Durante uma batalha contra alguns demônios Shax, Alec Lightwood cai em um portal inconsciente, salvo do limbo por Raziel, ele acaba em um universo onde o mundo dos Caçadores das Sombras e Portais não existem. Agora ele precisa se adaptar a ser o úni...
O poeta alemão Friedrich Schiller disse uma vez, breve é a loucura, longo o arrependimento. Segundo o dicionário arrependimento é o pesar ou lamentação pelo mal cometido, arrepender-se do erro cometido é algo humano, arrependimento de um mal que não pode se obter o perdão é um sentimento terrivelmente doloroso. Magnus Bane, o Alto Feiticeiro do Brooklyn, já viveu muitos séculos, já experimentou os mais variados sentimentos, mas o arrependimento que se instalou em seu coração não poderia ter comparação.
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Magnus se recusou a ir ao Instituto com os irmãos de Alec, também recusou a companhia de Catarina, sua amiga de longa data, ele só queria voltar ao seu loft e chafurdar em culpa. Alec se perdeu no limbo ao salvar a vida do bruxo, mesmo com a dor que Magnus provocou no jovem Nephilim, ele ainda cuidou de sua segurança. As fotos que ele havia retirado do quadro estava agora em suas mãos, ele podia ver o rosto sorridente do Caçador, olhos brilhantes de felicidade. Alec era feliz, era doce, gentil, protetor. Como Magnus poderia não ter acreditado no amor dele? Como Magnus pode ter permitido que sua insegurança condenasse seu querido Nephilim? Tudo lembrava o seu anjo, o cheiro do shampoo, as fotos, até mesmo seu próprio gato, Presidente Meow.
Alexander o havia aceitado sobre todas as coisas de sua vida, ele lutou por ele contra seus pais, contra os preconceitos classicistas e homofóbicos dos seus companheiros Caçadores, ele abandonou Lydia no altar, se sacrificou para ter os poderes de Magnus de volta, aceitou sua origem demoníaca e adorava sua marca de feiticeiro.
"Não tem nada de feio em você!"
"Eu confio em você, não sei porque, mas eu confio!"
"...Eu sabia que não podia ter o que queria... até você aparecer!"
"Eu sempre sonhei em conhecer alguém como você."
"Magnus, eu não consigo viver sem você."
"Magnus... Eu te amo!"
A voz do caçador ecoava por todo o apartamento, a cabeça do bruxo parecia que iria explodir com a súbita invasão de todas as pequenas memorias aleatórias do relacionamento deles. Magnus se sentou na poltrona com a cabeça apoiada nas mãos, ele lentamente olhou para o celular esquecido sobre a mesa, o bruxo sabia que tinha inúmeras mensagens do Nephilim na caixa postal, que nunca fez questão de ouvir, no momento em que o pegou, ele tocou. Era Camille, ignorou. Magnus começou a ouvir uma a uma as mensagens, como Alec chorava em algumas pedindo seu perdão, em outras com a voz rouca apenas declarava seu amor, algumas estavam mudas, mas uma das últimas o Caçador contou tudo sobre seus encontros com Camille, a proposta que ela havia feito e como ele recusou. Explicou que só queria conversar com alguém que conhecia o bruxo, saber sobre ele, e que, nunca seria capaz de encurtar sua vida, ele estava inseguro, ele era mortal e fadado a vida curta dos Caçadores de sombras que geralmente morriam em batalha. Magnus era imortal, com séculos de experiência e Alec se sentia trivial ao seu lado. Porém, ele o amava desesperadamente para ser capaz de machucá-lo. E por fim pediu perdão por ter considerado que eles pudessem envelhecer juntos, foi egoísta e maldoso.
