Capítulo 21

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Segunda-Feira

SALA DE AULA

"... as vanguardas Europeias foram movimentações artísticas que ocorreram por toda a Europa no início do século xx. O termo vanguarda significa estar na frente..."

poucos minutos antes de acabar a aula...

Regina: Na próxima aula vamos estudar mais afundo sobre cada um dos movimentos de vanguarda mais importantes. Sugiro a vocês estudarem bastante porque como hoje eu estou boazinha...(alguns riem baixo, porque sabem que de boazinha não tenho nada)... a prova oral fica pra semana que vem, então venham afiados!

O sinal toca e todos começam a sair, vou pra minha mesa e começo a recolher minhas coisas bem devagar. E inevitavelmente pensando na loira que se encontra ainda sentada na classe.

Notei que a aula toda Emma estava de cabeça baixa, ou no máximo de vez em quando fingia estar prestando atenção. Emma anda muito estranha retraída, triste, como se estivesse desanimada de tudo. Não tem mais usado aquelas roupas coladas, não tem nem se maquiado mas. Anda com esses Moletons enormes, mesmo em dias quentes. Se bem que é linda de qualquer maneira... "PARA JÁ COM ESSES PENSAMENTOS REGINA!" . Mas em fim... o fato é que ela não esta bem. Noto também que Rubi não venho hoje e Emma se encontra sozinha. Continuo enrolando, quando olho pra frente noto que Killian também estava enrolando pra sair da sala, e olhava pra Emma como se esperando ela sair, pra acompanhar ele, sabe-se lá aonde. Como ela não se move ele sai da sala sem ela, mas a contra gosto.

Regina: Senhorita Swan, preciso que saia. Para que eu possa fechar a sala. (Noto seus ombros tremerem e me assusto, ela parece estar... chorando?) Emma (Me aproximo dela e toco seu ombro) Emma o que foi? (Fico nervosa ao vela naquele estado) Porque você esta chorando? o que aconteceu? (Ela não consegue me responder sua crise de choro é intensa).

Penso no que posso fazer pra acalma-la. Respiro fundo e vou até a porta e a fecho, voltando pra conversar com ela.

Regina: Emma fala comigo. (Passo a mão em seu braço e sem querer ergo um pouco a manga de seu moletom e me apavoro com o que vejo). O que é isso? Desde quando você vem se cortando Emma?

Emma :(ela levanta a cabeça me encarando. Completamente chocada por eu ter visto) Não é nada Regina! Só (ela volta a chorar dolorosamente) Não me faz perguntas, por favor!

Regina: (Engulo minha curiosidade e nervosismo para que ela não fique ainda pior). Tudo bem, se acalme. (acaricio e beijo sua cabeça varias vezes, mas meus olhos ardem tamanha é minha vontade de chorar junto) Por favor, se acalme. (Eu passo minha mão em seu rosto secando suas lágrimas e ela fecha os olho ao meu toque). Se abre comigo Emma, me conta o que esta acontecendo? (Suplico já com muitas duvidas estampadas em minha face). Quer que eu vá chamar a sua mãe?

Emma: NÃO! Por favor, não! (Ela esta completamente apavorada e eu estranho sua atitude mas não falo nada) eu só...

Regina: Fala Emma, fala o que eu posso fazer pra te ajudar?

Emma: Só, não me deixa sozinha. Fica aqui comigo até acabar o intervalo. ( Me espanto novamente, mas decido ficar).

Regina: Emma, você sabe que pode confiar em mim. Eu nunca te faria nada de ruim. Fala o que esta acontecendo...

Emma: Não esta acontecendo nada Regina. Não insiste por favor?!(Noto que ela esta prestes a começar a chorar, então eu á abraço desajeitadamente, e finalmente depois de tanto tempo, estou sentindo ela em meus braços de novo. Sei que não posso ser fraca agora, que não é o certo. Mas ver ela tão acuada. Me faz querer protege-la de todos os males possíveis. Como ela me pediu, fico até ela se acalmar e o sinal tocar).

Pov. Emma

Regina ter ficado comigo o intervalo todo foi a melhor coisa que poderia ter acontecido. Agora estou eu aqui na aula sentindo o cheirinho de Regina na minha roupa. Não bastava ser perfeita em tudo, ainda tinha que cheirar tão bem?! Consegui até esquecer um pouco que estou sem Rubi pra ir comigo pra casa hoje. Alias daqui a pouco vai tocar o sinal pra ir embora e eu preciso arranjar um jeito de fugir desse escroto do Killian. Alguém bate na porta da sala, e o professor sai pra falar com a pessoa, que nem deu pra ver quem era. Quando o professor volta, ele chama por mim e diz pra levar minhas coisas junto. Estranho de imediato mas faço o que ele pede. Olho de relance e noto Killian me encarando de imediato. Baixo a cabeça e vou.

Emma: MÃE? (Ao olhar em seu olhos noto que ela chorou e já fico apreensiva) O que aconteceu?

Mari: (Ela pega minha mochila e nada diz, vamos até seu carro e quando entramos ela respira profundamente e começa a falar) O colega de seu pai me ligou...Ele foi baleado em um confronto policial.

Emma:(Meu coração erra a batida, mas respiro fundo para dar força á minha mãe). Baleado? Mas ... em que hospital ele esta? Vamos pra lá agora... vamos mãe! ( coloco o cinto, mas noto que ela nem se move).

Mari: Ele... ele morreu na hora filha! (Ela fala e desaba abraçada ao volante).

Emma: O que? (Não é verdade... não, não não... não pode ser... estou em choque! Literalmente acho que acabei de morrer, literalmente... ao menos parte do que ainda restava de mim).

Dali em diante fiz tudo no automático acompanhei e ajudei minha mãe em toda a parte burocrática. No enterro do meu Pai, somente meu corpo estava ali ao lado do caixão. Porque o que eu queria e pedia pra ele mentalmente, enquanto lágrimas silenciosas desciam por minha face, era que ele me levasse com ele.







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