Sensitivity - a BTS fanfic

Capítulo quatro - Luzes

Brasil

Algumas semanas após o pequeno incidente com Davi, Alícia acabou seguindo em frente e se esquecendo do menino que por algum motivo começou a se dar mal no curso e acabou saindo da instituição. E uma semana depois, ela recebeu o anúncio do show no Brasil, ficando chocada ao ver que as datas condiziam com as datas que ela havia escrito em seu caderno. A menina já tinha todo o dinheiro que precisava e agora estava vendendo alfajores para conseguir pagar seu hotel e sua passagem para São Paulo onde ocorreriam os shows. Alícia estava se sentindo preparada para tudo menos para uma coisa: seu tcc.

Durante os últimos dois anos de seu curso, Alícia preparou o tcc perfeito para apresentar para seus professores e embora ainda fosse final de outubro, ela tinha que dar uma prévia do que falaria sobre no dia oficial e estava nervosa. O tema era a importância da música no audiovisual. Basicamente isso.

-Por que que um filme precisa de uma trilha sonora? - pergunta Alícia para sua sala. - O que torna uma cena de um filme emocionante? Ou aterrorizante? A presença da trilha sonora.

Alícia dava seu máximo para que não gaguejasse e não demonstrasse que estava muito nervosa.

-Por exemplo, no filme "Cisne Negro". A cena final não teria a mesma emoção sem a música de Tchaikovsky no fundo. As notas altas e fortes, demonstrando dor e sofrimento.

-Sim, mas não faria sentido se não tivesse de qualquer jeito. - diz um aluno da sala de Alícia. A menina sorri e concorda.

-Então vou mostrar um vídeo pra vocês que mostra o que eu estou tentando dizer. - Alícia diz e se dirige ao seu computador, colocando o vídeo de euphoria para passar. - Me digam o que a música clássica mudou nesse vídeo.

Após longos 8 minutos, Alícia pausa o vídeo.

-Vocês acharam eles atores dignos de um Oscar? - ela perguntou com convicção e seus colegas responderam que não. - Então, se a trilha sonora não tem um propósito num filme, porque alguns de vocês estão com os olhos marejados?

Alícia observou que seus colegas passaram a se encarar, percebendo que realmente, a maior parte da classe estava emocionada.

-A música pode tornar uma cena muito melhor. Eu acho que eles atuaram bem, porém a música deu o ar melancólico e triste. Se não acreditam em mim, aqui está uma parte do vídeo sem som. - ela diz e aperta play no vídeo. - Não dá pra sentir aquela emoção. Aquele sentimento de querer saber o que vai acontecer. A trilha sonora é a parte mais importante numa história. Sem ela, não há sentimentos.

O professor de Alícia lhe avisa que o tempo da aula tinha acabado. A menina agradece e começa a juntar suas coisas enquantos todos saem da sala.

-Alícia, eu tenho que dizer. Você está mais confiante. Gosto disso. - diz o professor andando até a porta da sala. - Continue assim garota, você vai longe.

A menina sorri com as palavras de seu professor e termina de guardar tudo, saindo da sala com um grande sorriso. Quando ela estava quase fora da instituição, ouve uma menina a chamando pelo nome e vira para a voz.

-Oi? - Alícia diz meio em dúvida, já que não conhecia a garota.

-Oi tudo bem? Você não me conhece, meu nome é Luiza, eu estudo astrologia aqui na faculdade durante a manhã. - diz a menina, estendendo a mão para Alícia, que a aperta e dá um sorriso.

-Prazer Luiza. Então, o que uma estudante do horário matinal quer comigo? - ela pergunta, ainda com um sorriso e é retribuída com uma risada de Luiza.

-Eu... É, acho melhor você sentar. - Luiza diz, apontando para um banco perto de onde estavam e elas andam até o local, sentado-se juntas. - Alícia, a minha mãe, Esmeralda é uma grande amiga da sua mãe há algum tempo. A gente nunca se conheceu porque meus pais agora moram em outra cidade e eu acabei ficando aqui para estudar. Sua mãe me ligou e me disse que você anda tendo alguns sonhos repetidos e sentindo coisas estranhas.