capítulo 27

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Pov. Mari

Estou aqui no quarto de Emma . Olhando pra ela e pensando em tudo o que tem acontecido.

Mari: Esta vendo filha? Tudo o que está acontecendo é por sua culpa e principalmente culpa daquelazinha... Deus me mostrou tudo, eu tentei te avisar filha... Você não estava me ouvindo... Eu sentia que você estava se deixando levar pro lado obscuro... Eu via, eu tentei te ajudar... mas você não estava me ouvindo então Deus agiu, Deus agiu na hora certa e te colocou nessa cama de hospital... Por que está na bíblia que perante Deus mais antes um filho morto do que um filho desviado dos propósitos do Senhor.

Pov. Regina

Assim que me acalmei um pouco liguei pra Zel e contei tudo o que tinha acontecido. Depois da ligação consegui me acalmar mais. Mas não sai do Hospital, fiquei ali na esperança de poder ao menos ver Emma e quem sabe acabar descobrindo que tudo isso não passa de um pesadelo.

Rubi: Regina

Zel: Rê

Ouço aquelas vozes que eu tanto estava precisando e ergo minha cabeça na direção delas... Me levanto e elas me amparam como preciso... Com abraços amorosos e compreensivos.

Rubi: Eu não acredito que isso tá acontecendo com a Emma.

Zelena: E quem essa loca da Mari pensa que é pra te impedir de entrar lá?

Regina: É a mãe dela Zel!

Zel: Não interessa ela só não te deixou entrar porque é uma carola, hipócrita que nojo... Isso é inveja que eu sei..  sinto cheiro de coro de longe... Essa não me engana!

Regina: Cala a boca Zelena! A gente está em um hospital, tá todo mundo olhando...

Zel: E eu me importo? Você com esse seu jeito certinho pode acabar perdendo o amor da tua vida por puro medo...

Regina: Eu não tenho medo de Nada Zelena!

Zelena: Tem sim...De tudo, tudo o que envolve Emma, principalmente do que as pessoas vão pensar! Quer saber como eu sei? Eu nunca vi tanto medo em seus olhos quanto quando você me ligou por chamada de vídeo pra me contar o que havia acontecido.

Um silêncio toma conta do ambiente e eu não sei o que falar ou se quero falar algo... Dou as costas e vou até a janela e fico ali chorando em Silêncio, pois tudo o que ela me falou é a mais incontestável verdade.

Rubi: Amor, não piora as coisas!

Zelena: Eu sei que tudo o que eu falei pareceu duro demais pra ocasião... Mas vai por mim, a Regina precisa desses choques de realidade de vez em quando.

Como não conseguiria ver Emma por enquanto, Rubi e Zel me convenceram a ir pra casa descansar.
Dois meses haviaml se passado e eu não aguentava mais esperar.
Estou tomando meu café quando ouço meu celular tocando, vejo o nome de Rubi e logo atendo...

Regina: Fala Rubi...

Rubi: Regina, você precisa vir até o hospital agora.

Regina: Estou a caminho! (Desligo e vôo pro hospital).

No hospital

Chegando no hospital Rubi me conta que Mary esteve lá pedindo para que desligassem os aparelhos de Emma. Que o médico responsável não aceitou as justificativas dela e que não estava entendendo o porque dessa atitude da mãe pois Emma não estava a muito tempo em coma e tudo levava a crer que ela poderia acordar a qualquer momento. Que como não conseguiu convencer o médico ela saiu transtornada. Eu estranhei e muito tais atitudes mas não parou por aí Rubi em prantos me contou que descobriu que Emma estava grávida que o médico havia contado somente pra Mary quando descobriu no dia da internação e ela pediu pro médico não falar pra mais ninguém já que queria fazer surpresa pro noivo da filha que se chamava Killian... Começo a ficar enjoada ao escutar tudo, só que Rubi não para...
Regina: Tem mais? ( Em choque pergunto)

Rubi: Sim... A família de Killian se mudou na noite anterior, pois vovó me ligou essa noite contando da movimentação estranha dos vizinhos a noite. Aliás, quem se muda a noite se não é fugindo?! Só que o pior de tudo...
É que...( Ela chora e me alcança o telefone eu pego sem entender) Emma vivia brincando comigo que se quisesse me mandar algum recado para eu ler depois que ela se fosse ela mandaria SMS porque sabe que eu nunca leio e nunca apago. Agora leia isso...

SMS Emma:

Desculpe Lobinha mas hoje cheguei ao meu limite, não dá mais... Ontem de manhã contei pra minha mãe sobre como eu estava me sentindo, de como nada tem feito sentido pra mim que a única coisa boa que tinha me acontecido esse ano foi conhecer Regina..pedi perdão a ela e disse que não era escolha minha mas que eu realmente descobri que gosto de mulher (e quando falei isso ela me bateu...e eu continuei falando e ela me batendo) Ou melhor eu amo uma mulher, que eu estou completamente apaixonada por Regina,que somente o abraço dela me trouxe um pouco de afago e consolo... Que meu pai foi minha pior perda pois além de ser meu pai ele me amava e aceitava independente de qualquer coisa. Quando ela cansou de me bater ela saiu... Um tempo depois voltou, abriu a porta do meu quarto, mandou alguém entrar e disse.
Mari " Fassa o que tem que ser feito, ela já é maior de idade, já tens minha permissão para marcar o casamento".
Não sei quanto tempo durou aquela tortura mas minha mãe estava em casa, e não me ajudou mesmo eu implorando por ajuda. Quando lembro das mãos sujas de Killian me tocando não consigo sentir nada além da vontade de acabar com tudo de uma vez.

Regina: NÃO!!

Rubi: Sim Regina, a Emma foi... (Ela chora e eu choro também) ela foi abusada pelo Killian na própria casa com o consentimento da própria mãe.

Começo a chorar desesperada, me sinto enojada por tudo que li, por imaginar tudo que Emma passou por pensar que eu não estava lá para ajudar ela. Dói, dói demais saber que alguém seja capaz de tudo isso e ainda dizer que é em nome de Deus, que Deus é esse?

Quando me acalmei mais Rubi me contou que sua vó ligou contando que aparentemente Mary Margareth também havia saído e pela quantidade de malas seria uma longa viagem. Eu estava com muito ódio daquela desgraçada mas não era o momento eu me resolveria com ela em outra hora.

5

meses depois

Pov. Regina

5 meses haviam se passado e Emma continuava em coma, não havia nem uma melhora no seu quadro. Sua barriga seguia crescendo. Eu ia ao hospital todos os dias, havia me responsabilizado por todas as despesas hospitalares. Nunca mais soubemos notícia de Mary.
Eu estava dividida entre a Escola e o Hospital, até às aulas acabarem no mês passado e eu poder me dedicar 100% a Emma e a nossa sementinha. Passava em casa poucas vezes durante a semana... Quando não podia ir Rubi ou Zelena iam e cuidava ela pra mim... Depois daquela primeira conversa com Zel na sala de recepção do hospital em que ela me abriu os olhos . Eu decidi aceitar pra mim que eu estava ou melhor estou, realmente amando Emma Swan. E a primeira a ouvir isso de mim foi ela mesma, na primeira oportunidade que tive de entrar no quarto. Nossas horas juntas eram mágicas, mesmo ela estando em coma, eu me sentia mais viva só de poder tocar o rosto dela, segurar sua mão...eu contava pra ela do meu dia... Dos planos que eu tinha com ela... De como seria nossa vida assim que ela saísse dali. Contava histórias pra nossa sementinha que eu já amava tanto.

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