Mesmo sem entender o porquê de ela ter escrito aquilo no caderno, Alícia começa a pensar se aquilo não fora um sinal do universo para que ela começasse a guardar dinheiro para ir ao show do BTS. E se fosse em vão, pelo menos ela teria guardado algum dinheiro para seu sonho de ir viajar para a Coreia do Sul e trabalhar com vídeo clipes.
-Mãe? - chama Alícia quando entra pela porta da frente trancando-a logo em seguida.
-To na sala. - diz Perséfone, esperando a filha chegar até ela.
-Mãe, eu decidi que vou vender alfajor na faculdade. - Alícia diz com convicção e sua mãe franze as sobrancelhas olhando para a filha.
-Por que?
-Eu sei que parece loucura, mas eu to com o pressentimento de que vai ter um show do BTS agora no final do ano e eu quero guardar dinheiro pra ir.
Perséfone encara a filha com um ar sério e depois ameniza sua expressão.
-Amanhã nós compramos os ingredientes. Mas você vai ter que vender bastante pra arcar com as despesas depois. Eu não vou tirar do meu dinheiro depois porque você sabe que a grana ta baixa... - Perséfone explica, cruzando os braços
Alícia dá um sorriso e abraça a mãe, sentindo-se aliviada pela ajuda.
-Juro que você não vai se arrepender. Eu vou tentar vender o máximo possível.
Perséfone ri da forma que sua filha fala, balançando a cabeça.
-Aiai minha filha, só você mesmo pra me convencer com sua intuição. - ela disse e se solta da filha. - senta aqui, vou te contar uma história.
A menina se senta ao lado da mãe e a observa com atenção, captando todas as palavras da mãe.
-Quando você tinha mais ou menos 4 anos, nós fomos num casamento de uma amiga minha e do seu pai que você conhece. Era um casamento diferente dos que nós estávamos acostumados a ir porque foi num salão e não numa igreja então você estava maravilhada com as coisas diferentes. - Perséfone começa a dizer com um sorriso no rosto. - E foi muito engraçado, porque tava no finalzinho da cerimônia e você perguntou pra gente se aquele casamento era de verdade.
"Eu e o seu pais nos entreolhamos e começamos a rir de nervoso, já que tinha muita gente a nossa volta. Nós te explicamos que era de verdade sim e que provavelmente você estava estranhando porque não era em uma igreja e você negou com a cabeça. Você disse que não, que você estava achando estranho porque não sentia neles o amor que eu e seu pai sentimos um pelo outro."Alícia franziu a sobrancelha e olhou para a mãe meio confusa.
-E o que que isso tem a ver com a minha intuição? - ela perguntou enquanto tentava se lembrar daquele dia.
-3 meses depois ela se separou daquele homem... Porque eles não se amavam. - Perséfone concluiu.
A menina olhou com cara de deboche para a mãe, não acreditando em nada do que ela disse.
-Ah para né mãe... Eu falei isso com 4 anos? Isso não existe. - Alícia disse.
-É verdade Alícia.
A menina levou um susto ao ouvir a voz do pai que se aproximou e se sentou ao lado de Perséfone.
-Você acha mesmo que nós inventaríamos uma história dessas? Pensa bem, quando foi a última vez que você esteve errada quanto a sua intuição? - Estélio pergunta para sua filha.
-Eu tava errada quando eu disse que eu sentia que eu e meu ex íamos nos casar.- Alícia diz rindo. - E olha como eu to agora, solteira e ainda fui corna.
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Sensitivity - a BTS fanfic
FanficCom seus 21 anos e prestes a se formar em Cinema e Audiovisual, Alícia há algum tempo sonha que está em um show do BTS, mas sempre acorda quando é notada pelos ídolos, sem entender o por quê. Do outro lado do mundo, os garotos do seu sonho passam pe...