VI - O Casamento de Kaia

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Anseiar. Apenas isso! Anseiva pela solução de seu problema. Seu pai era senhor da razão. Compreendeu a fruta que o permitira voltar de seu descanso para dar a solução dos problemas de Gerrard. O apaixonado não se encontrava tão emocionada há dias. Rever seu amor era, indubitavelmente, aquele desejo que prevalecia por ocupar espaço não em sua mente, mas em seu coração. E a paixão domina o coração com veemência.
Em meio a tanto verde, como conseguira entender o grito distante? Mágica? Não após a recomendação do mago. E tudo que ocorrera na madrugada parecia ter ocorrido em uma época longínqua. Afinal, se se lembrasse que quase fora morto por um lobisomem a poucos minutos não se atreveria a correr como um louco pela floresta apenas com um pedaço de madeira, perseguindo um som que ainda ecoava em sua mente: "ACEITO!"
Que é que aceitava? Não podia ser a pior das hipóteses. De forma alguma. Um desconforto e decepção invadia seu peito e se alastrava por seu corpo, rápido como um calafrio. Kaia não poderia. Em seguida, notou que o topo de alguns pinheiros tinham pequenas partes mais claras que as outras. E as luzes se movimentavam, produzidas por várias lanternas. Ali estava o caminho. Seguir as luzes, que desta vez não eram azuis, e sim brancas.
Correr várias vezes nos últimos dias aumentou seu fôlego. Mesmo ofegante, não fez nenhuma pausa até ver silhuetas em um terreno que parecia bastante familiar. Sua visão era limitada por um arbusto e por troncos(os últimos entre ele e a origem da voz) e talvez por sua ansiedade. Embrenhou-se no arbusto e sentiu uma ardência nos olhos. De repente, tudo ficara mais claro. Quando sua visão ficou inteiramente boa, enfim pôde saber onde estava situado. Era o terreno em que Kaia fora mordida e abandonada sangrando.
Havia um grupo de pessoas em pé à esquerda e outro à direita, alguns segurando lanternas para iluminar o ambiente. Separando os dois conjuntos de pessoas bem arrumadas, um tapete vermelho se prolongava por metros. Dos pés de Gerrard ia ao encontro de um casal de mãos dadas, se entreolharando. Ele exalava felicidade, e se a mulher compartilhava o mesmo sentimento, o escondia muito bem. Era evidente os buracos minúsculos no pescoço de Kaia, quando se inclinou para beijar Treyor e se casarem de vez.
Mas ao invés de todos se explodirem em urros, voltaram sua atenção a Gerrard. Este achou que se devia ao fato de o terem ouvido passar entre os arbustos. Todos o encaravam usando roupas pretas. A única que se restringia era Kaia, com um vestido branco deslumbrante. O fato de presenciar o beijo(por mais que fosse curto) da mulher que amava com outro lhe causou uma dor sentimental que podia se comparar a três facas sendo enfiadas simultaneamente em seu corpo.
Isso o fez esquecer de que estivera desaparecido. Para ele, era claro que o olhavam admirados por isso. E, diante dos segundos de silêncio e espanto, uma mulher surgiu no tapete. Marie arregalava os olhos de uma maneira nunca vista por seu filho. Estava pasma, afinal, havia encontrado seu filho depois de dias. Porém, as vestes escuras dela foram agarradas por diversas mãos que a puxaram de volta para o grupo da esquerda antes que ela dissesse uma palavra. Gerrard apenas viu o emaranhado de gente engolir sua mãe. À medida que sua roupa preta se juntava às demais, seu outro filho surgiu do grupo da direita, com um sorriso ambicioso e falso, andando pelo tapete de braços abertos, esperando receber um abraço do irmão.
Merlim. Aquela era a hora de pedir desculpas por ter lhe humilhado naquele dia, embora que a maioria de seus sentimentos tivessem evaporado.
- Que saudade, irmão! AH! Irmãozinho. Por onde esteve? - urrou o jovem de cabelos compridos, antes que Gerrard tivesse a chance de proferir qualquer fala.
- Eu... es... - não perderia tempo falando de sua estadia, teria que avisar a todos sobre a verdade, e quase se esquecera de mencionar sua oportunidade de arruinar o casamento, indesejado por ele - Não importa. Quero que todos saibam... - alteou a voz.
- Eu insisto, irmão. Eu insisto! Aliás, nosso avô esteve o procurando por tanto tempo, deve estar por aí agora. Por onde andou?
- Esse cafajeste - gritou apontando para o marido recém-casado, ignorando o irmão. - É um vampiro! Ele me perseguiu na noite em que desapareci.
Observou que, no grupo da esquerda, houve certa agitação. Soube na hora que tentavam conter sua mãe por algum motivo. O resto das pessoas manifestaram risos e desdenhos. Seu irmão caia na gargalhada.
- É sério! - exclamou sem achar graça alguma
Merlim aproximou-se de seu irmão, tentando velar seu sorriso de canto de boca.
- Gerrard, você estava certo... monstros... não... existem. - disse calmamente, enquanto os dois grupos explodiam em urros, não de comemoração ao casamente, mas de risadas.
Não... existem... monstros! Três palavras que ia contra o tanto que ele aprendera em tão pouco tempo.
- Como assim? Você mesmo acreditava neles, agora também acredito. Confie em mim! Treyor é um vam...
- SILÊNCIO!
Os urros se cessaram inimaginavelmente. Todos baixaram a cabeça ou se envergonharam, ainda com a atenção aos dois irmãos. Por que estavam todos tão estranhos?
- Que falta de respeito! Ninguém poderia vir aqui e dar um presente de boas-vindas à ovelhinha que se perdeu e foi achada?
Fez-se um silêncio enorme por um tempo.
- Vamos! Ninguém? - indagou Merlim.
Após sua fala, uma inquietação aconteceu novamente no lado esquerdo do tapete. Por algum motivo estranho, repeliam as atitudes de Marie. Gerrard sabia... sentia que era sua mãe a quem repeliam.
- Eu! - disse uma voz de pessoa idosa vinda dos pinheiros.
Merlim se mantivera tranquilo, e feliz, até aquele momento. Ficou mais pálido. Ninguém mais fazia um barulho sequer. Ele nem movia algum músculo. Olhou o avô com uma fúria. E o mais velho retribuiu o olhar com um outro que exibia nojo, o mesmo que Gerrard vira ao deixar seu irmão machucado na casa de Rocco.
- Achamos seu netinho. Você saiu para procurá-lo, não? Por que...voltou? - tentava acalmar seus sentimentos para não expressá-los em sua fala.
- Não o encontrei, apesar de dias de busca, então resolvi participar do casamento de Treyor e Kaia - dizia Rocco com certa superioridade - E por sorte, encontrei meu neto. Estou disposto a lhe dar o presente de boas-vindas.
Merlim alongou o braço e apertou o ar, em um singelo movimento para conter a raiva. O homem nada simples permanecia parado; não entendia nada, e, diante de todos, só lhe interessava saber o que acontecera para que os moradores ficarem tão estranhos. A barreira deveria ter caído. Não deveriam estar festejando na floresta. Kaia fora mordida e Treyor era um vampiro. Ao tentar avisar isso, a notícia fora recebida com piadas.
- Nosso pai!
- Que foi, irmão? - perguntou Merlim, que aguardava uma situação para desviar seu olhar.
- Ele morreu! - respondeu Gerrard de maneira bem audível.
- NÃOOOOO!
O lamento de Marie se espalhou rapidamente, e, na mesma velocidade ou mais rápido, foi interrompido. Uma agitação surgia novamente à esquerda.
E a mãe dos irmãos fora a única realmente impactada pela notícia. Merlim fingiu seriedade, os convidados, que nem ligavam mais para o casamento, prendeu a respiração e a feição de superioridade na cara de Rocco desaparecera.
- Senhor Prietum, Gerrard e eu sairemos rapidamente. Talvez não seja seguro ficarmos sozinhos, ainda mais quando os perigos não se curvam diante de nós. - avisou aos dois grupos, que reagiram como se tivessem entendido a mensagem. - Vamos, irmão. Temos muito que conversar.
Rocco e Merlim saíram do terreno. Gerrard tardou um pouco para observar Kaia, a única de vestido branca, se destacando. Não sabia se havia possibilidade de vê-la novamente. Seguiu seus parentes, sendo observado por todos os convidados com interesse.
Apressou os passos para ficar entre Rocco e Merlim. A floresta o deixava apreensivo, ainda mais a noite. Por que seu avô e irmão não tomavam alguma precaução? Gerrard ainda se mantinha curioso para descobrir se seu irmão falara sério quando disse que monstros não existiam. Ele passou semanas avisando a todos que a barreira iria cair e que monstros existiam e, apesar de na época até mesmo Gerrard não acreditar, tudo que ele dissera fora verdade, e agora dizia que monstros não existiam. Aquilo era muito estranho, resolveu então dizer algo:
- Merlim, os monstros existem, tudo o que você disse antes é verdade... - observou que o irmão olhava distraído para a Lua, como se procurasse algo no grande astro brilhoso. - Vovô, você não está nem um pouco preocupado com a morte de seu filho? Eu realmente não estou...
- Entendendo nada? - completou o idoso. - O que tanto procura, Merlim?
O irmão mais velho nem desviara o olhar, deixou seu avô sem resposta e parecia estar cada vez mais ansioso, pois movia os dedos sem parar.
- Nicholls não virá! Lamento dizer - falou Rocco, mas em um tom totalmente oposto ao de lamentação. - Inteligente, você. Tenho que concordar que ensaiou um ótimo sinal.
Merlim parou de observar a Lua. Com sua cara amarrada, baleou seu avô com olhares, e este retribuiu com nojo prevalecendo seu rosto, e Gerrard se encontrava no campo de tiros, sem entender a maneira que os dois se comunicavam, sem entender para onde ia, sem entender por que não ligavam para a morte de seu pai, sem entender por que não acreditavam nos monstros, mesmo presentes em uma floresta recheada deles.
Pararam de andar, um precipício surgia, impedindo que prosseguissem. Ficaram apenas admirando a fenda que os separava do outro lado. No fundo do enorme abismo, havia um rio que corria ferozmente. Devia estar vinte metros abaixo deles. Devido à fenda, teriam que arranjar outro caminho para seguirem.
- Parem com isso! Já estou irritado! Eu vou voltar e mostrar a vocês que Treyor é um monstro, acreditem ou não. - berrou Gerrard.
Antes do barulho da água corrente aumentar, Merlim e Rocco se entreolharam pela última vez perto de Gerrard. O irmão mais velho com raiva exalando por todo seu corpo e o avô com tristeza. O idoso sabia que aquilo seria bom para o seu neto mais novo, então resolveu que ele mesmo empurraria Gerrard precipício abaixo.
O homem de vestes largas sentiu algo em suas costas. Algo forte. Logo após, observava o rio escuro, refletindo a luz da Lua, enquanto este aumentava assim como o barulho da água. Sua visão se alternava, à medida que rodopiava pelo ar. Nunca desejou tanto apenas estar no chão quanto naquela queda. Ter algo firme para sustentá-lo, algo de fácil equilibro. A Lua aparecia como um borrão brilhoso, assim como a escuridão onde estavam as árvores, mas diferente das paredes que espremiam o rio, que era visto em seguida. E esta fora sua visão durante segundos. Lua, escuridão, parede, outra parede, escuridão, Lua.
Olhava aquele grande astro quando atingiu o rio e afundou bastante. Não doera tanto. Pelo menos parou de girar. Boiou até subir à superfície. A água o levava para bem distante, não teria mais como encontrar seus parentes. Por que o empurraram? Que foi que fizera? Por que todo mundo estava estranho? Três novas perguntas, que já não faziam volume no caderno de seus indagações. Percebeu que teria que se acostumar a ficar sem respostas durante um bom tempo.
Foi aí que começou a afundar. Não como se fosse agarrado por algo, mas como se tivesse se tranformado em uma pedra ou tivesse parado de flutuar. De nada adiantava seus esforços para voltar a superfície, mesmo nadando e direcionando toda força de seu corpo nos braços, só descia mais e mais. Não sabia que, na verdade, o resgatavam naquele momento.
A cor da água mudou e a terra debaixo dele se elevou. Rapidamente, a água abaixou até sua cintura e seus pés estavam fixos na terra do lago azul-claro, sua imagem e a Lua refletidas ali. Gerrard encheu seus pulmões de ar quando pôde respirar novamente.
O que havia acontecido? Fora empurrado e caiu no rio, afundou e se teletransportou para o lago. Nada fazia sentido, mas ele tinha certeza de que o mágico o colocara ali, o impedindo de se machucar no rio. E isso era bom. Sabia como voltar para o vilarejo daquele lugar, poderia voltar finalmente para sua casa. Bom, nem tão simples assim, ainda teria que aprender muito sobre diversos tipos novos de monstros como aquele que vira ao lado do lobisomem que, além de ser pálido e ter orelhas pontudas, entendia os grunhidos da fera.
Porém, não conseguia resistir à vontade de visitar, só por um momento, seu lar. Será que conseguiria voltar para a casa de Françoir?
Seguiu para a margem, observando a imensa escuridão que era a floresta de madrugada. Algo o sobressaltou. O escuro entre as folhas dos pinheiros, se expandiu em todas as direções, de tal maneira que Gerrard recuou novamente para a água, enquanto esta se tornava preta. Olhou para cima, atrás dele, bem a tempo de ver o vazio devorar a única luz proveniente do círculo brilhoso. Ele nem havia notado a silhueta ao olhar os pinheiros. Agora, sabia que, cedo ou tarde, uma voz vinda de todos os lugares surgiria.
- Hehehe - gargalhou o bicho-papão com enorme prazer.
- Você é o mesmo que vi a uns dias atrás, que fazia perguntas e respostas?
- Hehehehehe. Pelo visto, você já conheceu o Manoel, e deve saber como se livrar de um bicho-papão.
- Sim - Mentiu Gerrard. A lembrança de que fora salvado por uma luz azul-turquesa estava bem viva em sua mente. - E nem consegui perguntar como os bichos-papões surgem.
-Hehehehe - Essa risada fria que penetrava o homem nada simples de todos os lados já o incomodava. - Não é assim que funciona comigo. Manoel gosta de joguinhos antes de enlouquecer os outros até a morte. Eu pulo logo para o que interesse, esfaqueá-los com seus pensamentos.
- Só que não fará isso comigo hoje. - disse com coragem.
- Não sou burro! Ninguém gosta de falar com um bicho-papão, hehe. Se quisesse sair, já o teria feito...
- Eu apenas queria descobrir como vocês surgiam. - pronunciou quase que sem pensar, temendo que o monstro descobrisse.
Gerrard e o mágico tiveram uma conversa a menos de duas horas, e ele continuava se arranjando problemas apesar do aviso. Teria que tomar mais cuidado, se pelo menos conseguisse sair daquela situação com vida. À medida que o mago se enfraquecia, alguma hora iria parar de salvar o(que até então não sabia disso) novo membro dos Afastados.
- Me deixe examiná-lo um pouco. Coração despedaçado, HAHAHA! - o grito se espalhou por todos os lados - Perdeu o pai, aliás, esse nunca gostou muito de você por não ser forte o bastante para caçar. Mãe doente porque seu filho mais velho alertava a todos sobre a existência de monstros, hehe.
Gerrard sentiu como se seus piores pensamentos viessem à tona conforme a criatura os comentava.
- Hmmm...hehe...uma...mulher! - exclamou com curiosidade.
- NÃO! - urrou o homem nada simples, o que só contribuira para o monstro comentar os pensamentos que envolviam Kaia.
- Hehe. SIM! Afinal, você é responsável por seus erros. Nunca voltou a conversar com ela depois do beijo entre os dois, e anos depois ela aparece namorando um idiota ignorante...opa! Ia me esquecendo: um vampiro. Ela o trocou por um vampiro que mordeu seu pescoço e a deixou sangrando. Você não tem chances com ela. - ia alteando mais e mais o volume de sua voz.
- Por favor!
- Que foi? Não gosta quando jogam as verdades na sua cara? VOCÊ NEM EXISTE MAIS PARA ELA! E foi tudo culpa sua!
- Todo mundo erra! - tentou se justificar, envergonhado e se encolhendo na beira do famoso lago.
- É verdade! Mas temos que superar nossos erros, Gerrard. - aconselhou acalmando sua voz. - Você é fraco! Que pena. Vou responder sua pergunta para ficar ao seu lado por alguns minutos. Que acha de eu a intitular, hein? Hehe. "A história do garoto que pagou pelo erro dos outros e depois a contou para um jovem que não consegue superar os seus próprios". Amei, hehe.
O novo membro dos Afastados tentava desesperadamente achar uma maneira de escapar daquela escuridão.
"Certo dia um garoto..." pigarreou o bicho-papão e prossegui: "Um jovem ma..." pigarreou novamente."Um jovem forte e lindo, resolveu se inturmar com um grupo de amigos de sua idade. O grupo tinha alguns requisitos que o saradão desconhecia. Ele era baixo demais para..." fingiu um leve tosse."Ele não cumpria os tais requisitos, então os jovens do grupo o insultaram de baixinho e bateram nele, alegando que ele não era sequer digno de querer entrar no grupo deles. E assim foi durante dois anos!"
"Como era só um garo... digo... ele era sensível, apesar de lindo e forte. Depois de já chegar ao seu limite, o garoto saiu da vila em que vivia e foi para as profundezas da floresta".
Gerrard estava quase desistindo. Se entregou ao fracasso. Decidiu que iria prestar atenção no bicho-papão antes que esse voltasse a tentar lhe matar com seus próprios pensamentos.
"Por mais que buscasse algum pensamento sequer que envolvesse felicidade, ele só encontrou a escuridão. Então, ele chorou e se perguntou: 'Por que logo comigo?'. Nesse momento, quando não havia nem um pingo de luz em sua vida, a escuridão que o dominava internamente aflorou e o envolveu externamente. Estava amaldiçoado a nunca mais poder ver o seu antigo corpo, a nunca mais sentir uma luz em seu coração e a sempre matar os outros utilizando a escuridão de seus pensamentos. Fim!"
Chegava a hora. Uma lágrima passava pela bochecha de Gerrard.
- Onde eu estava mes...
O homem nada simples sentiu seu antebraço ser agarrado. Logo após isso, uma mulher surgiu a sua frente e apenas falou:
- Françoir.
O imenso preto se tornou mais claro. A mulher se virou para Gerrard, revelando ser a vampira que a pouco tempo vira e que dissera ser namorada de Françoir.
- Escuta aqui pedaço de lixo, vim para lhe esclarecer um monte de coisas, mas é a hora da bruxa vou ter que te levar à minha casa.
De jeito nenhum Gerrard confiaria em uma vampira que lhe chamara de pedaço de lixo. Se enrijeceu; não obedeceria suas ordens. Quando ela notou sua postura de quem estava cheio de si, resolveu usar uma abordagem bem eficaz. Foi tão rápido que ele nem percebeu quando o punho dela atingiu seu rosto.

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⏰ Última atualização: Apr 24, 2020 ⏰

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