Eastside - ᴡʜʏ ᴅᴏɴ'ᴛ ᴡᴇ

Seventeen.

Gabbie's pov

Saí de casa e encontro Jack me esperando, encostado em seu carro, com uma sacolinha de farmácia em mãos.

– Nós não usamos camisinha. Trouxe a pílula. – Ele diz me entregando a sacolinha.

– Você sabe que a ideia da pílula do dia seguinte é que você tome ela no dia seguinte do ato sexual, não dois dias depois, né? – Falei cruzando os braços.

– No dia seguinte ainda correria o risco de você me assassinar. Tive que esperar. – Jack diz dando de ombros.

– O bebê não espera. – Falei pegando a sacolinha. – Ainda bem que eu não sou uma besta igual você e já tomei a pílula.

– Eu também comprei um pacote de absorvente pro próximo ciclo. Com abas. E achei uns chocolates por lá também. – Ele diz enquanto eu abria a sacolinha e analisava as coisas que tinham dentro. Achei um pacote de camisinha e a mostrei para Jack arqueando as sobrancelhas. – Acho melhor deixar algumas com você também pra não esquecer da próxima vez. – Ele sorri.

– Não vai ter próxima vez. – Falei jogando as camisinhas nele. – Não com você.

– Gabbie, eu ainda não entendi porque você está tão nervosa. Geralmente eu preciso fazer alguma merda antes disso acontecer. – Jack diz.

– Porque é sempre assim. E eu tinha prometido pra mim mesma que não deixaria isso acontecer de novo até você mudar, mas ai você e minha melhor amiga resolvem jogar sujo contra mim. – Falei.

– Não culpe a Jey, a ideia foi toda minha. – Jack diz.

– E ela aceitou pra poder beber e ficar de pegação com o Zach no banheiro. – Falei.

– É porque ela sabe que nós dois somos endgame por mais que você lute contra isso. – Jack diz. – Eu sei que não sou fácil de lidar e é completamente egoísta da minha parte querer te prender a mim sendo que eu sempre te machuco, mas de verdade, já não consigo me ver com ninguém além de você, Gabbie.

– Então por que você continua fazendo coisas pra me afastar de você? – Perguntei.

– Porque eu sou uma anta. – Ele diz me fazendo rir enquanto revirava os olhos. – Eu nunca vou merecer a mulher incrível que você é, e isso me deixa puto da vida, talvez por isso eu faça tanta merda.

– Se você parasse de fazer merda, talvez pudesse merecer. – Falei.

– Eu sei. Esse é um trabalho em progresso. – Jack diz dando de ombros. – Mas até lá eu ainda vou acabar fazendo algumas merdas.

– E eu posso não querer esperar até lá. – Falei.

– Não fala isso nem brincando. – Jack diz segurando meu rosto com as duas mãos. – Você é tudo que eu tenho, Gabbie. Eu não posso te perder.

– Jura? Porque vocês sempre age como se não tivesse nada a perder. – Falei. – Você me machuca, Jack. E é ainda pior quando você vem me falando essas coisas porque eu só quero te perdoar, mas parte de mim fica gritando TROUXA e eu...

– Manda essa sua parte tomar no meio do olho do cu dela, tá bom? – Ele me dá um selinho. – No final, ainda vamos casar, ter uma filhinha, ou até mais de uma, morar na minha casa na praia pra passar toda tarde no mar. Essa sua parte que te chama de trouxa não sabe de nada.

– Por que você não pode ser assim o tempo todo? – Perguntei o abraçando.

– Eu tento, juro que eu tento, meu amor. – Ele diz acariciando meus cabelos e depositando um beijo no topo da minha cabeça. – Mas eu sou muito fodido da cabeça e me autossaboto o tempo todo.