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Para uma boa experiência, leia o capítulo ouvindo a música na mídia. Boa leitura!

PRISCILA SABIA O QUE VIRIA AGORA, sempre soube, mas ela encontrava algum alento por ter adiado até o último segundo

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PRISCILA SABIA O QUE VIRIA AGORA, sempre soube, mas ela encontrava algum alento por ter adiado até o último segundo.

Por muitas noites ela sonhava com Elaria enquanto Belinha dormia sob seus braços, sem jamais saber o que sua mãe era. Os infinitos campos verdes e macios, as colinas que mudavam de cor, os lagos cintilantes, as estações sempre tão vibrantes, os bailes e festas voantes, o castelo. Ela não precisava de muito esforço para lembrar deste lugar, principalmente quando olhava para Any.

Espantando tais pensamentos da cabeça, ela deu passos largos e apressados até a cozinha da casa, abrindo a geladeira e enchendo um copo com água. A cada gole, ela repousava o copo sobre a bancada e observava a noite pela janela estreita a sua frente. Estava um tanto silencioso, a lua e os postes da rua traziam luz para o cômodo pouco iluminado. Priscila pegou o copo com uma das mãos, virou-se de modo que ficou de costas para onde olhava e se permitiu fechar os olhos.

A mulher raramente tinha esses momentos em que podia apenas ficar ali, aproveitando o silêncio e sua própria companhia, já que as filhas sempre estava com ela. Mas não hoje. Belinha dormiu cedo pelo cansaço do dia e Any... Estava com Joalin.

Por mais Joalin fosse quem ela era, Priscila sabia que não estava segura. Nenhuma das duas estavam. Ninguém estava.

Num sobressalto, uma sequência de batidas fortes seguiram na porta da sala, obrigando-a a abrir os olhos abruptamente e quase derrubando o copo que segurava. Ela olhou na direção da sala enquanto colocava uma mecha do cabelo loiro para trás da orelha esquerda, imóvel, depois de um instante em silêncio as batidas voltaram mais fortes e intensas, como se a qualquer momento a porta fosse ser posta a baixo. Colocando o copo novamente na bancada, ela começou a dar passos lentos e silenciosos, desejando mentalmente que Belinha não acordasse - mesmo sabendo que ela tinha o sono extremamente pesado - e foi em direção a porta de mármore branca, mas não antes de pegar um bastão brilhante que estava dentro de uma caixa escura perto dali.

Manteve uma mão na maçaneta e a outra com o objeto brilhante, girou devagar mas abriu tão rápido quanto avançou para quem quer que estivesse ali.

Ou melhor, quem quer que estivessem ali.

- OPA, OPA, calminha, amigos aqui - Uma garota de pele muitíssimo clara falou aos berros e riu abraçando a mulher assustada, seguida de 11 rostos que Priscila conhecia muito bem.

- Pela fada dos sustos! Eu quase matei vocês! - ela finalmente respirou e deu um sorriso nervoso - Hina... O que aconteceu?

- Neste caso, é o que vai acontecer.

A sala dos Soares estava lotada, não era tão pequena e por isso os coube todos juntos. A situação os obrigava a esconder sua verdadeira forma, ao ponto que reagiam cada um de maneiras diferentes.

𝐀 𝐂𝐎𝐑𝐎𝐀 𝐃𝐎 𝐒𝐎𝐋, now unitedOnde histórias criam vida. Descubra agora