EXTRA 6: TALES OF THE MIKAELSON BOYS: The Prince of Limbo

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Olá, por mais que eu esteja gostando de escrever esses extras, percebi que não está tendo muito interesse nos extras e poucos comentários sobre a possibilidade de mini fanfics deste universo. Eu vou pensar um pouco para tomar a melhor decisão, entretanto é provável que esse seja o último extra e eu vou encerrar o universo de Limbus.

Boa leitura!

Vazio, purgatório, umbral, Limbo, não importa a nomenclatura, ainda era assustador pensar em estar lá. Um lugar lúgubre, insalubre, infestado pelas mais variadas espécies de demônios. No centro de todas aquelas hordas demoníacas havia um enorme e assustador palácio, morada ou prisão de um anjo caído, Samael. Das poucas almas condenadas àquele mundo tenebroso, que caíram em algum portal, nem todos eram deixados nas mãos de demônios gosmentos, alguns tinham um tipo estranho de sorte e acabaram sendo salvos e se tornando servos do palácio.

Samael estava sentado em seu trono com um livro no colo, não era um livro que considerava particularmente interessante, era cada vez mais difícil encontrar um livro que atendia aos seus gostos, mas podia usar como distração enquanto esperava seu neto

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Samael estava sentado em seu trono com um livro no colo, não era um livro que considerava particularmente interessante, era cada vez mais difícil encontrar um livro que atendia aos seus gostos, mas podia usar como distração enquanto esperava seu neto. O demônio passou muito tempo da infância do menino tentando entender o porquê dele gostar tanto daquele lugar, não apenas ele, o menino Nefilim também parecia gostar, embora ele desconfiasse que era unicamente por causa de Sam. Vittório não odiava o Limbo, mas ele odiava o silêncio e a pasmaceira, seu filho gostava de estar no mundo.

Conforme o tempo passava e a frequência com que Vittório vinha e trazia o menino aumentava, o fazia pensar que o garotinho quieto sentia pena do seu pobre e abandonado nagyapa. O pequeno Samael era uma criança que falava pouco fora da família e círculo fechado de amigos, ele apreciava o silêncio que compartilhavam e às vezes passava horas da mesma forma, Sam se sentava aos pés do trono do avô como um filhote com a cabeça apoiada em seu colo, algo que seu pai também fazia, ou deitava no sofá com a cabeça em sua coxa e os dois liam enquanto os dedos do avô acariciavam seu cabelo. Um dia, entretanto, aproveitando um desses momentos, Samael disse ao neto que ele era jovem e não precisava perder tempo com um velho demônio em um lugar como aquele. Ele se lembrava das palavras do garoto. Eu me sinto à vontade aqui, estar sozinho não é o mesmo que se sentir sozinho, não é o mesmo que solidão. Eu me sinto confortável com o silêncio e com a escuridão, eu gosto de apenas estar aqui sem ter a obrigação de falar, apenas imerso no meu próprio mundo. De sentir sua mão nos meus cabelos enquanto eu leio, escuto música ou apenas existo. Eu gosto de estar com você. Eu gosto de estar no limbo. É o meu reino, aqui eu sou o príncipe." Foi quando Samael percebeu que Sam tinha muito dele em sua personalidade.

Eles não passavam o tempo apenas como uma estátua de Michelangelo, eles liam juntos, comiam, Sam escrevia letras de música ou tocava guitarra, hábitos herdados do pai, eles treinavam, Elijah treinava o filho em luta corpo a corpo, esgrima e outras técnicas cavalheirescas, Vittório ensinava magia e técnicas com veneno e Samael treinava Sam a lutar com demônios, inclusive com um demônio Maior, não apenas ele, mas o menino Nefilim também. Miguel e Raziel o visitavam quando os meninos estavam lá e os treinavam também. Treinar com o príncipe das milícias era uma tarefa árdua. Não era um pai treinando os filhos, era um general treinando soldados. Acima de tudo, eles conversavam muito, sobre tudo. Assuntos sérios e aleatórios. Como quando Sam perguntou se eles possuíam alma. Eles não possuíam, foi sua resposta, almas são reservadas aos humanos, eles nunca foram humanos. Mas a resposta sincera encerrou a questão.

Limbus - KlalecOnde histórias criam vida. Descubra agora