Capítulo 3

122 17 21
                                    

Lorenzo D'Ávila

Okay, eu realmente não estava preparado para o furacão D'Ávila que se formou na casa de Daniel. Marie tampouco estava, a veia saltada em seu pescoço comprovava isso.

O pequeno castelo onde meu primo mora em Vancouver tem seis quartos, dois naturalmente ocupados por sua família e quatro de hóspedes. Considerando a imensa caravana que tomou conta da vida dele para as festas de final de ano, Dan, naturalmente calmo, acabou surtando levemente.

Chegamos na manhã do dia vinte de dezembro. Munidos com malas cheias de presentes de natal, fazendo muito barulho, porque minha família não sabe fazer silêncio, e revirando tudo que encontrassem pela frente. Haviam presentes o suficiente para encher a base do pinheiro colossal que Thaline escolheu.

Minha mamma e meu babbo, assim como zia Catherine e zio Enrico foram os primeiros a ir para um hotel. Era claro que não dava para todos nós ficarmos lá juntos, por mais que a casa fosse grande, éramos realmente muita gente. Tinha pena de marie e Daniel tentando se habituar aquela loucura que era uma rotina completamente normal para nós. Eu já esperava que todos fossem cair de bêbados pela quantidade absurda de vinhos que tinha trazido. Não sei como a alfandega os permitiu.

Giovana, Henriqueta e Gema seguiram o mesmo caminho, acompanhadas por Pietro e Felipo e com Leon, Vicenzo e Edgar — as crianças que vieram — de brinde. Minha sorella, Genevieve, preferiu ir para um loft com o esposo e o filho. Eu queria que Marco ficasse, até porque ele e Thaline se davam muito bem e sempre acontecia uma ligação entre eles para continuarem se falando.

No final, ficamos apenas eu, Dante e Carina, minha cunhada, para o alívio de todos, principalmente da matrona da casa, mas sei que essa na noite de amanhã Marie entrará em desespero ao ver todos reunidos novamente. O círculo social da Elite o qual Marie pertence é bem mais contido, polido e bem-educado. Um exemplo bem claro disso era a própria madrinha da minha querida Thaline que destoava dos demais em qualquer comemoração que estivéssemos no Canadá.

Marie estava na empresa agora e Daniel atendendo os últimos pacientes do ano no consultório. Carina e eu ficamos para trás cuidando do pingo de gente que arrebata o coração de todos. No auge dos seis anos, Thaline D'Ávila está exibindo seu charme para quem se aproxima e estou louco para enchê-la de presentes no natal.

— Acha que se eu ficar grávida, meu bebê terá de mesmas características de vocês? — Carina pergunta maravilhada enquanto penteia os cabelos de Thaline. Eu rio.

— Isso é quase 100% de chances, sorella, todos da família são idênticos, Thaline pode ter os cabelos um pouco mais cacheados e volumosos, mas fora isso, é extremamente parecida com qualquer um de nós.

Chamo Carina de irmã desde que Dante nos apresentou. Ela com certeza se casará com meu irmão, tenho a plena certeza disso. Quando um D'Ávila ama, ele se subjuga a sua mulher e deixa que ela segure as rédeas da sua vida e conduza a carruagem. Se ele não faz isso, não é a mulher certa para ele. E Dante é completamente cachorrinho de Carina, come quieto na palma da mão dela.

— Gosto quando me chama de sorella, Dante diz que é porque você me adotou, sempre quis ter um irmão mais velho.

— Eu sou o filho do meio, sempre quis ter uma irmã mais nova para cuidar, mas o que eu ganhei foi Dante então tenho que me contentar com isso, não é?

A morena gargalha. É claro que eu omito a parte que eu investiguei a vida de Carina desde o casamento dos seus pais, fucei sua linhagem e cada acontecimento dentro dos seus vinte anos. Eu precisava saber se meu irmão não estava se metendo em furada, porque não tinha nada que eu prezasse mais do que a segurança dos meus.

Uma razão para amar - Os D'Ávila 2Onde histórias criam vida. Descubra agora