•28 - Solução

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O surto coletivo, meu pai

Enjoy♡.

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POV Rafa Kalimann

- Então você tem duas almas gêmeas?!? - Perguntei em choque olhando para a mulher que andava de um lado para o outro em meu quarto.

- É, Rafaella, É! - Afirmou nervosamente olhando para mim. - Eu estou fodida, meu pai, fodida. Eu não sei nem lidar comigo mesma, quem dirá com duas mulheres! - Disse batendo em sua própria testa.

- Bem, Gizelly... - Comecei a falar mas parei. O que a gente fala para uma pessoa que tem duas almas gêmeas ? - Eu não sei nem o que te dizer, amiga. Eu estou no mesmo barco que você, quer dizer, não no mesmo barco, mas com o mesmo tipo de problema, sabe?

- Sangue, fogo e labareda, Senhor! Isso só pode ser castigo por todas as vezes que eu reclamei de não ter alguém. Alguém lá de cima deve ter ficado enfurecido comigo de tanto eu reclamar e disse "Você não reclama de não ter ninguém, minha filha? Então se vire com duas almas gêmeas!" Por quê que isso só acontece comigo, gente?? - Choramingou encostando na parede e deslizando dramaticamente pela mesma até sentar no chão onde levou seus joelhos até seu peito e encostou a cabeça alí.

- Gi, olha só. Eu não sei como resolver o seu problema porque até antes da festa eu nem acreditava nesse negócio de "alma gêmea". - Levantei da cama e me aproximei da morena sentada no chão. - Mas, se você quiser, nós podemos descer e ir conversar com a minha mãe. - Me abaixei na sua frente apoiando minhas mãos em seu ombro dando-lhe um sorriso reconfortante.

- Você acha que ela pode nos ajudar?? - Ela levantou a cabeça olhando para mim com seus olhos vermelhos.

- Sim, ela pode. - Levantei e estendi a mão para ela. - Vem, vamos lá.

Descemos as escadas e fomos em direção à sala onde minha mãe, provavelmente, estaria sentada lendo um livro.

Quando eu iria virar no final do corredor para entrar na sala senti meu corpo esbarrar em alguém fazendo com que eu e Gizelly (que estava atrás de mim) cair sentadas no chão.

- Jesus Cristo! - Gritei pelo susto

- Misericórdia, Rafaella! - Gizelly gritou em seguida.

- Filha? Você está bem? - Meu pai perguntou entre risadas estendendo a mão para mim e para Gizelly.

- Aí, to sim. - Falei pela dor em minha bunda.

- E você, revoltadinha? Está bem? - Perguntou para Gizelly.

Meu pai chama a Gizelly de "Revoltadinha" pelo simples motivo: Quando nós eramos adolescentes a Gizelly se revoltava por coisas simples como não conseguir desembaraçar o cabelo, não conseguir escrever sem errar, não conseguir fazer o delineado no olho e etc. É uma piada mesmo.

- Estou sim, tio, obrigada por perguntar. - Disse ainda de cabeça baixa.

- Vish, o que aconteceu para você estar tão caladinha? Normalmente você fala até com os cupins, filha. - Meu pai disse causando um riso entre nós.

- É isso que nós queremos resolver. A mamãe está na sala? - Perguntei para o mesmo que me olhou e franziu o cenho.

- Sua mãe saiu para a casa da sua tia, anjinho. E você sabe que quando junta aquelas duas elas ficam fofocando o dia todo sobre todas as coisas possíveis. - Respondeu gesticulando e nos causando risadas.

- Ah Rafa! Então esquece, amiga. - Disse a morena voltando a ficar triste.

- Ah, meninas. E digam o que aconteceu e eu tento ajudar, só não posso resolver problemas femininos. - Disse sorrindo e piscando.

- Nós queríamos perguntar para a mamãe sobre "almas gêmeas". Gizelly encontrou a alma gêmea dela, quer dizer, as almas gêmeas. Ela tem duas.- Revelei

Meu pai encarou Gizelly surpreso e em choque.

- E você iria perguntar para a sua mãe? - Perguntou balançando a cabeça. - Venham, meninas. Vou explicar para vocês. - Saiu e nos fomos atrás.

Destination Trails - RabiaOnde histórias criam vida. Descubra agora