, curiosidade.
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Yes, I do | Trent Alexander-Arnold
أدب الهواةAs leis do Reino Unido ordenaram-lhe que fosse. Alexander-Arnold pediu-lhe que ficasse.