•43 - Tenho sorte de tê-la

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A fanfic chegou a 7,43K de visualizações, cara.

Eu to desacreditada que você gostam real.

Obrigada por tudo <3

Enjoy♡.

•••

POV Rafa Kalimann

Assim que Guilherme saiu, esbarrando em mim como provocação, eu entrei na casa de Bia e logo fechei a porta.

Assim que eu olho a sala estava tudo tão lindo. No chão á frente do sofá, havia lençóis esticados formando uma cama, com vários travesseiros ao redor. Ao lado, na mesinha, tinha algumas tigelas grandes com pipoca, chocolate, doce de leite e uma jarra com suco.

Ela... Ela fez isso só para nós?

E quando eu penso que não dá para melhorar...

Um sorriso bobo surgiu em meu rosto, mas ele sumiu assim que eu virei para Bianca e lembrei do que aconteceu á minutos atrás.

Meu semblante tomou um ar sério e com toda calma eu iniciei a conversa.

- O que ele estava fazendo aqui, Bianca? - Questionei séria e a vi se arrepiar.

No entanto, a morena à minha frente continuava em silêncio, como se estivesse medindo ou procurando suas palavras.

- Você vai me dizer ou vai continuar me olhando como se eu fosse um fantasma? - Suspirei audivelmente.

- O-okay, eu... Uh. - Gaguejou parando e respirando fundo. - Eu posso explicar... - Pigarreou. - Depois que eu terminei de arrumar tudo para o nosso cinema, ouvi alguém batendo na porta e pensei "Ah, a Rafa chegou" e eu fui abrir a mesma, mas assim que eu abri ela, dei de cara com o Guilherme. Eu não sabia que ele viria, Rafa, eu juro. - Explicou nervosamente.

- Tá, ele veio aqui, bateu na porta e tudo mais. Mas o que eu perguntei é o que ele estava fazendo aqui dentro, Bia? Eu chego na casa da minha garota e o cara que sempre tentou ter algo com ele abre a porta para mim? - Indaguei confusa. - É no mínimo estranho. - Finalizei.

- Depois que eu abri a porta para ele eu fechei a cara e perguntei o que ele estava fazendo aqui, ele disse que veio me ver e estava com saudades. Eu deixei claro que estava esperando alguém, mas mesmo assim ele ignorou e entrou, assim que eu virei para dizer para ele sair, ele viu tudo arrumado e me perguntou se eu estava esperando alguém, logo eu rebati dizendo que não era da conta dele e pedi para ele sair. - Parou desviando o olhar para o chão como se estivesse com... receio de contar algo.

- O que ele disse para você antes de ir? - Questionei direta.

- O quê? - Me olhou confusa.

- Você está desviando o olhar, Bia. Eu conheço você e sei que esta com receio de dizer algo. - Expliquei me aproximando e colocando a mão em seu rosto. - O que ele disse para você antes de ir, Bi? - Repeti suavemente.

A mais baixa abriu a boca relutante mas suspirou dizendo.

- Ele veio com o mesmo papo de sempre. De que ele é o "cara certo para mim", que "eu continuo saindo com pessoas erradas, mesmo sabendo que ele é o certo", que "quando eu cansar desses casinhos de uma noite, ele vai estar lá me esperando." - Confessou baixando o olhar.

Bianca se mostrava ser forte, destemida e segura de si. Mas por dentro, quem a conhece sabe que na verdade ela é insegura, sensível e... doce.

- E você está com medo de que o que ele disse sobre "pessoas erradas" seja verdade, não é? - Perguntei baixo para a menor pegando em seu queixo e levantando fazendo-a me olhar.

- Sim. Quer dizer, não, eu... - Se embolou com as palavras e fechou os olhos que, a essa altura, estavam marejados.

- Bia, olha para mim. - Pedi vendo-a abrir seus olhos castanhos, que particulamente, eu sou apaixonada.

Verde no castanho.

Castanho no verde.

Apenas eu e ela.

- O que o Guilherme disse não é verdade, eu não estou com você por nada, eu gosto de você de verdade. Você é a minha alma gêmea e eu sou a sua. - Nesse momento vi uma lágrima solitária escorrer em seu rosto e enxuguei-a com meu polegar. - Nós duas sabemos que ele gosta de você e não suporta saber que você não é dele, então fala coisas sem sentido para te deixar abalada. - Mais lágrimas escorreram de seus olhos e a garota em minha frente começou a chorar silenciosamente. Puxei a para mais perto e segurei em seu rosto delicadamente olhando no fundo de seus olhos. - Mas é tudo mentira. Porque nós somos reais, amor.. E eu... eu amo você, Bia. - Soltei sem perceber e a garota em minha frente me olhou, em meio as lágrimas, em completo choque, com um sorriso no rosto.

- Eu também amo você, Rafa. - Respondeu sorrindo e eu fechei o espaço entre nós juntando nossos lábios em um beijo amoroso e, dentro daquele beijo, nós entregamos nossos sentimentos de verdade.

Meu coração, em meu peito não sabia em que frequência queria bater.

Se era rápido ou devagar.

O sangue em minhas veias não sabia se corria ou se parava.

Assim que nos afastamos por falta de ar, eu passo a mão no rosto da mais baixa para limpar as lágrimas e nós sorrimos uma para outra.

- Eu fiquei com medo de você não acreditar e nós brigarmos de verdade. - Soltou suspirando.

- Eu não iria brigar com você, eu só... Fiquei com raiva na hora e depois eu... eu senti ciúmes. - Confessei vendo a menor me olhar sorrindo.

- Ciúmes, hein? - Disse sugestiva me fazendo rir e empurra-la.

-Para, okay? - Empurrei seu ombro rindo. - E eu confio em você, Bia. Se não houve nada, não tinha motivos para brigar. - Completei

Ficamos nos olhando em um silêncio até a menor quebrá-lo.

- Mas, e aí? O cinema ainda está de pé? - Bianca perguntou me fazendo gargalhar.

- Está. Está sim. - Disse começando a puxá-la para o local arrumado e sentando no mesmo.

Bianca pegou o controle da tv entrando na Netflix e escolhendo um filme de comédia romântica qualquer enquanto eu pegava todos os doces e a pipoca e o suco e colocava mais próximo.

O filme iniciou e eu olhei para a garota ao meu lado e pensei.

Eu tenho sorte de tê-la.

Destination Trails - RabiaOnde histórias criam vida. Descubra agora