Ilha Tânima

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Oceano Pacífico, 3º dia, noite.

— O que aconteceu com o seu teletransporte poderoso? — Donna perguntou, posicionando seu corpo para voar ao lado de Zatanna. — Estamos viajando por cima de água por horas.

— Eu não sei o que aconteceu, Donna. — Zatanna reclamou. — Meus feitiços não funcionaram para criar portal ou nos teleportar para essa ilha.

— Por que será? — Donna perguntou. — Talvez porque Fausto nos enganou e essa ilha não existe.

— Certeza! — Zatanna parou. — Por isso que a ilha está embaixo de nós.

— Zatan... — Donna olhou para baixo. — Submersa?

— Camuflada! — Zatanna revirou os olhos. — "Ertsom o euq átse odidnocse".

Uma pequena região do Oceano começou a tremeluzir e a forma de uma Ilha extensa e bem fechada com vegetação apareceu. Donna só concordou, como se pedisse desculpas e as duas começaram a perder atitude, até pousarem no meio de uma vegetação alta. Zatanna murmurou alguma coisa e fez com que as roupas dela e de Donna mudassem para preto.

— Você fica bem de preto. — Zatanna comentou.

— Obrigada! — Donna sorriu. — Então, estamos camufladas e nos escondendo para...

É hoje a batalha para decidir a Rainha. Você vai? ­— uma voz masculina falou.

Estou pensando. — outra voz masculina respondeu. — Não sei se é uma boa ideia termos uma mulher no controle.

Os dois riram e Donna quase os atacou, sendo impedida por Zatanna. As duas seguiram os passos dos homens, por dentro da mata, até chegarem à uma grande clareira. Algumas fogueiras estavam acesas e rodeavam um grande trono avermelhado e com algumas garras. Uma figura feminina estava sentada ao trono, com uma pose poderosa e impiedosa.

A mulher era bem magra e pálida, tinha os cabelos roxos acinzentados. Os olhos eram ligeiramente puxados e brancos, quase como se ela fosse cega. Usava um vestido preto, justo, que mostrava as curvas bem definidas do seu corpo. Suas pernas estavam à mostra e ela riscava algo no chão, distraída, com os pés descalços.

Alguns súditos – pelo o que Donna conseguiu escutar – a serviam com frutos e bebidas. Outros se prostravam de quatro, como animais, e recebiam alegre o toque da mulher em seus rostos. No pescoço dela, um colar de ossos emoldurava o rosto magro e aumentava a sensação dela ser maligna.

— Não sei você, mas se essa daí não está tomada com o Caos, não sei quem está! — Donna comentou.

— O problema é esse! — Zatanna a olhou. — Ela é uma Lorde do Caos.

— Caros Súditos! — a mulher levantou-se. — Hoje será o dia de nossa maior conquista. A Ilha de Tânima será nossa. Eu destruirei aquela que se diz uma deusa e tomarei tudo o que ela conquistou. — ela parou, como se sentisse algo e olhou na direção de Donna e Zatanna. — Sabe, não é a atoa que eu senti a presença de uma magia diferente. Algo que eu ainda não tinha sentido.

— Zatanna! — Donna a chamou, quando escutou ela engasgando.

— Venha minha cara! — a mulher apontava a mão para Zatanna que se arrastava para fora da mata. — Não se acanhe! Mostre esse seu rosto jovem e bonito para todos.

— Zatanna! — Donna a chamou, controlando a voz.

— Calma! Tudo vai ficar bem. — a mulher se aproximou de Zatanna. — Me diga o seu nome!

— Za... Za... Zatanna! — ela foi obrigada a responder.

— Oh! Tão tola. Ela acha que poderia me espionar com uma bruxa medíocre. — a mulher gargalhou. — O que ela te ofereceu para servir de isca?

DC - Os MísticosWhere stories live. Discover now