Capítulo 16

17 3 0
                                    

Minha irmã estava desaparecida, tinha alguém infiltrado nós vigiando, eu não sabia controlar meus poderes e me julgava fraca demais a maior parte do tempo.Naquele momento percebe que meu maior inimigo sou eu mesma, pois estava sempre me auto sabotando.

— Está tudo bem?— a voz tranquila porém preocupada de Alec me trouxe de volta a minha realidade.

— Sim, mas minhas costas doem— me levanto tirando toda a poeira da minha roupa.

— O que foi aquilo?

— Eu perdi a cabeça, nem sabia que podia fazer isso — falo sem graça pelo acontecimento anterior.

— Você quebrou várias janelas— aponta na direção das janelas e vejo todo o estrago feito.

— Droga, como vou pagar isso?— entro em desespero.
— Eles consertam depois— ele rir do meu desespero me fazendo sorrir também.— Agora você precisa descansar.

Sem contradizer vou seguindo ele até meu quarto, eu precisava de um banho, minha blusa branca estava toda suja e meu short jeans também.

— Te vejo depois— beija minha testa e sai, ainda bem que ele não podia me ver sorrir igual boba.

De banho tomado deito na minha cama a espera do sono que não vem, e também não vejo nenhuma das meninas o que e de fato muito estranho, já está bem tarde e elas deveriam estar aqui.Me levanto da cama e vou pelos corredos procurando alguém, a maioria das pessoas já estavam indo para seus devidos quartos, paro quando escuto vozes em uma sala.

— Temos que atacar — grita uma voz rude e que parecia estar muito brava.

— Isso séria muito arriscado — outra voz mais suave diz.

— Eu concordo com ele, temos que atacar eles estão com minha filha reconheço a voz da minha mãe.

Olho pela fresta aberta da porta e vejo minha mãe, Alec, Luara e as meninas sentadas ao redor de uma mesa, todos pareciam preocupados.

— Nesse momento temos que nós preocupar em proteger a Maya — Valentina bate suas mãos na mesa assustando a todos.

— Por isso temos que atacar— diz Alec decidido.

— A Maya e nossa prioridade, não podemos deixar ela aqui sozinha — Luara continuava preocupada comigo.— Apesar dos seus poderes ela é fraca e não sabe se defender.

Vejo todos na mesa concordarem e naquele instante me sinto traída, as lágrimas se formam em meus olhos e não tenho forças pra impedir, ninguém acredita em mim, pra eles eu sou quase um peso morto, eu sou fraca demais.Corro pro meu quarto com as lágrimas embaçando meus olhos.

— Por que?— grito em pleno pulmões enquanto as lágrimas escorrem pelos meus olhos.— Por que?Eu não quero seus poderes, eu não quero ser você.

  Choro mais e mais até sentir que não possuo lágrimas pra mandar minha tristeza e frustração embora.

Naquele momento decidi que não tinha mais escolhas eu tinha que parar de ser tão patética de ser tão fraca e lutar por mim mesma.Rapidamente procuro pelo quarto minha mochila, visto uma calça jeans preta, uma blusa azul e um moletom preto por cima, coloco outra roupa na mochila, uma garrafa de água é um mapa da floresta.Abaixo e procuro embaixo da cama minha espada e meu livro sobre Celina que poderia ser muito útil.Passo na sala de treinamento e pego algumas adagas e estacas de madeiras.

Dou uma última olhada pro castelo e suspiro, talvez eu estivesse fazendo a escolha errada, mas eu só saberia se tentasse.Com minha lanterna em mãos entro cada vez mais na floresta, eu iria procurar um lugar pra passar a noite e partiria bem cedo, não quero que ninguém me encontre.

Eu não sei exatamente por quanto tempo andei, ao meu ver já faz algumas horas, a lua estava alta e fazia aquela parte da floresta ter uma boa visibilidade, ando mais um pouco e encontro um tipo de gruta, decido passar o resto da noite ali.Estendo o saco de dormir que por sorte me lembrei de trazer e na escuridão daquela gruta adormeço pelo cansaço.

Manhã seguinte.

Arrumo rapidamente minhas coisas e pego meu mapa, eu tenho que continuar seguindo pro norte até encontrar uma pequena vila.

— É vamos a mais um dia de luta— falo para mim mesma e parto.

Pelo caminho vi muita beleza na floresta que até então eu achava sombria, aqui com certeza tem muitas borboletas também vi alguns gnomos, encontrei um belo lago com algumas ninfas, elas são incrivelmente belas, aproveitei pra encher minha garrafa de água e segui caminho.

Eu estava faminta, eu só tinha trago umas duas barrinhas de cereais que por sinal já haviam acabado.Me sento em um pedra e coloco minha mochila pesada no chão.Fico pensando se eles estão me procurando, eles não podiam me encontrar agora eu precisava fazer isso, provar a mim mesma, procuro o livro de Celina tentando buscar um jeito deles não me encontrarem.
Encontro no livro mais para isso eu iria precisar de um pequeno animal e uma planta.

——&——

Votem e comentem.Beijos.

A Herdeira De CelinaOnde histórias criam vida. Descubra agora