Não ha culpado, mas as vezes há.

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Até onde você pode ir atrás de alguem que perdeu por um erro? Até quando você vai se culpar por algo que você pensa ter sido um erro seu? Mas quando é que você vai pensar "tá, eu iniciei isso mesmo"? Será que a outra pessoa por um momento pensou no que ela tava fazendo também? Será que a outra pessoa pensou, "tá, vou parar de focar em algo que não está acontecendo e perguntar sobre como tá a vida"? Será que a outra pessoa entendeu mesmo o seu problema? Ou a ausência, não porque você quis, mas porque tinha outras coisas e quando conseguia um tempinho pra conversar surgia aquele mesmo assunto, de novo e de novo. Penso "hm, essa pessoa confia em mim?"; parei o que tava sendo um incômodo, distanciei o problema, segui o que me pedia, mas o mesmo assunto vinha. E brigas. Não houve mentiras, sempre mantive a transparência mesmo que parecesse frieza, mas não houve empatia, não houve o que confiar, eu acho. Esfriou, distanciou, terminou, o problema voltou e por um momento eu não evitei. Não evitei pois achei que não tinha o que evitar - eu achei que não havia motivo de evitar já que ir atrás e receber sempre algo encerrando, então não me iludi em acreditar que poderia ter algo ainda. Não tem nesse convênio quem errou, qual o tamanho do erro ou quem vai atrás e quem ignora. Há no convênio que ser um humano é isso. Aprender com erros. Acontece. Mas você é livre de querer entender, de aceitar. De respeitar que para algumas coisas você não receberá a resposta que quer.

HIPERATIVIDADES E AMORES DE UM GALEGO LERDOWhere stories live. Discover now