capítulo 6 - Jogo de sedução

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Passei o restante da semana tentando me concentrar no trabalho, e ansioso para esbarrar com Ana pelos corredores da universidade. Às vezes à via de longe, ou quando dava aula na sala vizinha à dela, e ela passava no corredor. Como eu queria novamente lhe dar outra carona. Será que ela me acharia um pervertido se fingisse errar o caminho da sua casa e a levasse pra minha? "Se controla André!" Pensava comigo mesmo, mas é difícil ignorar uma atração tão forte, até as físicas.
    Combinei de sair na sexta com alguns colegas de trabalho, íamos na inauguração de um barzinho novo da cidade, então resolvi os restante do meu trabalho durante o dia para ficar totalmente livre a noite. Carla, minha amiga, era a mais animada. Na verdade a ideia partiu dela, ela é do tipo que faz amizade fácil, viramos amigos desde o primeiro que nos conhecemos. Única mulher que nunca tive segundas intenções, nossa química é mais de amizade mesmo.
    Me arrumo rápido e saio ao encontro de Carla na sua casa, vamos esperar o restante do pessoal lá no barzinho, por morarmos mais perto vamos chegar primeiro.
    O lugar é animado. Muita gente bonita, aconchegante, e bastante animado. Um ótimo lugar para paquerar. Escolhemos uma mesa próximo ao bar, e nos sentamos para esperar os outros. A primeira banda começa a tocar uma música animada enquanto provamos nossas bebidas.
 
- Você nem comentou como foi a despedida de solteiro do seu irmão. Muitas mulheres de calcinhas andando no meio da sala enquanto vocês apreciavam o show? - Pergunta Carla levantando a voz por cima da música.

- Ah, você conhece o César. Sempre foi o exemplo da família. Fizemos apenas uma reunião de garotos, vodka e whisky. - Respondo.

- Vai dizer que você não pegou ninguém nessa viagem até a casa dos seus pais? Te conheço! - Ela dá uma risada de deboche sabendo que é verdade.

- Verdade. Conheci uma garota na volta pra casa mas nem lembro seu nome! - Rimos juntos da situação.

Avistei o Fernando, meu amigo, de longe no  momento que anunciavam que a banda principal ia começar a tocar. Acenei  para ele nos avistar e quase não acreditei quando olhei para um canto da entrada e vi Ana caminhando na mesma direção. O que ela estava fazendo aqui? Fiquei curioso. Ela vinha ao lado de uma menina que também estudava na sua turma, Carina, eu acho. Ah, claro! É a prima do Fernando, que ele avisou que iria!
 
- Desculpa a demora pessoal. O Rafa cancelou em cima da hora, aí  levei um tempo pra conseguir encontrar o endereço pela localização que ele me enviou. - Avisou o Fernando.

Ana estava mais bonita ainda. Ela vestia uma saia jeans curta, que destacavam o belo par de pernas que ela tinha, e uma blusa rendada preta colada em seu corpo. Ela soltou os cabelos, seus lindos e longos cabelos pretos. Ela se sentou na cadeira vazia à minha frente me dando uma boa visão do espetáculo que ela é.
    Como sempre ela me olhava tímida, aumentando mais ainda o desejo de tê-la, a timidez é realmente seduzente. Ela bebia sua bebida rápido, sinal que estava nervosa, queria avisar a ela para pegar leve, desse jeito vai ficar tonta rápido, aposto que não é chegada a beber.
      Um carinha da outra mesa que paquerava com Carla, a chamou para dançar, acompanhados por Fernando e sua prima em seguida. Ótima oportunidade de ter um tempo a sós com Ana.

- Te convidaria pra dançar, mas acho que você não curte esse tipo de música. - Falo querendo provocar.

- É, prefiro músicas mais calmas. Só vim porque a Carina insistiu. Não sabia que ia te ver aqui. Nossa, tá calor né? - Ela me fala se agitando.

- Deve ser as bebidas que você virou rápido demais. - Dou uma risada - Achei até que você queria competir quem fica bêbado primeiro.

   Seus olhos encontram os meus.

- Não sou tão inocente André. Sei do meu limite. E ao contrário do que você pensa, essa não é a primeira vez que bebo.

Sustento o olhar.

- Nunca pensei em você como uma inocente. Pelo contrário. Inocência é o que não quero de você.

Acho que a bebida já está pegando nós dois, pois nesse momento Ana me olha de uma maneira que me faz pensar que assim como eu ela deseja uma foda desde a primeira vez que nos vimos. Isso me excita. Ela morde os lábios devagar...

- E se a gente... - Ela é interrompida com a chegada das pessoas na mesa. Que merda!

Trocamos olhares nos próximos minutos que seguiram e eu tenho certeza que ela também estava sentindo a onda de desejo. Seu corpo denunciava. Ela vira seu copo de bebida, e cochicha no ouvido de Carina que vai no banheiro. Me olha nos olhos e se levanta. Estou entendendo errado ou ela quer eu a siga?
    Espero um tempo e aviso que irei no banheiro também. Tomara que eu não tenha entendido errado. Vou atrás dela.

    

Deliciosa tentaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora