10 - Decisões

21 3 0
                                    

- Sim? - respondeu do outro lado da porta

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- Sim? - respondeu do outro lado da porta.

- Sou eu. Preciso de uma ajudinha aqui.

Escutei a porta se destrancando e um Darkness sem camisa, apenas com o casaco de pele aberto sobre o corpo e calça muito baixa para minha imaginação, apareceu.

Abri a boca perdendo a fala por alguns bons segundos, antes de focar novamente. - Eu... É que... Será que você... - Suspirei não conseguindo formar se quer uma frase inteira sem gaguejar.

- Lyra? - ele cruzou os braços e encostou-se ao batente da porta, com a sobrancelha arqueada. O filho de uma boa mãe sabia o que seu corpo desnudo causava em mim, e estava se aproveitando disso.

- Não consigo abrir o vestido ok?! Será que você pode me ajudar? - ele sorri e se desencostou do batente esticando os baços para minha cintura e me virando de costas para ele.

Senti suas mãos subindo pelas minhas costas, de minha cintura até o topo do corpete. Puxou levemente o zíper, e quando minha pele apareceu, senti a lufada de ar que ele soltou depois de tanto tempo segurando. - Tudo bem ai?

Ele me virou novamente e passei um braço por baixo do meu peito, segurando o tecido. Ele acenou concordado, com o braço ainda a minha volta. Estiquei minha mão livre para seu peito, ele tirou o casaco me dando livre acesso. Assim que toquei em seu peito uma espécie de tatuagem acendeu em seu antebraço que estava a minha volta. - Isso é uma tatuagem? - me afastei um pouco para ver melhor o desenho de um raio, ou melhor iam descarga elétrica brilhando. Ele tomou algumas respirações e a "tatuagem" desapareceu.

 Ele tomou algumas respirações e a "tatuagem" desapareceu

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- Não é uma tatuagem... Quando nos tornamos guerreiros, a nossa marca aparece. Ela representa sua casa, representa quem você é. Hoje quando eu uso meus poderes ela brilha intensamente.

- Mas você não está usando seus poderes agora... - disse passando a ponta dos meus dedos nós traços.

- Não exatamente... Quando há... Forças, vamos dizer assim, agindo sobre nós, isso também acontece.

- Isso é lindo... Mas, como se torna um guerreiro?

- Não se torna um guerreiro. - Ele olhou ambos os lados do corredor e me puxou para dentro do quarto, trancando a porta atrás de nós. Abriu uma gaveta e pegou uma camisa preta, jogando-a para mim. Indicou a porta que provavelmente era o banheiro. Fui até lá, tirei o restante do vestido, a meia calça e o salto, vestindo sua camisa. Soltei meus cabelos do coque e passei os dedos, soltando os cachos. Lavei meu rosto na pia, tirando o restante de maquiagem e voltei para o quarto, encontrando-o, deitado debaixo dos cobertores, que levando em consideração meu quarto, haviam sido feitos especificamente para ele.

Me juntei a ele na cama, entrando debaixo das cobertas e deitando minha cabeça do lado direito de seu peito e fiquei brincando com meu dedo sobre a marca no braço que ele apoio em cima do abdômen.

Depois de uma inspiração ele começou a falar - A marca aparece, quando se faz algo grandioso para alguém. Só assim, você saberá que é um guerreiro. Quando mostra que a vida de alguém é mais importante que a sua.

- Como a sua apareceu?

- Um dia eu estava cavalgando pela floresta e no limite noroeste de lá, existe um precipício, eu escutei um grito de socorro, mas tinha muita neblina, o dia já começava a amanhecer e eu não conseguia ver tão bem, que fique claro, sou um ser noturno, minha mãe é a Deusa da Lua, seu irmão que manda no sol... Então eu me arrisquei. Mesmo com pouca visibilidade resolvi ir até lá. A voz era de um idoso que havia se desequilibrado enquanto tentava resgatar seu cão de caça, que havia corrido atrás de um animal qualquer.

"Resumindo, na hora de tentar pegar o cachorro, um pedaço de terra se soltou e ele começou a cair. Se agarrou a uma das raízes de uma árvore e ficou gritando por ajuda."

"Na hora não pensei no perigo de deslizar terra abaixo, apenas pensei que uma pessoa indefesa, precisava de ajuda, e eu era o único que o podia fazer..."

Eu tinha me colocado em um braço para olhar em seus olhos enquanto contava, a alegria em seu rosto por ter ajudado aquele dia, me mostrava que compensara o risco. - Isso é maravilhoso Dark. Espero um dia poder fazer o mesmo.

- E você vai. Eu tenho certeza.

O beijei mais uma vez antes de deitar minha cabeça em seu peito novamente e apagar.

Batidas fizeram Dark se mexer, o que me fez acordar. Olhamos um para o outro, eu assustada e ele apreensivo. Acenou para o banheiro com a cabeça, enquanto as batidas continuavam. Corri para o banheiro e tranquei a porta, aquecendo ao máximo a maçaneta para que ninguém conseguisse entrar no banheiro. Encostei meu ouvido contra a porta para ouvir o que se passava.

- Dark, a Lyra sumiu! Fui ao seu quarto essa manhã e não a encontrei. - A voz de minha mãe parecia desesperada, Dark deu um suspiro que pareceu de alívio e eu abri a porta um tanto quanto envergonhada.

- Oi mamãe...

Ela levou uma mão ao peito e a outra escorou no batente da porta. Estava vestida com um vestido fino que provavelmente usava para dormir, com um rob por cima, cabelos soltos e um pouco bagunçados. Abriu um pequeno sorriso após um suspiro de alívio, encarando minha camisa.

Acenou na direção do meu quarto e sai logo atrás dela, dando um pequeno beijo na bochecha de Dark.

- Mãe desculpa. Passar a noite no quarto de um rapaz, provavelmente é algo fora das regras aqui... eu só...

- Lyra, minha filha, não há essa regra aqui. Ninguém é obrigada a se casar primeiro para só depois se envolver mais profundamente com o outro. Só fiquei preocupada que algo lhe houvesse ocorrido, que Zeus tivesse despertado sua fúria sobre você. E como já disse antes, faço muito gosto do envolvimento de vocês dois. Selene foi e ainda é uma grande amiga, mesmo a distância. Vocês dois juntos seria maravilhoso se for possível...

- Possível?

Ela acenou e nos serviu um líquido que logo descobrir se capuccino. - Ele não pode viver aqui para sempre Lyra. Quando as barreiras foram fechadas, os reinos se tornaram extremos. Aqui ficou frio de mais, Stormland sombrio de mais, além de sofrer com tempestades tão frequentes que ouvimos os trovões daqui, Sunland é tão ensolarada que raramente chove, as plantações sofrem bem como todos que moram lá, e Fireland... - ela interrompeu sua fala e ficou pensativa.

- O que tem Fireland mãe?

- As larvas vulcânicas correm no lugar dos rios, há chuvas de rochas diariamente, o ar é pesado pelo excesso de enxofre, os céus sombrios e alaranjados, raramente se sabe quando é dia e quando é noite.

- Como os Deuses puderam fazer isso com seus próprios filhos? - eu estava incrédula com tamanha crueldade daqueles que se diziam "Deuses" se alguém.

- A irá de um Deus é algo incontestável. Eles chegam a irracionalidade. É o preço que todos pagamos por nosso envolvimento...

- Eu vou dar um jeito mãe. Eu posso dar um jeito.

- Lyra, você não vai fazer nada que vá lhe colocar em risco. Nós queremos sim uma vida normal outra vez, mas se eu tiver que escolher entre viver no frio glacial para sempre ou te perder novamente, não vou precisar nem pensar.

Se estiver gostando não esqueça de curtir e compartilha a história com os amigos, me ajuda muito a atrair leitores... Beijos até o próximo capítulo!

Combinação Quase Perfeita - NÃO REVISADOOnde histórias criam vida. Descubra agora