Lorena On
Já faz uma semana que estou nessa cidade, tenho ido bastante na casa de Cristian almoçar e jantar, estou cada vez mais próxima dele. Comprei oque falta na casa e mandei decorar para dar uma nova vida a esse lugar, acho que realmente vou ficar aqui, nada estranho acontece além de eu me sentir observada quase o tempo todo, talvez seja minha imaginação.
Tenho que arrumar um emprego, não vou poder viver assim para sempre, sei que Cristian não quer que eu trabalhe na empresa da cidade mas não tenho muita escolha, não quero trabalhar como garçonete ou empregada, nada contra as pessoas que trabalham nisso, só quero utilizar oque aprendi na faculdade de contabilidade.
Pego uma moto velha que está na garagem, não sei de quem é, mas ela sempre esteve aí, espero que esteja funcionando, pego a chave pendurada na parede e tento ligar, acho que ela está sem combustível, começo a procurar gasolina, finalmente acho e consigo encher o tanque. Giro a chave e a moto liga, começo a dirigir devagar para me acostumar, acho que peguei o jeito, vou para pista e começo a acelerar, até que isso é bom.
Começo a dirigir reto sem me importar para onde estou indo, a adrenalina é muito boa, fecho meus olhos por alguns segundos, quando abro vejo um caminhão vindo em minha direção, por impulso viro a moto para dentro da floresta, fico desviando das árvores até ver que a moto está caindo, tudo parece estar em câmera lenta, me separo da moto e fico olhando o chão se aproximar, só sinto o impacto e tudo apaga.
(...)
Abro meus olhos sentindo uma dor horrível, estou no chão toda machucada por causa da queda, olho para cima e vejo que cai de um barranco alto, acho que tenho sorte de estar viva. Tento me levantar mas sinto uma dor monstruosa na perna, dou um grito de dor, não pode ser, estou perdida no meio do nada com a perna quebrada, isso não pode piorar.
Olho para o céu e percebo que parece estar escurecendo, eu fiquei desmaiada aqui o dia inteiro, pego meu celular no bolso, vejo que ele está todo quebrado, espero que ainda funcione, depois de muito tentar consigo ligar para Cristian.
- alô, consegue me ouvir? / Pergunto com medo que o celular não esteja funcionando direito.
Cristian - sim, aconteceu algo? Não te vi o dia inteiro, cadê você? / Ele parece preocupado.
- eu peguei uma moto na minha garagem e decidi usar, eu fui idiota e quase bati em um caminhão, eu virei a moto na hora e entrei na floresta, acabei caindo de um barranco, acho que desmaiei até agora, Cristian, tô com medo, estou no meio da floresta machucada, não consigo andar. / Falo começando a ficar aterrorizada.
Cristian - fique calma, estou indo atrás de você, fique parada e não se mova, não sabe se quebrou alguma coisa. / Sinto sua preocupação em sua voz.
- eu tenho medo, estou sangrando, meu corpo está todo arranhado, talvez tenha algum animal carnívoro nessa floresta. / Me sento no chão, não deveria ter pegado aquela moto.
Cristian - droga. Estou indo o mais rápido que posso entendeu, não faça barulho e não sinalize.
- por que não? Não será mais fácil de me encontrar se eu gritar?
Cristian - talvez outra coisa de encontre primeiro.... / Meu celular para de funcionar na hora que ela ia falar.
Droga, Droga, Droga, oque eu fiz, não consigo me levantar, tenho que me controlar para não ter um ataque de pânico, está escurecendo, estou ficando com medo, talvez oque esteja me observando todo esse tempo esteja aqui. Tenho que ficar calma, Cristian vai me achar e tudo vai ficar bem, tenho certeza disso, estou ficando cansada, meus olhos querem se fechar novamente, não posso desmaiar aqui.
(...)Já está escuro, estou com medo fazendo o máximo de silêncio que consigo, essa floresta faz sons assustadores, se realmente tiver alguém aqui não quero que me encontre. Ouso um som de galhos se quebrando, coloco a mão em minha boca com medo, meu coração acelera e eu começo a tremer, vejo um par de olhos vermelhos me olhar na escuridão, aquela coisa sai de trás das árvores e vem até mim com a boca aberta, ele é enorme, tem pelos pretos e é do tamanho de uma pessoa, nunca pensei que ia morrer desse jeito, sinto uma queimação em meu pescoço, tiro o colar de trás da blusa, vejo que esse monstro quer me atacar mas não se aproxima, pensei que ele não conseguiria se aproximar mas logo ele corre em minha direção.
Ouso um som de tiro, vejo aquela coisa parar de correr e virar na direção do som, olho e vejo Cristian com uma arma na mão, seus irmãos estão atrás dele, suas irmãs correm até mim e me ajudam a me apoiar nelas, vejo Cristian atirar sem parar mas aquela coisa continua em pé, logo vejo que ele para.
Cristian - as balas acabaram. / Ouso ele dizer calmo.
Ivan - vai tem que ser a moda antiga então.
Cristian - levem ela embora agora, vamos ficar bem. / Vejo ele olhar para mim e se virar novamente para aquela coisa.
- espera, não podemos abandonar eles. / Falo enquanto elas me levam para longe.
Cristiana - meu irmão vai ficar bem, só se preocupe com você. / Diz a irmã de Cristian, logo vejo o carro dele a frente.
Elas me colocam no banco de trás e Cristiana senta na cadeira do motorista enquanto sua irmã fica no lado dela, como elas podem abandonar os irmãos assim? Oque está acontecendo nessa cidade, minha visão começa a escurecer e tudo apaga novamente.
(...)Abro meus olhos e percebo que estou no hospital, minha cabeça está confusa, meu corpo dói muito.
Médica - você sofreu uma grande queda, sua perna foi engessada, você terá alta mais precisará de ajuda para se locomover. / A médica sai, vejo que Cristian e sua irmã entrarem no quarto.
Cristian - como está? / Pergunta preocupado.
- com dores no corpo e assustada. Como você está bem? Oque aconteceu lá? / Pergunto mas ele fica em silêncio.
Cristiana - você quase foi atacada por um urso. / Não era um urso, sei disso.
- aquilo não era um urso. / Falo não caindo na conversa dela.
Cristiana - claro que era, monstros não existem, estava escuro e você se confundiu. / Talvez tenha sido isso mas Cristian está muito quieto.
- acho que eu bati a cabeça na queda. / Falo querendo acabar com o assunto
Cristian - iremos cuidar de você até melhorar, não pense nisso. / Diz olhando para mim.
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O Mistério de WolfHill (Terminada)
Vampir*** Lorena *** Minha mãe morreu de forma misteriosa quando eu era criança, agora já tenho idade para voltar e tentar descobrir o que realmente aconteceu, só não esperava descobrir que é mais do que eu poderia imaginar.