A Herdeira De Celina

Capítulo 10

Respiro profundamente encarando meu reflexo no espelho, eu estava horrível.Olheiras profundas da noite de sono mau dormida e olhos um pouco vermelhos por eu ter chorado noite passada, jogo a água no meu rosto, visto uma roupa confortável e vou em direção a sala de treinamento, hoje teríamos que lutar.

Conseguia ver a grande arena e alguns alunos presentes em outro canto vários tipos de armas.

—Todos prestem atenção, sou seu professor de luta, me chamo Marcos, não quero ver moleza e nem choro— um homem alto de armadura está no meio da arena, pelo jeito ele não e um professor tão agradável.

  Logo após sua apresentação tão agradável, ele nós separa em duplas, eu fico com uma garota de cabelos pretos com um olhar de dar medo em qualquer um.

—Assim que eu apitar vocês começam — escuto Marcos apitar.

Não sabia nem segurar uma espada direito, como eu iria lutar.A garota vem em minha direção e desvio do seu ataque, tento revidar mais falho e ela acaba me derrubando no chão, quando vejo a espada vindo em minha direção rolo pelo chão e levanto, ataco ela que desvia e revida, sinto o ardor no meu braço ela conseguiu me cortar.

—Chega, vocês duas fora, vão saiam— saio da arena como o Marcos pediu, com a mão no meu braço onde ela me cortou, estava sangrando, mas sabia que não era grave, olho uma última vez pra a garota que eu estava lutando ela continua com uma postura séria.

Estava com pressa de chegar ao meu quarto logo e enfaixar meu braço, até trombar com alguém, só podia ser brincadeira.

—Droga —xingo baixo, eu sou muito azarada.

—Que mau humor, é assim que se fala com os amigos —olho pra cima me deparando com o Alec.

—Me desculpa, eu estou com pressa— digo apontando pro meu braço que ainda está sangrando.

Alec direciona seu olhar ao meu sangue e trava no lugar, como se estivesse em choque, vejo todo seu corpo ficar tenso, e me julgo mentalmente.Ele é um vampiro.

—Tenho que ir— saio o mais rápido que posso dali.

Finalmente estava no quarto fecho a porta e  me permito relaxar um pouco.Me sinto uma inútil, meu pai desapareceu, minha irmã me odeia, não tenho poderes e sou uma fraca que não consegue se defender.Então ali no chão frio me permito chorar, por ser incapaz, choro por ser fraca, é por todas as coisas que não consigo controlar.

Minhas mãos tremem e meus dentes batem.Não sei quando ou como aconteceu mas o quarto estava todo congelado.Olho assustada para tudo, será se fui eu!?Não, ou talvez, eu tenho feito.

—Eu tenho poderes!—grito com todas as forças que tenho em meu pulmão.

A emoção e tanta que não cabe em mim.Finalmente, eu poderia dizer que pelo menos os poderes eu tenho, apesar de não saber ao certo quais são é nem como faço para controlá-los.Respiro fundo e devagar tentando me concentrar ao máximo, precisa inverter aquilo, ou as meninas iriam me matar.Aos poucos sinto a temperatura do quarto voltar ao normal e o gelo sumir.

—Funcionou!—suspiro aliviada é animada ao mesmo tempo.
                     [...]

—Mãe?—falo ao perceber que ela me atendeu.

—Maya querida fico feliz em ouvir sua voz.

—Estou com saudades mãe.Mais tenho noticia a te contar.

—Tambem sinto saudades de você filha, e de sua irmã também, mas conte qual notícia tem pra me dar.

—Eu tenho poderes mãe.Eu fiz o quarto congelar.

—Oh..que alegria filha sabia que ia conseguir, pelo que me disse você é uma fada do gelo.

—Isso explica tudo—penso comigo, foi por isso que o quarto ficou gelado.

—Agora que tem seus poderes tenho muito a te contar filha.

—Pode falar Mãe.

—Não filha tem que ser pessoalmente.

—Oh..entendo.

—Até mais filha beijos.

Ela desliga o celular sem me dar tempo para responder.Me encontrava confusa, desde de que vim para cá minha mãe está estranha, parece que me esconde algo.Suspiro, quando acho que dei um passo pra sair de tudo, percebo que na verdade andei dois para trás.
 
Naquela tarde só queria ficar deitada ouvindo música e permitindo minha mente relaxar um pouco.

—Eu não acredito.

Me assusto com a entrada repentina das meninas, e com uma Valentina muito brava .

— O que aconteceu?—pergunto confusa.

—A Valentina está brava pelo que aconteceu quando vinhamos pro quarto —explicou Selena.

  Antes que eu pudesse perguntar o que havia acontecido, a Jasmine interrompeu.

—Ela esbarrou em um garoto, que acabou derramando suco nela.

—E você está ....— sou interrompida por Valentina.Parece que todo mundo vai me interromper hoje.

—Não estou brava só por isso.O garoto que eu esbarrei ele é...—ela para de falar , e todas ficamos esparando ansiosas ela responder.

—Ele é meu companheiro—gritou e se jogou na cama.