more than u know [be yours spin-off]

𝖙𝖊𝖓

Alec me lançava um olhar... Bem, eu não sabia descrever tamanha intensidade. Seu sorriso de lado fazia minhas pernas bambearem.

Eu o queria. Perto de mim. Por cima. Dentro.

O álcool triplicava minhas emoções. Mais especificamente, meu tesão. E isso não era nada bom, porque eu o odiava. Ele me odiava mais ainda. Sexo com ódio não era ruim, nem de longe. Inferno.

Passei a língua pelos lábios. O garoto se encontrava sem camisa, de cueca. Se não fosse pela calcinha de renda preta que não tampava quase nada, eu estaria completamente nua.

Suas mãos passearam pela parte interna da minha coxa. Ali era meu ponto fraco, e o desgraçado descobriu rapidamente quando arrepiei-me por completo.

Me pegando completamente desprevenida, Alec enfiou um dedo. Arqueei as costas, de susto e excitação ao mesmo tempo.

— Já pronta para mim? — Disse, percebendo minha intimidade completamente molhada.

Seus dedos agora percorriam toda a extensão com delicadeza. Ele começou lento, conhecendo. Por vezes fazia movimentos circulares no clítoris, e eu não conseguia disfarçar a satisfação.

O puxei para mais perto. Seu rosto ficou a centímetros do meu e nossos lábios se tocaram. Foi o beijo mais intenso de toda minha vida; nem perto de ser delicado, cheio de vontade, dominação, ambos brigando por espaço.

— Sabe, querida, depois que eu te foder com a minha língua, meu pau vai te mostrar a quem essa buceta pertence. — Sussurrou em meu ouvido. — Está me entendendo, porra? — As últimas palavras foram duras, exigentes.

Eu queria lhe dizer que nada aqui pertencia a ele. Queria gritar sobre sua possessividade. Mas não consegui. Não quando sua boca viajava pelo meu pescoço, fazendo uma trilha até o meio das minhas pernas.

E, quando finalmente chegou lá, eu parecia um pouco mais perto dos céus.

Acordei sobressaltada, ofegando.

Eu estava sonhando com a minha noite de sexo com o Alec? Que porra é essa? Desde quando meu subconsciente era cruel dessa forma?

Regulando minha respiração, peguei o celular na cabeceira, checando o horário. 04:30.

Não consegui dormir pelo resto da noite.

• • •

— Você está podre hoje. — Disse Aaron, dentro do carro.

— Perdi o sono muito cedo e fiquei com preguiça de passar maquiagem. — Expliquei, quase completando com "Ah, e o motivo da minha perda de sono foi seu amigo. Ele entrou nos meus sonhos eróticos com lembranças de quando fodemos."

— É em momentos como esse que eu tenho certeza que a beleza só veio para um de nós dois. Veja, fiquei até tarde jogando e estou lindo de qualquer forma.

Rolei os olhos, sem energia até para manda-lo a merda como de costume.

Assim que chegamos, estacionar não foi um problema, mesmo que estivéssemos relativamente atrasados. Jogadores do time tinham suas vagas exclusivas. Não eram realmente determinadas pela escola, mas nenhum aluno se atrevia a colocar o carro nas mesmas.