Tomtord - We don't believe whats on TV

Sonhos

⚠️ Aviso importante!: meus caros e queridos leitores, gostaria de informar que daqui pra frente os capítulos ainda não foram e nem serão reescritos, portanto, além da escrita menos experiente, haverão alguns detalhes que não batem com a história original.

Espero que compreendam, obrigado pela sua atenção e tenha uma boa leitura mesmo assim.

***

Se passou um dia desde aquele ocorrido. Dessa vez estava de manhã, num domingo qualquer. Se passavam por volta de umas oito e Tord já estava acordado faz um tempinho. Quase mal conseguiu dormir de tão ansioso, mal podia esperar pro horário da tarde chegar. Acontece que depois de muito tempo por conta de deveres de casa e trabalhos, aquele domingo seria o dia em que estes poderiam esquecer dos problemas e sair juntos pra se divertir. Tord era acostumado a receber diversos convites por conta de sua ótima reputação naquela escola. Mas nunca era lá grandes coisas. Legalzinho, ele diria. Cercado de gente que no fundo nem se conheciam na verdade. Pessoas mais superficiais do que anúncios de revista. Ele nunca se sentiu confortável naquele ambiente de verdade, mas tentava enganar pra si mesmo que sim. E poder preencher de forma bem mal feita o vazio dentro de si. Era como tapar um enorme e profundo buraco forrando um lençol em cima.

Mas as coisas haviam mudado a partir de agora. Tinha encontrado amigos verdadeiros que estariam ali até o fim dos tempos. Nas horas boas e ruins. Em si não era grande coisa andar sem rumo no meio de um shopping, mas com as pessoas certas, uma ida na padaria podia se tornar a coisa mais incrível do mundo. E agora ele tinha a certeza de que encontrou as pessoas certas. Apesar de estar com borboletas no estômago, Thomas claramente já era acostumado a tudo aquilo. Então provavelmente levaria um fora dos bons se o acordasse por um motivo tão besta. Mas ele simplesmente decidiu que não ia conseguir ficar agitado sozinho, então tomou coragem pra provavelmente ouvir um bom esporro do outro.

Chegou perto do musicista, e com a tamanha cara de pau que tinha nem sequer precisou tomar uma certa coragem pra acordá-lo no mesmo instante.

- Bom dia, Tommy! - Disse num volume alto e alegre, observando aos poucos o outro abrir seus olhos. - Bora acordar que já tá na hora.
- Pra que? - Resmungava.
- E precisa de motivo? Tá um dia lindo hoje.
- Você veio atrapalhar meu sono num pleno domingo sem razão alguma, é isso? - Olhou em seus olhos, mal humorado.

O norueguês apenas respondeu positivamente com um assentir de cabeça.

- E depois eu que sou a Testemunha de Jeová. - Arqueou as sobrancelhas por um curto período de tempo, se levantando da cama para ir em direção ao banheiro. - Pra sua sorte, eu estou de bom humor hoje. - Ironicamente, sua postura era inteiramente rabugenta no momento.

"Foi fácil!"

Ele sorriu enquanto deixava o cômodo e voltava para a mesa na sala de estar. O café da manhã estava servido sobre ela. Ovos, bacon, pão velho do dia anterior e claro, uma jarra de café preto.

Você, caríssimo e lindíssimo leitor ou leitora. Deve estar se perguntando qual foi o rumo tomado por ambos após o selinho repentino. O que eles fizeram depois disso? Para a infelicidade de todos nós, nada. Nadinha, nem uma atitudezinha pequenininha sequer. Thomas apenas adormeceu e não demorou muito até que o outro fizesse o mesmo. Discussão besta no dia seguinte por que o mal humorado não queria acreditar que ele havia insistido para que dormissem juntos de novo. Como mencionado anteriormente, o sóbrio apenas relevou tudo aquilo pelo estado em que o outro se apresentava e decidiu ignorar pra evitar um clima estranho depois. Não, Tom não esqueceu de nada daquele dia. Embora suas memórias estivessem embaçadas, ele pôde se lembrar de cada momento. Mas fingiu não se recordar do "beijo" pelas mesmas razões do outro. O dia apenas correu normalmente com o norueguês cuidando da tremenda ressaca que seu colega tinha.