Capítulo 4

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O ar frio de Vancouver fazia cócegas na minha pele conforme a noite chegava e eu me preparava para o aniversário do meu querido amigo e psicólogo

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O ar frio de Vancouver fazia cócegas na minha pele conforme a noite chegava e eu me preparava para o aniversário do meu querido amigo e psicólogo. Meu vestido cor de vinho é de alças, com um decote mais que generoso, além de costas nuas, fazendo um par perfeito com meu Yves Saint Laurent de 10 centímetros preto.

Depois de ontem, sinto-me na necessidade de me arrumar. Olhar no espelho e reafirmar que eu sou linda. Deixar que meu ego se infle e ignorar qualquer menção a Jensen. Eu não sou mais noiva dele. Sou uma mulher livre. Uma mulher linda, influente, no auge da carreira e que pode arranjar um ótimo homem essa noite. Estou solteira e posso investir à vontade em qualquer um. E minha escolha de alvo é Lorenzo.

Prendo meus cabelos. Não faz sentido usar um vestido costa nua para não exibir o que ele não cobre. Aproveito a oportunidade para gravar um reels ensinado a fazer meu coque com trança favorito. A maquiagem destaca meus olhos e sorrio com o quanto realmente pareço a modelo fenomenal que eu sou. Linda. Resplandecente. Perfeita.

Visto um sobretudo bege. A meia-calça cor de pele vai me ajudar com o frio nas pernas, o casaco fará o resto. Bato os olhos nas minhas mãos, a aliança de noivado ainda reluzia ali. Minha casa fica a dez minutos do meu destino, é de frente para o mar, então quando eu saio no carro, simplesmente abro a janela e jogo o anel, agora sem nenhum significado, em direção a água.

Eu finalmente estava liberta. Sigo pela NW Marine DR até West Point Gray, o bairro vizinho. O segurança reconhece a placa do meu carro e me deixa passar dos imensos portões da casa, parando em frente da porta e entregando minha chave para um dos funcionários da casa. Tiro uma foto exibindo as unhas bem pintadas de vermelho fosco e aproveito para agradecer a pulseira enviada pela Pandora que eu estava usando.

— Uma mulher canadense nessa casa! Les cieux ont entendu mes prières! — Marie faz um gesto exagerado e fala em um francês perfeito da Columbia.

(O céu ouviu minhas orações)

— Marie, como está? — Sorrio simpática e ela me dá um abraço caloroso, típico do ramo materno de sua família.

— Surtando com tantos italianos na minha sala — confidencia em um sussurro e eu gargalho alto. — Nara! Venha mostrar ma nièce para Liriel.

Rapidamente sou cercada pelas três Kleinfeld e a bebê Anderi. Conheço a senhora Luna desde meus primeiros desfiles, afinal, ela sempre foi uma mulher presente nos eventos da alta sociedade.

— Erik me contou o que aconteceu entre você e Jensen ontem, espero que não se ofenda, meu noivo não consegue esconder nada de mim. — Sorrio ternamente, aproveitando para pegar a bebê fofinha no colo.

— Tudo bem, Nara, foi uma coisa chata, mas pelo menos consegui me livrar de vez de tudo que eu sentia por ele, eu acho, o sentimento da raiva pela humilhação ainda vai ficar, mas o desejo de destruir o relacionamento passou. — Suspiro mais uma vez, antes de ser envolvida por um abraço das três. — Gente, eu vou morrer sufocada — brinco e elas me soltam rindo.

Uma razão para amar - Os D'Ávila 2Onde histórias criam vida. Descubra agora