Capítulo 4

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O taxi se aproximava do local onde Carlisle lhe informara que estava, mas não havia nada lá. Somente depois de alguns metros ela viu o carro do diabo e bufou. Pagou o que devia ao taxista e saiu do carro se encolhendo em seu moletom. A noite estava fria e com isso os vidros do carro estavam embaçados, ela caminhou até a porta do motorista e bateu no vidro.

Carlisle estava quase dormindo por causa da embriaguez. Além de ter bebido na festa, ele estava bebendo a garrafa de vodca que sempre mantinha escondida em seu carro. Ouviu a batida no vidro e pensou que era a policia, mas ao ver Isabella, abriu a porta e saiu quase caindo pela tontura. Isabella bufou mais uma vez, ela já suportava as loucuras daquele homem quando estava sóbrio e agora teria que suportá-lo bêbado?

─O que aconteceu, senhor Carlisle? ─ Ela perguntou se encolhendo ainda mais. Estava tão frio que até nevoa se formava enquanto ela falava.

─Essa porra desse carro queimou, sei lá, só sei que parou de funcionar e começou a sair fumaça. ─ Ele respondeu com a voz arrastada e de longe Isabella pode sentir o cheiro forte do álcool.

─Mas porque o senhor não chamou um mecânico?

─É porque quem tem o numero desse bosta é você e não eu, por isso que te liguei. ─ Ele respondeu chutando a lataria do carro e Isabella o praguejou por ele não ter avisado antes, ela teria apenas chamado o reboque e poderia ficar em casa. Pegou o seu celular e discou o numero do reboque, porém só dava ocupado e ela teria que tentar minutos mais tarde, mas o frio estava lhe congelando.

─Senhor Cullen, vai ter que esperar um pouco porque está dando ocupado.

─Puta que pariu! Eu pago uma nota nesse seguro e eles ainda não me atendem, filhos da puta, vou processá-los! ─ Ele gritou pela rua.

Isabella manteve-se calada e sem manter contato visual com ele, antes que a culpa virasse para seu lado. Ela estava tremendo enquanto observava os chiliques de Carlisle. Ele ainda usava a roupa de gala e Isabella não podia negar o quanto aquele homem era bonito. Se virou de costas pra não deixar levar-se por pensamentos idiotas, discou novamente o numero e ouviu o sinal de ocupado.

─Isabella? ─ Ela o ouviu chamar e rezou para que não fosse um de seus desaforos. Virou-se e viu que ele a olhava de cima a baixo. ─ Está tremendo de frio, entre no carro.

Ela ficou boquiaberta com a atitude dele, mas sem reclamar, foi até a porta do passageiro e entrou sentando-se no confortável banco de couro. Ele abriu a porta e entrou também. O clima pesou, estavam dentro de um carro, sozinhos e no meio do nada. Isabella temia o que podia acontecer. Carlisle abaixou-se e pegou a sua garrafa de vodca.

─Toma, beba um pouco que você irá se esquentar. ─ Ele estendeu a garrafa a ela, que hesitou.

─Eu agradeço.

─Eu disse que é para você pegar e beber a porra da bebida Isabella! ─ Ele gritou e rapidamente ela pegou a garrafa de sua mão e a virou bebendo alguns goles. Realmente a bebida era bem forte e a deixou tonta. Devolveu a garrafa a ele que bebeu também. Ela tentou mais uma vez ligar para o reboque e finalmente conseguiu resposta, mas infelizmente a resposta de que o reboque só chegaria em três horas. Carlisle praguejou todos os xingamentos conhecidos pela humanidade, inclusive xingou em outros idiomas. Isabella continuou quieta e isso já estava deixando-o irritado.

─Você não vai falar nada não? ─ Ele começou a implicar com ela, Isabella fechou os olhos pedindo força e paciência.

─O que posso falar senhor, eu não sei.

─Você nunca sabe o que dizer, por isso que é uma inútil! Mas aposto que tem diversas coisas pra falar pro meu irmão, suas palavras devem ter sido tão bem escolhidas que o encantou tanto que ele está disposto a largar tudo por você.

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