Eastside - ᴡʜʏ ᴅᴏɴ'ᴛ ᴡᴇ

Sixteen.

Any's pov

Acordo deitada em algo muito duro para ser um travesseiro e muito macio pra ser o chão. Minha cabeça parecia que explodiria a qualquer segundo e meus olhos não conseguiam se acostumar com a pouca luminosidade do local.

Ainda sem conseguir abrir os olhos, sinto o perfume inconfundível de Jonah Marais, o que me faz abrir os olhos de uma só vez. Olhei em volta e me vi em seu quarto, com suas roupas, abraçada com ele.

– Meu Deus. – Falei respirando fundo tentando não surtar com tudo aquilo enquanto me sentava na cama. Não conseguia me lembrar de metade dos acontecimentos da noite passada, mas tudo indicava que o pior tinha acontecido. – Meu Deus! – Falei um pouco mais alto, fazendo Jonah acordar.

– Você sempre fala sozinha quando acorda? – Ele pergunta coçando os olhos e se sentando na cama. – Que horas são? – Ele pega seu celular no criado-mudo do lado da cama. – 6:30 da manhã, caralho Any. Quem acorda esse horário de sábado?

– Não fala mais nada. Não quero ouvir sua voz. Nunca mais. – Falei me levantando da cama.

– Ah pronto. – Jonah resmunga se levantando também. – Antes que você tire conclusões precipitadas, nada aconteceu. Você continua virgem e pura, não se preocupe.

– Ah muito obrigada pelo esclareci... Espera como você... – Parei encarando Jonah.

– Você me contou. E também me pediu pra não contar pra ninguém. – Jonah diz naturalmente.

– Meu Deus, meu Deus... o que mais eu falei ontem? – Perguntei passando as mãos pelo rosto com vergonha.

– Nada demais. Você só ficou elogiando o meu pau. Tipo, o tempo todo. – Jonah diz com um sorriso convencido. – Aliás, muito obrigado. Eu e meu pau ficamos muito felizes com seus elogios.

– Meu Deeeeeeus! Eu sabia que não deveria ter confiado na Jey pra cuidar de mim bêbada. É a mesma coisa que pedir pra um recém-nascido limpar a enfermeira depois do parto. – Falei andando de um lado para o outro. – Eu preciso ir pra casa. Me leva pra casa agora.

– São 6:30 da manhã, eu não vou te levar pra casa às 6:30 da manhã. – Jonah diz.

– Se você tivesse me levado para casa logo de cara não teria que me levar às 6:30 da manhã. – Falei nervosa.

– Eu não sabia onde era sua casa. – Jonah justifica.

– Perguntasse! – Falei.

– Eu perguntei, mas você não quis me falar. – Jonah diz.

– Bom, mas agora eu quero te falar, okay? Será que você poderia, por favor, me levar pra casa? – Pedi.

– Okay, eu te levo, mas fala mais baixo. Não quero acordar ninguém. – Jonah diz pegando suas chaves. – Vamos?

– Preciso vestir as minhas roupas antes. – Falei.

– Estão encharcadas, Jey pode te devolver depois. – Jonah diz.

– E eu vou embora pelada? – Perguntei.

– Não, idiota, pode levar as minhas roupas. Você devolve depois também. – Jonah diz. – Vamos logo antes que eu mude de ideia e resolva voltar a dormir.

Saímos de seu quarto e descemos as escadas, silenciosamente, até que eu acabo pisando em algo macio no chão. Quando percebo, Corbyn grita, acordando Jey, Christina e Zach que estavam largados pela sala dormindo.

– Qual a dificuldade de fazer silêncio? – Jonah pergunta cochichando.

– Por que você pisou em mim? – Corbyn pergunta se levantando.