DC - Os Místicos

O Gato, o Feiticeiro e o Garoto

Gotham, 2º dia, noite.

— Ótimo lugar, Zee. — Donna elogiou, mordendo o hambúrguer. — Pena que você não lembrou de colocar uma roupa descente.

— Não sei do que você está falando?

— Estão encarando a gente. — Donna olhou para a mesa ao lado, onde três ou quatro meninos comentavam sobre a roupa de mágica de Zatanna. — Daqui a pouco um deles vem aqui pedir autografo.

— Já aconteceu, algumas vez. — Zatanna riu. — Não se preocupe, só vamos terminar de comer e esperar o nosso contato chegar.

— Quem? — Donna perguntou, de boca cheia.

— Precisei chamar alguém especialista em mitologias. — Zatanna baixou a voz.

— Quem? — Donna arregalou os olhos.

— Ok... — Zatanna respirou. — Shazam! — Donna engasgou. — Que nojo!

— Não acredito!

— O que?

— Eu sou apaixonada nele. — Donna gargalhava. — Ele é tão...

— Olá! — um menino, de cabelos negros e casaco vermelho, aproximou-se, fazendo Donna parar com seu ataque de histeria.

— Olha garoto! — Donna começou. — Eu sei que você acha que ela é uma celebridade ou algo assim, mas, ela não é e estamos meio ocupadas aqui. — Zatanna a encarou com um olhar curioso.

— Olá Billy! — Zatanna deu espaço para o garoto sentar. — Como estão as coisas?

— Bem! — ele se entreteu com as batatas fritas. — Eu demorei um pouco para sair de casa... É... Você sabe como é.

— Seus pais estavam te segurando, não é moleque? — Donna perguntou.

— Não. — ele a olhou, ligeiramente triste. — Meus pais não estavam.

— Billy é órfão, Donna.

— Ah! — ela riu sem graça. — Desculpe, eu não sabia.

— Sim, estou percebendo que você não está sabendo de algumas coisas. — Zatanna riu de canto.

— Então Zee, eu pesquisei um pouco. Consultei a "grande inteligência" — Billy riu. — Eu dei um nome para isso. Mas, eu ainda acho que é tudo muito teórico.

— Sem problemas. — Zatanna olhou para Donna. — Assim que Donna terminar de comer, a gente pode ir, ali, salvar o mundo.

— Ok. — ela soltou o hambúrguer. — Vamos!

Os três saíram da lanchonete com todos encarando Zatanna. Do lado de fora, Gotham parecia tenebrosa e misteriosa, como qualquer noite na cidade. Donna encarou o céu, se certificando de não haver outros olhos vermelhos esperando para atacá-los.

— Escuta Zee! — Donna falou. — A gente não estava esperando um certo alguém?

— Como você é apaixonada pelo cara, se você não sabe nada sobre ele? — Zatanna perguntou, baixinho.

— Eu olhei e gostei, é o que interessa. — Donna deu de ombros. — Quando você é ajudante da Mulher Maravilha, você não tem muito tempo para conhecer de verdade todo mundo.

— Entendo. — Zatanna segurava o riso.

— Podemos ir? — Billy perguntou.

— Claro! — Zatanna concordou, chamando Donna para perto. — Não se assuste! — ela cochichou para Donna. — Lidere o caminho, Billy!