capitulo 7

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Pov. Ruby

Eu e Emma nos conhecemos no primeiro ano do colegial, e desde então nunca mais nos desgrudamos. Ela é a irmãzinha que eu nunca tive. Meus pais morreram em um acidente de carro quando eu tinha 5 anos. Desde então fui criada pela minha vó, mãe do meu Pai. Sempre fomos eu e ela pra tudo. Como eu era a criança mais pequena da vizinhança, não tinha amigos porque os filhos dos vizinhos eram todos adolescentes na época. E "adolescentes nunca gostaram de ter crianças em volta pentelhando". Como se fossem todos adultos e independentes. Em fim... quando a família de Emma se mudou pra casa ao lado da nossa foi como se eu tivesse ganho o melhor presente de todos. Foi amor à primeira vista, mas amor de irmãs mesmo.
Emma sendo um ano mais nova que eu, fazia com que eu me sentisse a criança mais grata do mundo. Estou aqui terminando de me arrumar enquanto penso na minha patinha. O que aconteceu ontem na sala foi muito maluco. Mas não posso culpar Emma por isso. Aquela professora é uma tentação.

Eu sei que pra Emma parece que eu to tentando jogar ela pra cima do Killian e tal. Assim como a tia Mari faz, mas não é bem assim. Na verdade eu estava tentando ajudar a minha amiga a se assumir. Sempre percebi os olhares da Emma pra corpos femininos, ela não é muito boa em disfarçar, mas, quando eu á pressionei ela disse que eu tava maluca e que eu só falava essas coisas porque queria seduzir ela.

Eu sou assumida desde os 13, contei com calma pra vovó e ela levou numa boa. Nem acreditei quando ela me disse que... me amava pelo que eu sou e que com quem eu vá dormir ou beijar na boca, não importa.

Emma esteve comigo desde sempre então logo que minhas duvidas surgirão ela foi a primeira a saber. A primeira garota que beijei, foi ela que entregou o bilhete que eu com toda cara de pau do mundo, escrevi pedindo pra garota me encontrar nos fundos da escola. Ela inclusive me encorajou a contar pra vovó porque eu estava morrendo de medo.

E agora que é ela, que eu tenho e sempre tive certeza absoluta que não gosta de homem nem do lado avesso, ficava negando. Isso de certa forma me magoa, porque parece que ela não confiava em mim... mas tento entender também porque sei que ela não queria assumir pra si mesma que o fraco dela é mulher. Mas vejo que agora ela não vai ter como se trancar no armário já que A professora Gostosa Mills chegou pra arrebatar o coração dessa lora dissimulada. E depois da conversa que a gente teve na sala fiquei muito feliz, porque ela não tentou esconder de mim. Pela primeira vez vejo ela aceitando que pode estar amando uma mulher. E eu como melhor amiga quero provar pra ela que vou sempre estar aqui pra o que der e vier, assim como ela sempre esteve aqui pra mim.

A casa de Emma fica Entre a minha e a do Killyan. O que me faz chegar em frente da casa dela literalmente em um piscar de olhos. Toco a campainha e espero ser atendida.

Mari: Bom dia Ruby, chegou sedo...

David: Amor, isso são modos? Bom dia Ruby...

Ruby: Bom dia Tia Mari, bom dia Tio David. Emma já acordou?

Mari: Sabe como ela é... já chamei mas a molenga ainda tá na cama. Mas senta querida, toma café com a gente.

Ruby: Depois tia. Posso subir?

David: Sobe, sobe sim. Ate porque eu aposto que ela voltou a dormir.

Subo as escadas e entro pé por pé no quarto, ela esta dormindo toda enrolada nas cobertas. Resolvo pregar uma peça nela e deito do lado dela, me enfio nas cobertas e coloco a perna e os braços em volta do seu corpo fazendo uma perfeita conchinha. E pra fechar com chave de ouro dou um cheiro no cangote dela e sussurro: "Levanta Senhorita Swan, aqui é a professora Gostosa Mills Falando." Ela da um pulo da cama e me empurra me derrubando debunda no chão.

Emma: Sua loba fedorenta sai daqui!

Ruby: (Não aguento mais de tanto rir) Decepcionada Patinha?(Debocho) Que não é a Gostosa Mills na sua cama?

Emma: Fala baixo Ruby, tá maluca?

Ruby: Tá tá... parei. Mas to tão feliz Patinha.

Emma: Feliz por..?

Ruby: Por você finalmente tá se aceitando.

Emma: Menos Ruby, bem menos... Eu vou tomar banho e a gente sai ta bom? No caminho é melhor pra gente conversar.

Ruby: Tá bom, eu vou descer e te espero lá em baixo.

Emma: Tá bem...DROGA! (bate na testa)

Ruby: O que foi?

Emma: Minha mãe vai trabalhar hoje e provavelmente vai querer nos dar carona. Faz o seguinte, me espera aqui que eu vou tomar banho voando e já volto, ai saímos juntas.

Ruby: Tá bem vai lá!

Pov. Emma

Tomei meu banho voando, me vesti, peguei a mochila e descemos. Dei uma desculpa de que tínhamos que passar na casa da Ruby pra pegar um livro e que seguiríamos de apé pra aproveitar a brisa da manhã. Minha mãe tentou argumentar mas como sempre meu pai nos salvou.

David: Deixa as meninas amor! Elas devem ter assuntos pra conversar e é melhor usar o caminho pra escola do que falar durante as aulas não acha?!

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