Acordo um pouco zonza, percebo o relógio marcando nove da manhã e alguns minutos. Alguns flashes da noite anterior passaram por minha mente, mas não percebi nada que pudesse comprometer minha dignidade. As únicas certezas que eu tinha era de que eu precisava de um banho e alguma coisa para ressaca da loja.
Tomo um banho relaxante, utilizando os mesmos produtos de menta, morango e lírios. Tiro a umidade do cabelo com minha toalha e visto meu habitual roupão.
Ando pelo corredor lutando juntamente com a escova contra o meu cabelo, que certamente estava merecendo algum dos produtos dos trouxas vendidos por Mariana. Ao chegar na cozinha sinto o cheiro característico de camomila e limão, meu chá preferido.
- Ok... isso é um pouco sinistro, eu não deveria estar sozinha? - digo enquanto sentava na mesa e inspirava o cheiro que exalava do bule.
- Relativamente sim, você deveria estar sozinha. Mas fiquei levemente impressionado com a coleção de camomila e limão na cozinha, e sei que a senhorita está de ressaca. - ele diz me servindo.
- Obrigada - sorrio - mestre em poções, hein? - pergunto ao dar o primeiro gole no chá.
- Qual foi a ordem cronológica das suas informações sobre mim? - ele pousou a xícara na mesa de vidro.
- Bom, descobri isso e que você trabalha em Hogwarts antes do whisky. E sei que você tem suas desavenças com Horace Slughorn.
- Bom... eu sei que você é solteira e trabalha no MACUSA, certo?
- Fez um bom trabalho professor, mas venha cá. - me levanto, e ao passar por ele toco em seu ombro. Ele entendendo o "comando", se levanta e começa a me seguir.
- Ok, talvez eu tenha invadido a sua casa e a sua privacidade. Mas eu tenho alunos que precisam de mim - ele diz enquanto descíamos as escadas após eu ter desligado o alarme.
- Seus alunos não gostam de você
- Como pode ter tanta certeza? - ele pergunta.
- Por que eu era do mesmo jeito que você, pode ter certeza. - abro a parte bruxa da loja.
- Como assim, do mesmo jeito que eu? - ele entra na loja logo atrás de mim, e sou privilegiada por sua cara de surpresa. - Mas esses produtos... - ele aponta para a estante que eu era responsável. - Mestre em poções, hein? - ele diz olhando cada detalhe da loja.
- Os alunos também não gostavam muito de mim, pode ter certeza.
- É, agora eu posso imaginar
Me sento no balcão de pagamento, e fico observando a exploração do professor à minha frente.
- Então você deixou de ser professora para trabalhar no MACUSA?
- Certas mudanças precisam de adaptações. Por mais difíceis que possam ser.
- Eu entendo... - ele diz se aproximando de mim. Não cortamos o contato visual, apenas nos sentimos confortáveis com isso.
Quando ele estava a alguns centímetros de mim, desço do balcão. E ficamos praticamente colados. Começo a sentir uma de suas mãos em minha cintura, e como se fosse predestinado o nosso clima é cortado com uma das meninas me chamando no andar de cima.
- Já estou indo! - sorrio sem graça para o professor.
- Acho que também devo ir - ele diz soltando a minha cintura.
- Ok... - suspiro. - Até qualquer fuga
- Até... se bem que eu sei seu endereço, qualquer dia posso montar uma fuga em dupla e convidá-la por uma carta.
- Qualquer dia que eu precisar de alguém para me ajudar com o cabelo após um dia de bebedeira, já sei que Hogwarts será o endereço da carta. - ele sorri - Obrigada, de verdade. Sei que não é todo dia que se ajuda alguém passando mal.
- Sempre que precisar mestre em poções
- Ex mestre em poções, okay professor Snape? - por costume de brasileira, acabo dando um beijo em sua bochecha. - costume brasileiro.
- Bom saber... - ele pisca para mim - foi um prazer América
- Até mais professor.
Aquele mesmo formigamento na barriga e o típico turbilhão de emoções de quando a América adolescente tinha acabado de falar com o crush volta com toda força. O que ele fez comigo? Volto para o loft sorrindo como uma adolescente.
♡
Sábado e domingo foram os dias mais infernais da semana... sabe quando você é adolescente e suas amigas não param de lhe perguntar por no mínimo um segundo sobre a sua conversa com o garoto que você gostava na época? Pois isso resume exatamente os últimos dois dias.
A minha sorte é que recebi uma carta do MACUSA pedindo que eu comparecesse uma hora mais cedo que de costume, eu não sei se agradecia aos comensais por estarem cada vez pior, ou se xingava aos céus por ter que trabalhar mais do que o costume em plena segunda feira.
- Bom dia Senhora - era Amanda, minha secretária.
- A ministra Samantha Picquery está solicitando a sua presença.
- Ah, ok Amanda. Obrigada. - digo me levantando.
Saio de minha sala e pego o elevador para a cobertura do prédio, onde é localizado o escritório da Ministra da Magia dos Estados Unidos da América.
-Bom dia Ministra - disse ao entrar no escritório.
- Bom dia América, como você está?
- Bem, e a senhora?
- Sente-se, por favor. - ela suspira - No geral estou bem, porém a situação não está fácil. Me preocupei bastante quando recebi a sua carta avisando que Rodolfo Lestrange estava na cidade, e fiquei ainda mais impressionada em saber que ele está tendo contato com Horace Slughorn. E por isso que mais do que nunca, precisamos de você... como bem sabe, os rumores sobre os ataques de você-sabe-quem ao menino Potter estão aumentando ainda mais em Londres. E por isso fomos convocados a ajudar os alunos de Hogwarts. Nos pediram dois dos melhores aurores de Nova York, e por isso você está aqui.
- Me corrija se eu estiver errada, Ministra. Mas o que a senhora está querendo dizer é: que eu estou sendo enviada para uma missão na Grã Bretanha, para cuidar do menino Potter?
- Bem, sei que ele é o menino que sobreviveu, mas ele não está com todo esse privilégio - ela diz, fazendo com que nós duas soltássemos risadinhas - Hogwarts é dividida em quatro casas: Grifinória, Sonserina, Lufa Lufa e Corvinal. Serão quatro Aurores dentro da escola, onde cada um serão responsável por cada casa.
- Entendi - digo pensativa - eu tenho que estar lá quando?
- Na quarta feira
- Na quarta?
- Me desculpe América, fiquei o final de semana inteiro tentando resolver isso. Espero que entenda.
- Não... tudo bem, eu consigo resolver tudo até lá. Se não se importa eu preciso ir - digo me levantando, e ela me libera com um aceno de cabeça.
Passo o resto do dia terminando fichas e formulários sobre os comensais. Família Malfoy, Black e até pesquisas aprofundadas sobre os tempos de estudante de alguns comensais foram feitas nesse mesmo dia. Por mais que eu tentasse ser mais cautelosa possível, as peças não se encaixavam 100%. Sempre achei que o grupo íntimo de Lord Voldemort fosse composto por 18 comensais, só que de acordo com as minhas fichas, documentações e registros só tenho 17. E o meu tempo em Hogwarts seria focado em descobrir essa incógnita em meu trabalho.
Desde que voltamos das férias de fim de ano, isso me atormenta. Ao passar dos anos meus extintos de comensais foram se apurando cada vez mais, não me orgulho 100% disso porém já cheguei a dormir com atuais e ex comensais que agora estão presos em Azkaban. Minha primeira experiência como essa foi com Bartolomeu Crouch Jr. eu claramente não me orgulho de ter dormido com ele durante quase dois meses, porém me orgulho no quesito: mandá-lo para Azkaban. Já a minha última "missão" foi com Lúcio Malfoy, fiquei morrendo de pena de Narcisa já que ela é uma boa pessoa. Mas o marido não vale absolutamente nada.
Fiquei até mais tarde no escritório, já não era mais tardezinha como de costume. As pessoas já começavam a sair de suas casas e hotéis extremamente arrumados em busca de uma aventura na noite. O Central Park essa hora da noite, já não era tão convidativo como pela manhã. Porém, era o caminho mais fácil a se seguir para chegar em casa.
Ao subir para o loft e ativar todo o sistema de segurança, começo a sentir o cheiro tão característico da macarronada de Mariana.
-Boa noite meninas - digo ao entrar.
- Estávamos estranhando a demora - Esther diz.
- Isso tem cara do processo de escravidão da Samantha, seja mais exata com o que ela te mandou fazer. - pede Mariana.
Assim eu começo a contar todo o combinado com a Ministra, sobre a organização de Hogwarts, minhas dúvidas sobre os comensais e as caras e bocas das duas a minha frente revelavam muito sobre oque pensavam sobre.
-Sabe de uma coisa? Ninguém parou para pensar nesse detalhe...
- O que? - digo tirando o macarrão do forno.
- Seu "namoradinho" de uma noite, o professor Severo Snape - ela faz uma voz fininha ao falar o nome do homem. - disse que trabalhava em Hogwarts, não é? - percebo o rosto das duas se iluminarem, eu já sabia a ideia delas.
- Bom... sim, ele trabalha lá. Porém duvido muito que eu vá conviver com ele
- Mas só por precaução escolha no mínimo três - Esther acabara de conjurara a minha gaveta de lingeries em cima do sofá.
E bom... mais uma noite normal, tirando o fato que elas estavam me ajudando a arrumar a mala para o novo destino. Que de acordo com elas, seria para: "a cama do professor".
Meu roupão estava aberto, dando toda a visão do meu corpo nu. Sinto alguém me agarrando pela cintura e me colocando de pé na enorme cama, eu acariciava seus cabelos, e os puxava de leve a cada provocação e excitação. Ele me colocou na cama, podia sentir o seu corpo nu contra o meu. A partir daí nada foi muito específico, sabia que estávamos fazendo amor. Não era um nome, e sim um apelido que ecoava pela a minha mente durante todo o "ato"... príncipe, era esse o seu apelido.
Acordo suada com o despertador tocando de fundo. E lá vamos nós para mais um dia de trabalho...---------
oioi Bruxões e bruxonas!
Espero que vocês estejam gostando da fic, mas e aí, O que estão achando desses dois?
Malfeito Feito...
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O perfume perfeito - Snape Fanfic [CONCLUÍDA]
Hayran Kurgu"Já pensou o tanto que você precisa amar para esquecer o valor de uma marca?" Tudo começa com uma aposta: colegas de quarto desafiando a amiga solteira à falar com um cara aleatório no bar. Que na mesma semana descobrem que ele não é ap...