𝐀 𝐂𝐎𝐑𝐎𝐀 𝐃𝐎 𝐒𝐎𝐋 | Any Gabrielly era a típica garota de ensino médio, cansada de dias sempre iguais e viver em um loop eterno. O que a confortava era lembrar das incríveis histórias de sua avó, sobre mundos mágicos e criaturas fantásticas...
Para uma boa experiência, leia o capítulo ouvindo a música na mídia. Boa leitura!
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- Ela vai acordar, não vai?
- Eu espero que sim, já fazem três dias...
- Claro, Shiv, brilhar daquele jeito a enfraqueceu muito
TRÊS DIAS, pensava Any, três dias em um pesadelo que ela não sabia como acordar. Seus pensamentos mergulhavam em cenas que ela desejava com todas as forças não ver, mas não podia deixar de ver, estava inconsciente. Mas lembrava, de Joalin presa a correntes muito grossas e pesadas, sua Mãe com o corpo totalmente ferido, Belinha chorando de dor, um olhar diabólico e hostil que a encarava como se quisesse dizer "desista, eu venci".
Preciso acordar.
- Ela precisa estar lá hoje, pela memória da Priscila
- E se ela morr...
- Bate nessa boca, Bailey!
- Ela não é como nós
- Mas é filha de uma de nós... Tem que ter algo
- É, ela tem, um coma de três di... Ei, olha, está se mexendo
Era como abrir os olhos pela primeira vez, de princípio um céu muito azul e com nuvens pálidas pairava sobre ela. Estou morta?. Foi o que pensou, forçou suas pálpebras mais uma vez e viu que na verdade, estava sob um teto arcado com a pintura de um céu com criaturas de asas em toda parte, talvez anjos - pensou.
Em um movimento lento apoiando-se com as mãos, ergueu seu corpo e sentou-se no meio da cama não tão macia e olhou para os lados. Claramente não estava no seu quarto e em nenhum outro lugar que conhecesse, era tudo tão claro quanto amanhecer.
- Finalmente - Sabina, uma garota de cabelos escuros e incrivelmente lisos aproximou-se da cama e sentando próxima à uma assustada Any, sorriu com doçura. - Como se sente?
Ela encarou a morena a sua frente e também percebeu 13 pares de olhos muito interessados na sua resposta. O que esperavam? "estou bem, pessoas com asas brilhantes"
- Sim, bem... - respondeu, por fim, coçando o olho direito um tanto rápido demais - Eu ouvi o que falavam, como posso ter dormido por três dias? Nem sequer me lembro de ter pegado no sono.
Sabina abriu a boca para falar algo, mas uma mão muito branca e delicada a tocou no ombro
- Pode deixar, Sabi - era Joalin, Any respirou aliviada por ter alguém conhecido ali - Eu assumo daqui
A morena consentiu e acariciou a mão dela, piscou para Any e levantou, levando consigo a empurrões os outros curiosos para fora da sala, a porta fechou em um clique.
