Não sei se foi sempre assim e logo agora "cai na real" ou estou em um processo de descoberta de mim mesmo que percebo as coisas mais a fundo, mas não me recordo desse imediatismo que cobro de mim mesmo. Até que chega um dia chuvoso, no meu isolamento social e olho para uma borboleta. EPIFANIA. Começo a entrar em uma serie de pensamentos sobre o processo evolutivo da borboleta.
Lagarta
Casulo
Borboleta
E as vezes me vejo nessas três situações. Só não sei identificar. Consegue me entender? Não? Vou explicar.
Quando estou como uma lagarta, almejando e lutando para vitória, seja qual for ela ou seu grau de importância, acredito que todos os dias estamos querendo conquistar uma vitória diferente, me sinto sempre desafiado, me sinto sempre mais contestado por mim mesmo e minhas próprias provocações de vida. É sempre um processo mais demorado. Lento. Angustiante até.
Então chega fase do casulo, onde mesmo estando rodeado de pessoas, me encontro só, recluso, com meus próprios pensamentos, sufocantes, ansiosos, ociosos. Onde até as coisas mais insignificantes se tornam motivos para uma crise existencial. Não sei se é isso que eu quero. Não sei se estou bonito o suficiente. Não sei se sou inteligente o suficiente para tomar essa decisão.
Até chegar na fase final, Borboleta, com suas asas artísticas, expondo para todas as pessoas e aproveitando aquele momento até que em um mês ela morre, sim uma borboleta logo após o casulo ela morre em um mês. UM MÊS. Será que vale tanto a pena assim? Até que percebi que vivo essas fases, só que ao invés de morrer, eu volto para a lagarta. Todos voltamos. Isso nos mostra como as realizações passam, mas não se tornam insignificantes, enquanto estamos como borboletas, vivendo as nossas realizações, algo dali a gente aprende, que tudo é inconstante e que de alguma forma devemos nos preparar para voltar como lagartas ou para o casulo.
Viva cada fase dessas. Aprenda com cada uma delas. Entenda que tudo na vida é necessário.
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A Linda Borboleta
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HIPERATIVIDADES E AMORES DE UM GALEGO LERDO
RandomTextos, poemas, poesias - ou qualquer outra coisa do tipo. Feitos por um cara que ama e é confuso, mas vive cada instante dessa confusão tanto quanto do amor e a vida.