Capítulo 15

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Guerra.Eu nunca achei que de alguma forma essa palavra séria tão usada por mim ou pior que meu nome estivesse tão envolvido nisso, não esperava que eu estivesse tão envolvida nisso.

Até onde um ser humano ou um ser mágico pode ir por poder?Eu logo saberia a resposta pra minha pergunta, e talvez eu não gostasse da resposta.

— Você está bem Maya?— Selena coloca suas mãos em meus ombros tentando passar conforto.

— Sim, tudo que ela disse foi verdade — me refiro a Úrsula que tinha acabado de sair da mesa.

— Não deixe isso te afetar tanto, ela é extremamente irritante — Valentina tenta me conforta.— Ela só diz isso por causa do Alec.

— A Valentina tem razão — diz Jasmine.

— Eu sempre tenho razão baby— pisca pra Jasmine que faz cara de nojo fazendo todas nós rimos.

Ficamos assim comendo e rindo de coisas bobas, era bom ter esses momentos com as meninas, momentos de paz sem outra qualquer preocupação.

— Posso me sentar?— ne arrepio com a voz no meu pescoço.

— Sim— olho pra Alec sorrindo.— Quero te apresentar meu amigo, esse é o Henry.

— Encantado em conhecer a garota do Alec— beija minha mão de forma cavaleira.

— Oh que cavaleiro encantada — faço uma reverência.

— Sua garota e muito legal — bate nas costas do Alec, olho pro mesmo sen entender essa de sua garota.

— Sua garota ne?— pergunto com uma sobrancelha arqueada.

— Bem...— olho pra ele que da um sorriso amarelo sem terminar de se explicar.

— Valentina, você está mais encantadora a cada dia— observo a interação dos dois.

— Obrigada — pela primeira vez vejo Tina sem graça.

— Estou muito surpresa com isso —sussuro no ouvido do Alec, percebo ele se arrepiar com meu gesto.

— O que a ligação de companheiros não faz— diz e só então me dou conta, o garoto que a Tina tinha falado esbarrar era ele.

Terminamos nossos lanches, cada um com sua própria comida e bebida, Tina saiu com o Henry, e a Selena saiu junto com a Jasmine pra ir ao lago, falei com o Alec que nós veriamos mais tarde pois eh tinha que estudar.Eu queria muito desenvolver todos os meus poderes bem, e patético o fato da fada mais poderosa não saber ao menos se proteger sozinha, como eu iria lutar pelos que amo.

Estava deitada na minha cama lendo um livro sobre os poderes de Celina e suas batalhas, para mim e esquisito o fato de eu ser ela e ao mesmo tempo ser eu.Eu não sabia se ela estava em mim ou se eu só tenho seus poderes.

— Filha!— minha mãe bate a porta do quarto de forma brusca sua voz tem um tom preocupado.— Sua irmã sumiu.

— Tem certeza mãe?Talvez ela só saiu com as amigas delas— levanto da cama calçando meus tênis.

— Eu já procurei em todos os lugares.

— Vamos procura-lá novamente — puxo sua mão e saimos do quarto.

Montamos um pequeno grupo de buscas, olhamos na biblioteca, banheiros, salas, na floresta e nos cantos mais escondidos e simplesmente nada.Fomos a sala de Luara para conversar com ela sobre o ocorrido.

— Sua irmã foi sequestrada — assim que entramos na sala dela, sua voz nós fez paralisar.

— Como?— pergunto em choque.

— Eu suspeito que tenha alguém infiltrado aqui, por isso foi tão fácil leva-lá— levo minhas mãos a boca, eu não sabia o que fazer.

—Maya, você não ficara sozinha a partir de agora— antes que eu possa protestar.— E pro seu bem.

Saímos da sala e olho minha mãe lágrimas grossas caiam pelo seu rosto, e eu não podia fazer nada.Minha irmã foi levada debaixo do nosso nariz, tinha alguém infiltrado, alguém que não estava do nosso lado isso só tornava tudo mais perigoso.

— Vai ficar tudo bem mãe — abraço ela bem apertado.

— E minha culpa filha— continua chorando.

— Não e mãe, vamos vencer essa juntas e vamos trazer a Sophia de volta — ela acena a cabeça e a levo de volta pro meu quarto, ela precisava descansar.

Eu estava sentada em um banco na área externa, sozinha, eu sabia que era perigoso mais precisava muito pensar e não queria ninguém no meu pé por agora, eu não sabia o que fazer, de que maneira eu iria ganhar de um inimigo mais ardiloso que eu.Eu sou muito patética nem consigo me defender direito.

Fecho minhas mãos em punhos, meu sangue corre rápido pelas minhas veias e meu coração bate de forma descompassada e com toda forças que tenho em meu pulmão eu grito, grito de raiva e tristeza, a terra ao meu redor começa a tremer abrindo rachaduras no chão e pedras se levantam.

— Maya!— uma voz deformada me chama, mais parece tão distante.— Maya!

Sinto meu corpo pesado e cansado, todas as forças que a um minuto atrás eu tinha se foram, eu caio no chão sentindo o impacto das minhas costas com as pequenas pedras, e ali me entrego pra escuridão.

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A Herdeira De CelinaOnde histórias criam vida. Descubra agora