- América? Acho que Rosie está com fome - ao entrar na sala, vejo uma bebê muito agitada nos braços do pai.
- Olha filha, seu pai acertou o seu cronograma - coloco Rosie em meu colo, afasto a manta que estava nas pernas de Severo e me sento entre elas.
Era automático, assim que Rosie estava em meu colo no horário do "mamar" se acalmava.
- Você vai conseguir - Severo sussurra.
- Severo, não. Eu estou amamentando.
- América, não temos tempo para isso. Saiba que tudo é seu, por direito.
- Caso algo der errado... - eu estava derrotada.
- Você vai conseguir - ele afirma, mesmo enquanto eu podia sentir a dor que sua voz carregava.
- Nós vamos conseguir, entendeu? Você sabe que eu não consigo sem você - lágrimas já começavam a escorrer pelo meu rosto.
- McGonnagall vai estar com vocês, Narcisa você já sabe...
- Você não tem ideia do quanto eu preciso de você ao meu lado
- América, quantas vezes eu vou ter que lhe dizer?
- Severo, você é minha vida. Eu não sou a mesma de antes, você é responsável por isso, e eu sou infinitamente grata por tudo que vivi nesse ano. Obviamente Rosie não foi só uma "obra" minha - sabia que ele estava com aquele sorriso de lado que eu tanto amava - e eu amo ela de um jeito inexplicável, mas...
- Eu sei, eu sei.
- Feliz três meses Rosie - acaricio seu rostinho.
- Tenho que admitir, ela tem pais incríveis.
- Tem sim, mas se ela for para a Lufa lufa eu depeno aquele chapéu.
- Voce vai ser mandada para Azkaban - ele diz, me fazendo rir.
- Então tomara que ela tenha seu gênio, a família tem que ser sonserina - sinto os lábios de Severo pressionando meu ombro.
- Ou eu depeno aquele chapéu.
- Ah é?
Passamos a tarde juntos, queríamos fazer aquele dia especial. Mas sabíamos oque estava para acontecer, não estava sendo fácil para ninguém.
♡
De alguma forma Rosie sabia que algo não estava bem, o pai não havia voltado para casa a noite e por isso ela ainda não tinha dormido. Tive que colocá-la em minha cama, Severo era o único capaz de acalma-la e bem... ninguém estava bem.
Minha mente trabalhava em me manter positiva, mas eu sabia a realidade. A batalha havia começado, o patrono de McGonagall entrou no apartamento trazendo a mensagem que a mesma havia mandado.
Quando o relógio da cozinha marcou três da manhã eu finalmente soube, havia acontecido. Estava tentando colocar Rosie para dormir enquanto a ninava andando pela casa, foi nesse exato momento que ela mais chorou e meu coração se partiu. E eu estava destruída, com a esperança de conseguir.
♡
Eu esperei ansiosamente, aparentemente Rosie sabia que algo estava para acontecer pois ela finalmente conseguiu dormir. Mas a agitação continuava, lembro de ler em algum livros que as mães podiam transmitir emoção para seus filhos e agora posso comprovar parte de seu fato.
"Pode vir, está na hora" - foi oque o patrono de McGonnagal disse ao chegar no apartamento.
Aparatei imediatamente com minha filha para Hogwarts, a diretora da Grifinória estava me esperando prontamente na antiga sala do diretor.
- Oi - é a única coisa que pensei em falar.
- Oi minha filha - ela suspira aliviada - como ela é linda! - Minerva diz assim que me aproximo com Rosie em meus braços.
- Obrigada - sorrio - espero que a madrinha tenha paciência com o humor, é igual ao do pai - "esperançosa" era a palavra que me definia.
- Madrinha? - seu cenho estava franzida.
- Espero que aceite o convite, você não tem ideia de o quanto seus passos foram necessários para tudo dar certo.
- América... é claro que eu aceito - ela diz surpresa - agora me de essa menininha, você tem um amor para acordar.
Coloco Rosie entre os seus braços, que logo se aconchega no peito da diretora.
- Boa sorte - Minerva diz.
- E pensar que a última vez que eu fui até a mansão dos Malfoy estava sendo por ordem do MACUSA...
- Você está indo para começar uma nova vida
- Não me dê esperanças - já estava pegando o pó de flú perto da lareira.
- É uma coisa coisa necessária em momentos difíceis.
- Obrigada Minerva - a visão da bruxa com a minha filha em seus braços se misturavam com as chamas verdes.
Ao chegar na mansão, a primeira visão que tive foi de Potter apontando a varinha em minha direção.
- Calma, está tudo bem - escuto a voz de Narcisa.
- Vocês se conhecem? - a voz do menino tinha um tom de nervosismo que eu nunca tinha visto.
- Sim - dou os meus primeiros passos pela sala de estar.
- Você está bem?
- Não utilizamos esse termo, ok? Estou apenas aguentando, por Rosie.
- Quem é Rosie? - Malfoy Júnior pergunta, entrando na sala.
- Minha filha - dou de ombros me aproximando de Narcisa. Que logo me abraçou.
- E filha de Severo - os olhos dos meninos se arregalaram ao escutarem a confissão vinda de Narcisa.
- Ele tem? - Draco começa.
- Uma filha? - Potter finaliza a pergunta.
- Severo tinha uma vida bem ativa enquanto vocês enchiam o saco dos professores nos corredores de Hogwarts, Rosie é uma prova disso - dou de ombros.
- Ela está calma demais, não está? - Draco volta a se pronunciar.
- Diferente de vocês - aponto para os meninos - eu estava mais do que preparada para tudo isso, podemos começar?
- Sim, vamos logo com isso - Narcisa diz, me guiando até o local onde o corpo de Severo estava.
Enfim tudo aquilo estava se encaixando, o "vamos conseguir" estava ainda mais perto de acontecer. Severo havia morrido, mas seus tempos sombrios como comensal pelo menos estavam servindo para alguma coisa. Sua horcrux, toda a sua raiva e rancor por Tiago Potter pelo menos serviram para algo.
O colar que eu firmemente segurei desde que senti a morte do homem que eu amava finalmente seria útil, e a vida dele não seria mais dividida em dois.
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O perfume perfeito - Snape Fanfic [CONCLUÍDA]
Фанфик"Já pensou o tanto que você precisa amar para esquecer o valor de uma marca?" Tudo começa com uma aposta: colegas de quarto desafiando a amiga solteira à falar com um cara aleatório no bar. Que na mesma semana descobrem que ele não é ap...