Dia 11 de abril de 2020, 01:53. Eu ainda estou acordado nesta hora. Toda a gente a dormir e eu aqui a escrever um texto sobre o que me vem à cabeça.
Posso dizer que estou completamente farto de estar preso em casa parecendo uma prisão, sabendo que é mais uma prisão domiciliária. Eu estou triste por dentro, tenho saudades de tanta coisa que nem consigo exprimir. Eu só peço mesmo que isto tudo termine e que isto tudo fosse um pesadelo.
Eu ultimamente ando a ver que as pessoas andam a desobedecer as leis, fazendo com que o resto que obedece, leve com as culpas. Eu não entendo estas pessoas que preferem arriscar a sua própria vida. Porque elas fazem isto? O que elas têm na cabeça? Não sei mesmo, há pessoas muito estranhas.
Eu penso sempre que isto tudo vai passar e todos nós vamos poder a nossa vida normal. A pergunta que faço é quando? Quando vamos voltar a fazer a nossa rotina? Ligo a tv e dizem que isto tudo vai passar daqui a 2 meses. Ninguém sabe ao certo, então porque fazem essas previsões? Hoje dizem 2 meses, daqui a 1 semana dizem 4 meses!
Eu tenho amigos para falar mas para mim é pouco. Eu quero mais do que falar com eles, quero sair, nem que seja irmos sentar à beira mar a beber um sumo ou até mesmo um cinema ou passear.
No início da quarentena, não me consegui habituar e já estava a entrar em stress mas stress das grandes e quando digo das grandes é daquelas que ficas sem ideias e ficas a bater com a cabeça na porta ou começas a ficar maluco ao ponto de quase quereres desaparecer deste mundo.
Nesta quarentena eu foi trocando de sentimentos, chorava e depois ria e depois ficava zangado e assim sucessivamente. Eu simplesmente podia estar a entreter a ver séries na Netflix, mas, nem isso funciona. Eu mal começo um episódio, passado 5 minutos só fecho a Netflix e vou fazer outra coisa.
Bem, termino o primeiro capítulo deste livro e simplesmente eu devo voltar a escrever ele quando vier algo a cabeça, ou seja, não haverá data, o que vier à cabeça, eu escrevo
VOCÊ ESTÁ LENDO
O que vier à cabeça
Non-FictionEste livro não vai ter nada contado, simplesmente vai ser um livro onde vou exprimir o que me vier à cabeça