Tema - "Vampiros"

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----- Coração Sangrento ----

Era noite, e a cidade já estava brilhando com as luzes fluorescentes.

Um olho delicado se abre com um pouco de cansaço, Amelia tinha dormido muito durante a tarde e por isso esqueceu de compra seus remédios e quando acordou ela estava com muita preguiça de ir a farmácia.

Ela só precisava de apenas um comprimido e amanhã podia ir compra outra caixa do remédio para o coração. Seus pais tinham ido viajar a trabalho e ela só precisava ficar em casa, depois da meia noite era a hora programada de seus pais voltarem.

Fica em casa sozinha era a desculpa perfeita para ela deixar de estudar por algum tempo e passar o resto do dia assistindo filmes na internet.

Amelia procurou seu remédio e olhou a ultima caixa que restava em uma tigela de vidro. Ela abriu a caixa apenas para descobrir que não tinha restado nem mesmo um último comprimido.

Não avia mais jeito, ela saiu preguiçosamente para compra o remédio. Ela conhecia uma farmácia um pouco perto da sua casa, a distancia era apenas de 4 ruas e não era muito longe se fosse comparar com o tamanho dessa cidade.

Quando chegou ela passou pelos corredores de prateleiras da farmácia, ela não olhava para os remédios, mas procura algum funcionário.

Amelia gostava de compra seus remédios nessa farmácia, e o motivo era muito simples, ela gostava do garoto que atendia os clientes.

Desde o dia em que ficou doente do coração e teve que usar Betabloqueadores, a Amelia encontrou um garoto da sua idade que trabalhava nessa farmácia. Ela tentava conhecer mais o garoto em todas as viagem que ela fazia para comprar remédios, mas como Amelia também era uma garota um pouco tímida, ela nunca conseguia fazer as perguntas que mais queria saber.

No turno da noite a farmácia tinha seus funcionários reduzidos, e Amelia sempre aparecia durante o dia, ela não imaginava que mesmo olhando a farmácia inteira ainda não encontraria o garoto que queria ver.

Vendo a garota passear sem rumo, o atendente do balcão foi atender a Amelia.

Era a primeira vez que a Amelia via esse novo atendente, ele parecia bonito e também era um adulto por volta dos 24 anos, no seu crachá tinha seu nome Lorenzo.

"Achou o que procurava?". Lorenzo se encostou com mão na prateleira mais próxima. O sujeito parecia muito a vontade

Amelia não gostou muito do tom que foi usado para falar com ela, parecia que o cara não tinha vontade de anteder um cliente. "Não...". 

Lorenzo deu um sorriso silencioso com os lábios. "Se me disser o que é, eu posso te ajudar".

Ela tinha vindo compra um remédio e já que ela não encontrou quem queria ver, Amelia não queria perder muito tempo. Então ela entregou uma receita.

Vendo o nome do remédio o atendente Lorenzo foi até o balcão e pegou uma caixa de remédio em uma prateleira. "Aqui estar, são 22 reais a caixa com 30 comprimidos".

"22? Comprei o mesmo remédio no més passado e não custava tanto!". Amelia não gostou do preço, ela sabia que tinha algo errado com o preço.

"Durante a noite alguns produtos tem o preço mais elevado... não me olhe com essa cara, não sou eu que faz os preços". Lorenzo se defendeu.

Amelia desistiu da luta e entregou o valor pedido, mesmo com relutância ela precisava do remédio ou então seu problema no coração iria piorar com a falta do remédio.

Ela saiu da farmácia com uma sacola na mão, ela voltava a pé pelo mesmo caminho que usou antes.

As ruas eram as mesmas, mas tinha algo de diferente que ela não conseguia entender. Quando virou a próxima esquina não tinha pessoas andando, a rua estava deserta!

Desafio 15 dias de escrita - LUPE7KOnde histórias criam vida. Descubra agora