Remando, remando e remando...
Há umas 2 horas atrás, eu nunca imaginaria-me nesta situação.
Eu e William já estávamos bem afastados da costa e tudo que se via agora, era a água salgada do mar a nossa volta, e uma preocupação imensa dentro de mim.Eu, com um completo desconhecido, dentro de um bote.
Um pirata.William se mantinha quieto e remava com força, pois eu, sem entender nada de barcos, remava fracamente e no sentido errado.
Aos poucos, vi o tal pirata parar de remar e suspirar fundo soltando os remos. Ele me encarava com um olhar curioso e cansado.
Enquanto eu, engolia um seco em minha garganta.— Tudo bem? — perguntou de repente. O sol estava bem forte naquela hora, e com certeza davam um ar de deserto no meio daquele mar. E eu, suspirei de leve pela ironia de meus pensamento.
— O que está acontecendo? — perguntei mudando o rumo da conversa e finalmente tomando noção da situação e me recompondo. Enquanto ele sorriu leve de canto.
Ele era bonito.
— Bom, eu fugi da minha pena. Uma pena injusta, já que não cometi tal crime. — diz se ajeitando no bote e se deitando no mesmo.Eu continuava sentada. Na mesma posição.
— Foi condenado por ser pirata? — perguntei a ele, e naquele momento, eu percebi que não tinha outra escolha, a não ser, conversar com ele.
Estávamos no meio do oceano, sem ninguém, repletos de água. E eu não tinha para onde fugir.
Apesar do pânico, não estava com medo.
Pelo menos, não dele.Diante de toda minha vida sem graça, aquele momento estava sendo a coisa mais divertida que eu já fizera.
E apesar de ser por um segundo, fiquei feliz pela reviravolta que me tirara da vila.— Exato. — respondeu e me olhava de cima abaixo. Percebi que estava curioso.
— Não é pirata? — ele riu novamente de minha pergunta. E percebi que tudo que todos falavam parecia piada para o mesmo.
— Não, meu pai é. Mas eu não... — diz sua frase com um pouco de desdém. E eu que fiquei curiosa. — Mas e você... — perguntou e uma dúvida me invadiu.Não sabia se podia confiar nele. Muito menos, por termos acabado de nos conhecer. E não foi em uma das situações mais agradáveis - se posso assim dizer.
Então, eu suspirei fundo tentando organizar meus pensamentos
— Eu estava indo na padaria...
— E teve o azar de se esbarrar comigo. Trágico. — diz cortando-me e eu o encarei.
— Na verdade, foi a coisa mais empolgante da qual eu já passei em minha vida. — digo rindo boba pelo momento nostálgico da pequena valsa que fizemos fugindo dos golpes das espadas passando em minha cabeça.
Percebi que ele sorriu sem mostrar os dentes.A maré estava agitada e percebi que o barco começou a balançar bastante.
— Legal. — comenta e eu sorri fraco. — Infelizmente, não sei se voltará para casa. — declarou olhando para o mar em nossa volta e eu o encarei confusa.
— Como é? — meu coração deu uma palpitada rápida e acelerou com forme o silêncio se mantinha.
— Estamos no meio do oceano, sem bússola. A maré esta alta e é certo que nos perderemos. Além, de estarmos sem água potável e alimento. — diz como se fosse óbvio, enquanto ainda matinha seus olhos no mar.
O pânico tomou meu peito novamente.Eu tinha que retornar.
Eu precisava.
Apesar de não querer aceitar meu destino. Eu tinha que cumprir com meus deveres.— Tenho que retornar. — digo entrando em pânico, além de sentir o ar faltar-me.
— Olha Milady...
— Estou falando sério, preciso retornar.— declaro segurando o rosto.
Estava começando a ficar com falta de ar e suar descontrolavelmente.
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Paixão Marítima;; 𝒘𝒊𝒍𝒍 𝒕𝒖𝒓𝒏𝒆𝒓
FanficUma louca aventura, onde dois corações se cruzam. Mas, essa insana paixão, pode se transformar em um grande perigo em alto mar. ... 01° - #orlandobloom | 28/05/2022 05° - #piratasdocaribe | 20/04/2020 04° - #caribe | 23/04/202...