Já era meia-noite, o trem passava por uma região montanhosa e florestada, eu sozinho em minha cabine observava a neve cair lá fora enquanto a paisagem passava, toquei com a mão na janela sentindo o vidro frio congelante em minha mão.
O trem passou por uma área bem arborizada, e entre os pinheiros cobertos de neve e as sombras da noite, eu vi um vulto grande parado no meio da floresta, de começo simplesmente fiquei pensando se aquele vulto que o trem havia passado era algum tipo de animal ou se só foi minha imaginação. Mas eu notei que o vulto agora corria acompanhando o trem, ele se aproximou e pode ver pela luz que saía da minha janela a sua aparência: ele era uma criatura com quadrúpede 2 metros de altura musculosa e coberta de pelos marrons grossos, dentes parecidos com os de um humano só que mais afiados, olhos brancos e vazios, patas mais grossas do que a de um urso e que rugia um grito alto, agudo, ecoado e estridente. Ele olhava em minha direção enquanto corria, e o pior é que o trem já estava chegando a estação e já começava a parar. Então eu sai da minha cabine e correndo pelo carro pude ver que o trem acabara de parar e que já abriram as portas, e ao ouvir o som da criatura escalando o carro, pulei pela porta e comecei a correr como louco pela plataforma da estação, corri pelo meio das pessoas que estavam lá, mas a criatura continuava atrás de mim, tentei arremessar alguma coisa na besta, mas ela continuava atrás de mim, e logo a estação ficou vazia sendo abandonada pelas pessoas que lá esperavam o trem. Continuei a correr até sair da estação, então ouvi o grito da besta, ela estava logo atrás de mim, e com um rápido salto, ela caiu em cima de mim, senti a dor dos meus ossos se quebrando com o peso da criatura, e então rapidamente ela desceu a mandíbula na direção do meu rosto e com o estralo do meu crânio sendo partido, tudo se escureceu.
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O mundo morto
HorrorAqui vemos os horrores das criaturas que habitavam no fundo dos meus pensamentos, criaturas que te fariam desejar ir ao inferno ao invés de vê-las... ... e como isso vai matar de vez um mundo já morto