Paixão Marítima;; 𝒘𝒊𝒍𝒍 𝒕𝒖𝒓𝒏𝒆𝒓

Capítulo 8 - Em direção a morte

O sol brilhava forte naquela manhã. 
Jack, me chamou antes de toda tribulação e me entregou o que ele chama de "roupa adequada" para um pirata. Me fazendo vestir e sorrindo com o resultando me dizendo que  eu era "o seu sonho de todas as noite" e eu revirei meus olhos o dando as costas depois de escutar tais palavras.

Will me encarou confuso quando despertou, junto da tribulação e me viu vestida com os trapos que eles chamam de roupa de pirata. 

— Bom dia. — digo sorrindo e o mesmo desviou seus olhos da minha roupa e sorriu ao me encarar.
— Bom dia... — disse com a voz rouca que eu ouvi no outro dia. — Tudo bem? — perguntou e eu me aproximei dele. 
— Sim... — antes de eu continuar minha conversa com Will, as portas da cabine de Jack foram abertas e ele saiu de lá com uma cara carrancuda, a mesma que vi ontem a noite depois de duelarmos. 

— Homens!  — berrou Jack, fazendo toda a tribulação parar o que estavam fazendo e se aproximarem do mesmo. — ...Quero finalmente acabar com a curiosidade de alguns sobre o nosso próximo destino... — começou Jack e eu o encarei curiosa, ao lado de Will. — ...E quero declarar que vamos fazer um belo roubo homens... Um muito bom... — diz rindo empolgado e vejo os homens se animarem e alguns murmurarem suposições sobre onde será... — ...Nós iremos roubar... O castelo de lady Mary Callow... — diz e sinto o olhar de toda a tribulação para mim. E principalmente os de Will.
— O que? — questionou Will e Jack continuou.
— ... E também, quero lhes apresenta-la como nossa nova tribulante! — diz estendendo a mão em minha direção e Will me segurou pelo braço, fazendo eu o encarar. 
— O que você fez Mary! — perguntou sussurrando suas palavras e eu dessa vez o encarei. 
— Me juntei a tribulação. — digo obviamente, também sussurrando.  
— Mary você ficou louca!
— Não estou louca Will. Eu só fiz o que é melhor pra mim.
— Você é uma princesa, e está ajudando o pior pirata do Caribe a roubar o seu próprio castelo? 
— Will, você não entende...
— Ah entendo sim Mary! Por que eu parei naquela vila. Na sua vila! Por que eu estava fugindo de piratas Mary! Eu estava fugindo de Jack e fui condenado por fazer parte de sua tribulação.  — encarei Will sem ter nenhuma reação. 

Eu estava chocada, e Will reparou isso. 
Ele não havia dito o real motivo de estar sendo condenado na tarde de meu décimo oitavo aniversário... Mas agora, com essa revelação inesperada, e eu fiquei sem reação. 
Sei que pirataria é crime. Porém, o que me deixou mais chocada, foi o fato de Will estar fugindo de Jack, e a ironia do destino, de ter acabado em seu navio novamente. 

Will soltou meu braço ao receber o olhar furioso de Sparrow, e eu, mesmo sem reação, fui em sua direção e segurei sua mão me juntando a ele, ao seu lado.

— Mulheres na tribulação dão má sorte Jack... — ouvi um dos homens e Jack revira os olhos.
— Tá, tá... Sei disso. Mas... Ela servirá para algo... — diz me olhando nos olhos e eu desviei o olhar. — Bom, já que ela agora é uma de nós, deve ser tratada como um de nós. Savvy? — diz me empurrando na direção dos homens e todos gritaram animados. — Voltem ao trabalho, vermes gosmentos! — termina e todos voltam a fazer o que quer que fosse. 

— Precisamos conversar... — Will se aproxima de mim me puxando, e eu suspirei pesado.
— É, precisamos. — digo, mas, meus olhos se dirigem a frente, vendo Jack se aproximar de nós. 

— William...
— Jack... — vi o comprimento estranho dos dois, e agora tudo fazia sentindo. Desde o encontro deles na pequena praia na tarde anterior.
— Mary, venha comigo. — Will ao escutar tais palavras de Jack, me solta rápido e me empurra na direção de Sparrow. 
— Vai! — sussurrou Will para mim e eu segui o pirata dos dreads. 

Fomos andando e subimos uma pequena quantidade de degraus.
E quando me dei conta, estávamos de frente para o timão e uma vista completa do navio era vista daquele local, com uma vista incrível do mar também. Eu sorri por ter essa visão tão bonita que estava a ter naquele instante.