↬ Two.

26.1K 2.4K 7.9K
                                    

S/s= seu sobrenome.

Mais um dia se iniciava, os raios de sol iluminavam o quarto cheio de coisas, algumas esparramadas pela cômoda, outras pelo chão, outras em gavetas escancaradas. Os raios de sol reluziam pelo quarto de paredes acinzentadas e cheias de fotos e alguns posters. S/n se encontrava deitada esparramada pela cama macia da garota. Olhos inchados do dia anterior, e roupas amassadas. Por algum milagre de Deus ou sei lá o que seja, a garota havia levantado e tomado um banho, tirando o uniforme amassado e ainda molhado por conta das lágrimas. Sorte que tinha dois.

O despertador tocava anunciando mais um dia. Felizmente o último dia da semana de aula, e infelizmente teria que ver Kirishima e consequentemente já esperava Katsuki pedir por explicações e a turma toda também. Já estava cansada só de lembrar. Escovando os dentes na pia do banheiro tinha uma bela visão de si no espelho grande e redondo à sua frente. Estava um caco precisava urgentemente de um banho e um belo reboco na cara. Corretivo e uma base seria uma boa. Lavou a cara com água fria, precisava despertar. Se despiu e entrou no box, sentindo a água quente descer pela pele [branca, negra, parda etc...] da garota.

Queria que aquela água tirasse não só as impurezas do corpo, mas também que removesse quaisquer tipo de pensamento ruim que insistia em rondar pela sua mente. Estava cansada mentalmente, precisava de um final de semana pra pensar em si e em tudo que havia acontecido. Felizmente era o último dia da semana, logo viria o final de semana poderia ir descansar e ver sua mãe. Ah! Como necessitava do abraço de sua mãe. Dizem que o abraço de mãe é o melhor remédio - ou talvez não digam.. Quer saber, dane-se. - um abraço de mãe sempre cura não é mesmo?! Ou de um pai, seja lá de qual pessoa for, sendo especial é o que vale.

A cabeça nas nuvens pensando no final de semana, parece que aquele banho afastou pensamentos ruins por um tempo. Só teria que ficar mais um dia em sala perto de vocês sabem quem não pode ser tão ruim. Afinal é só mais um dia, o mínimo que poderia acontecer era ela desmoronar e chorar até cansar. Se bem que seria péssimo. Era realmente uma boa ideia ir pra aula hoje? Não podia faltar, época de prova, qualquer conteúdo devia ser absorvido com total atenção, ou quem sabe quase...

Vestiu o uniforme e as meias, ainda sem o calçado foi pra frente de seu espelho, no cantinho da parede que tinha umas luzes em volta e algumas maquiagens espalhadas pela mesa, com alguns pincéis esparramados e sujos de sombras. Respirou fundo, seu quarto estava uma zona. Mas não tinha cabeça pra arrumar tudo. Não era totalmente organizada mas não gostava de tanta bagunça. Mas o que poderia fazer? As matérias acumuladas dobravam a cada aula. Ou arrumava o quarto ou fazia as tarefas escolares, então, qual seria a melhor opção? Perder pontos ou deixar o quarto bagunçado? Já sabemos a resposta.

Base e corretivo na cara, pincéis dentro do copinho estava tentando fazer um delineado gatinho pra ir mais "bonita" pra aula. Não era tão difícil, mas porquê errava tanto essa merda? O primeiro saira bom mas o segundo, de mal a pior. Depois de tentativas falhas finalmente acertou dessa vez. Ó céus como estava feliz por ter feito certo, poderia ter um orgasmo agora se não tivesse que ir a aula. Pegou a mochila com os materiais e iria saindo a porta quando esqueceu algo... Os sapatos! Burra, burra, burra. Iria a aula descalça? Nova moda adolescente? Piada. Estava com a cabeça nas nuvens mesmo.

Calçada e arrumada finalmente poderia ir pro refeitório. Passos lentos e firmes, os pensamentos sobre o dia anterior ainda rondava a sua mente, queria entender tudo aquilo, mas só depois de uma bela conversa poderia entender, mas agora não sentia bem o suficiente pra encarar Kirishima. Felizmente o refeitório estava com poucas pessoas. Ou estava atrasada ou chegara cedo demais. Na dúvida, primeira opção. Pegou seu lanche acompanhado de um café forte e bem quente. O líquido descia pela sua goela na mesma rapidez que batia os pés no chão. Estava ansiosa. Mas uma vez ansiedade, mas essa droga não poderia esperar até a noite? Que merda.

𝐒𝐀𝐅𝐄 𝐈𝐍𝐒𝐈𝐃𝐄 - amajiki tamakiOnde histórias criam vida. Descubra agora