Mais um dia despontava no horizonte de pedra chamado Nova Iorque, mas Isabella já estava acordada. As fortes olheiras estampavam seu sofrimento de três longos anos. Sua jornada de trabalho era de oito horas, mas o diabo fazia com que ela trabalhasse 24 horas. Porém ela preferia se sujeitar ao trabalho escravo a viver na calamidade do desemprego.
O diabo era seu chefe, Carlisle Cullen, um homem obcecado pelo sucesso. Um megalomaníaco. Ele explorava seus funcionários para obter os números mais altos. Carlisle era dono da Cullen's Produtions, uma grande empresa do setor de publicidade. A maioria dos comerciais de TV e dos outdoors das ruas tinham a marca registrada do grande "C" prateado. Mas além de explorar seus funcionários a fabricar centenas de comerciais por mês, ele também explorava um pequeno grupo do setor financeiro, dentre eles estava Isabella Swan, sua assistente, secretaria, garçonete, faxineira, mensageira e, mais para frente, sua mecânica.
Ela passava horas e horas examinando documentos e verificando quais os melhores momentos para investir na bolsa de valores. E ai dela se investisse em algo pouco lucrativo, Carlisle era capaz de matar caso perdesse dinheiro.
Isabella estava cansada daquela vida, terminou sua faculdade e foi direto para a empresa do diabo. Tinha apenas 24 anos e não havia aproveitado nada da vida, inclusive por causa de seu carrasco, ela nunca havia tido tempo para se relacionar com alguém, nem com amigos, nem com algum rapaz interessante, mesmo com Edward sempre lhe cortejando.
Edward Cullen era irmão de Carlisle, totalmente o oposto do diabo. Edward era carinhoso, preocupado e sempre disponível para Isabella. Sempre se oferecia para levá-la em casa e de vez em quando se arriscava a chama-la para jantares.
O que Isabella não podia negar que os irmãos Cullen's eram um abismo de perdição. Edward tinha os cabelos acobreados e revoltos. Seus olhos eram como duas esmeraldas e seu rosto era másculo. Carlisle, mesmo com toda sua maldade, era divino. Cabelos castanhos claros e os olhos azuis maliciosos eram uma combinação infernal com seu jeito de ser. Quem olhasse aquele belo homem não descobriria que por dentro havia o diabo em pessoa. O telefone tocou tirando Isabella do torpor da cafeína. Seu táxi havia chegado. Ela tinha dinheiro para poder comprar um carro, mas não tinha tempo suficiente para resolver os trâmites para adquiri- lo. O diabo sempre era o primeiro em sua vida, até para visitar seus pais ele a impedia, desde que entrou naquele emprego, Isabella não visitava seus pais que moravam em Forks.
Isabella deu uma última olhada no espelho e percebeu que o corretivo já não era mais eficaz, suas olheiras permaneciam ali estampando seu rosto pálido. Ela respirou fundo e saiu em rumo ao seu inferno cotidiano.
─ ISABELLA! - O grito de Carlisle podia ser escutado por todo o prédio. Ela tomou mais um pouco da Valeriana e saiu de sua sala. Todos os empregados do sexo masculino lhe lançavam um olhar discreto. Isabella podia não se arrumar adequadamente para seu cargo, mas ela era bonita por natureza. Seus cabelos castanhos escuro contrastavam com sua pele pálida. A calça de risca de giz e a sua blusa social branca escondia as curvas de seu corpo. Isabella era uma esfinge, só quando saia dali podia ser quem realmente era. Gostava de usar shorts curtos surrados e camisas de bandas, gostava de ser ela mesma.
─Em que posso ajudá-lo, senhor Cullen.? ─ Ela perguntou após entrar na ala principal do inferno. O ambiente era tão pesado que ela sempre sentia um aperto em seu peito e ansiava ao máximo sair dali.
O sorriso torto e irônico de seu chefe indicava algo ruim por vir. Ela prendeu a respiração e aguardou a bomba em silêncio
─Você já verificou o valor do dólar hoje e se há alguma ação que podemos investir?
─Sim senhor, no momento as ações são baixas e não valem a pena investir. ─ Ela respondeu e pode respirar aliviada ao ver seu chefe sorrir enquanto balançava freneticamente o lápis.
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Megalomaníaco
Vampire*Megalomaníaco: Pessoa que tem mania de grandeza, de poder e de superioridade. Tem obsessão de realizar atos grandiosos. Aquela(e) que se acha o maior ou melhor. O significado dessa palavra se encaixava perfeitamente em Carlisle Cullen, dono de uma...