O velho Jonh

5 1 0
                                    

Barba branca
Dificuldade de andar
Cachimbo com fumo
Fumaça no ar

Balançando com o vento
A cadeira de balanço
Velho a descansar
Olhos semi fechados
Mente afarta
De memórias
Boas de se contar

Espingarda ao lado
Carregada
Velho não tem medo de atirar
Vê coelho
Cobra
Lagarto

Ele não é asseado
Bem e mal alimentado
Volta na cadeira
Para o vento o balançar

Muitos o vêem
Como triste e solitário
Mas na verdade
Serenidade e calmaria
O enche de alegria
Mesmo uma cara fechada aparentar

Em sua casinha
No berço da calmaria
Ali nunca teve vacas e galinhas
Só o velho
Sua espingarda
E sua varanda
Com sua cadeira de balançar

Velho que um dia foi jovem
É temido por ser estrangeiro
Mas só ele sabe suas vitórias
Seus medos nunca foram embora
Mas o vasto campo
Que transmite calmaria
É um motivo para lhe dar caras à fora

Um dia
Vento bravo
Lhe traz uma surpresa
Marimbondos bravos de natureza
Velho além de ferido
Se esgasga com cachimbo
Põe-se a nanar

O Meu Deus Não ExisteOnde histórias criam vida. Descubra agora